Saudosas pequenas – Super Aguri, parte II
RIO DE JANEIRO – O primeiro ano da Super Aguri começou sofrível, como os leitores e leitoras puderam ver aqui no blog. Mas já ao fim do ano de 2006, a equipe começava a experimentar uma pequena evolução – que poderia de fato acontecer na segunda temporada do time que recebia motores Honda na Fórmula 1.
Para a temporada de 2007, o time se valeu de uma versão atualizada do Honda RA106, usado pelo time de Jenson Button e Rubens Barrichello. O carro tinha um novo motor desenvolvido pelos japoneses e uma moderna e levíssima caixa de câmbio revestida em carbono para melhorar o peso do conjunto no trem traseiro. Takuma Sato, o queridinho da montadora, ficou no time para mais uma temporada e chegou o britânico Anthony Davidson, que fizera aparições esporádicas com a Minardi em 2002 e uma corrida isolada com a BAR em 2005. No ano anterior, ele fora o terceiro piloto da Honda.
A evolução da Super Aguri com o ‘novo’ carro, muito melhor que o Arrows A23 travestido de primeiro modelo do time, foi evidente logo no primeiro GP do ano, na Austrália. Sato passou para o Q3 e por pouco Davidson não fez o mesmo. Mas na corrida, o desempenho foi discreto: 12º lugar para o japonês e décimo-sexto para o britânico.
Os dois não impressionaram muito na Malásia e no Bahrein, mas quando começou a temporada europeia, Sato estava inspirado e em forma. No GP da Espanha, em Barcelona, o japonês largou em 13º e chegou em oitavo, marcando o primeiro ponto do time de Aguri Suzuki na Fórmula 1.
Após mais uma corrida discreta em Mônaco, Sato e a Aguri voltaram a fazer barulho no GP do Canadá. No circuito de Montreal, o japonês conseguiu um histórico sexto posto, ultrapassando ninguém menos que o bicampeão mundial Fernando Alonso, então na McLaren. Foi sem dúvida o maior momento da história da equipe. E na época, cheguei a ver uma narração sensacional da manobra do japa sobre “Don Fernando”, que sem dúvida Bernie Ecclestone mandou limar do YouTube. Mas a ultrapassagem está ao fim do vídeo abaixo.
O auge da Super Aguri em 2007 foi aí. Na segunda metade do campeonato, embora o time tivesse quatro pontos no Mundial de Construtores, faltou investimento e não havia patrocinadores para garantir um conforto financeiro até o fim do ano.
Como efeito, o desenvolvimento do SA07 foi congelado e a equipe não pôde fazer mais nada. E olha que a própria Honda teve um ano terrível, com Button marcando apenas seis pontos e Barrichello – fato inédito em sua longa carreira até aquela data – nenhum. A Super Aguri fechou o Mundial em nono lugar entre os construtores – mas sem nenhuma garantia de que algo poderia melhorar em 2008.
Amanhã, a terceira e última parte da história do time nipônico na Fórmula 1.
viu,como é que é sem carro legal ninguém vence,Alonso sendo presa.
Lindo carro !!
incrivel essas materias Rodrigo, parabens…
To ansioso pela hora da Minardi, e queria dar uma ideia.. quando acabar as equipes pq nao “pequenos pilotos” contando a historia dos menos vitoriosos porem sempre batalhadores…
Adoraria ver uma materia da carreira do nosso Pupo Moreno.