Direto do túnel do tempo (24)

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RIO DE JANEIRO – Há 39 anos, um acidente brutal – dentre muitos que aconteceram em 1973 – adiou a largada das 500 Milhas de Indianápolis. Numa carambola após a bandeira verde, o bólido de David “Salt” Walther colidiu com  Jerry Grant e houve na sequência um incêndio em decorrência dos tanques lotados de combustível. A violência do acidente foi tanta que o carro #77 de Salt Walther ficou de cabeça para baixo e com os pés do piloto expostos.

Naquele ano, morreram Art Pollard, durante os treinos classificatórios, um mecânico porto-riquenho, Armando Teran (atropelado por um carro de serviço), e o piloto Swede Savage, 33 dias após um acidente sofrido na 59ª volta daquela corrida.

Com queimaduras pelo corpo e a mão esquerda destruída no acidente, foi um milagre que Salt Walther tenha ainda voltado a competir não só em Indianápolis como também na Daytona 500 da Nascar, chegando em 12º lugar na edição de 1976.

Após se afastar definitivamente do automobilismo, Salt Walther chegou até a ser preso neste ano no condado de Dayton, no estado de Ohio, onde morava. Hoje, neste sábado, chegou a notícia do passamento de Salt Walther, aos 65 anos de idade, de causas ainda desconhecidas. A morte do ex-piloto aconteceu na última quinta-feira.

Comentários

  • Eu tive a oportunidade de ver alguns trechos dessa corrida no youtube, e impressionante Rodrigo que depois de tudo isso eles mudaram muita coisa. A capacidade dos tanques de combustível, os carros, a segurança, e o mais impressionante é que após isso foram 9 anos de pura tranquilidade e calmaria até 1982 quando morreram Gordon Smiley e Jin Hickman. Após isso, só em 1992 quando morreu Jovy Marcelo. Dá pra explicar como a Indy entre 73 e 1992 teve apenas poucos acidentes, enquanto que a Fórmula 1 teve tantos, e demorou tanto pra modificar a segurança dos carros e dos circuitos? Pergunto pois a Indy dos anos 70 era como a IRL dos anos 90, com corridas em ovais dos mais diversos estilos….