Em casa é mais gostoso

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RIO DE JANEIRO – Apesar da demora em comentar sobre o Grande Prêmio da Espanha, claro que assisti a corrida deste domingo disputada em Barcelona. E até que, para um circuito taxado de “monótono”, a pista da Catalunha teve uma boa corrida e, depois de 17 anos, um carro que não largou na primeira fila venceu. Cortesia de Fernando Alonso, que enlouqueceu a torcida com um início de corrida avassalador a bordo de sua Ferrari. Início este que foi decisivo para o 32º triunfo de Don Alonso de las Asturias, que o deixa como o quarto maior vencedor, de forma isolada, da Fórmula 1.

A minha aposta pessoal foi em Kimi Räikkönen – e não foi muito em vão, visto que só Alonso chegou à frente do finlandês da Lotus, que agora está a apenas quatro pontos de Sebastian Vettel no Mundial de Pilotos. O Iceman teve um desempenho muito consistente com o E21 equipado com pneus macios e se valeu disto para parar uma vez menos que todos os principais adversários e ampliar seu recorde pessoal para 22 corridas consecutivas na zona dos pontos – duas a menos que a marca absoluta e histórica pertencente a (evidentemente) Michael Schumacher.

Felipe Massa, após a punição por bloquear Mark Webber no treino classificatório, fez uma corrida muito boa e combativa. Acabou premiado com o terceiro lugar e seu primeiro pódio em cinco corridas neste campeonato. O GP da Espanha foi importante para deixar para trás os problemas do Bahrein e mostrar que, quando tem condições, o brasileiro pode ser rápido sem maltratar demais os pneus de seu carro.

O mesmo não pôde ser dito sobre a dupla da Mercedes: Rosberg ainda liderou no começo e conseguiu, a muito custo, salvar um 6º lugar. Hamilton, nem isso. Perdeu várias posições logo de saída e, sem um bom desempenho em ritmo de corrida, acabou numa distante décima segunda posição – e, pior, uma volta atrasado em relação a Alonso, Kimi, Felipe e cia. limitada.

Sebastian Vettel, que continua sem vencer qualquer corrida em território europeu desde o GP da Itália de 2011, não teve a menor chance de brigar pela vitória e tampouco pelo pódio. Contentou-se com a 4ª colocação à frente de Mark Webber, resultado que pode ser importante na fase decisiva do campeonato se a diferença para os adversários não for tão grande.

A McLaren continua penando na temporada 2013 com seu MP4-28. Jenson Button fez o que lhe foi possível ao falhar a passagem ao Q3 no treino classificatório e, com uma estratégia bastante semelhante à de Räikkönen, conseguiu ainda o oitavo lugar, logo à frente de Sergio Pérez, que estava muito mais bem colocado que o britânico no grid.

E na turma dos times médios, a Force India foi superior de novo, com a 7ª posição de Paul Di Resta. Daniel Ricciardo marcou um pontinho com a Toro Rosso e a Sauber, embora não tenha pontuado em Barcelona, sai com a melhor volta marcada por Estéban Gutiérrez. O mexicano liderou também suas primeiras voltas (duas, ao todo) neste domingo.

No mais, é isso. A Fórmula 1 vai para Mônaco, onde será disputada a 6ª etapa do campeonato, com três vencedores nas cinco primeiras provas, Vettel líder com Räikkönen em seus calcanhares e Red Bull comandando o Mundial de Construtores, com muito menos folga sobre Ferrari e Lotus do que qualquer previsão mais otimista poderia supor.

Comentários

  • Um pneu aonde os pilotos nao podem dar entregar 100% de performance é no mínimo ridículo, a f1 ta conseguindo fazer com que os pilotos corram devagar.

  • “…sem maltratar demais os pneus de seu carro.” Desculpa-me Rodrigo mas acho que o Massa maltratou muito os pneus aliás, como sempre faz. è só vc comparar o ritmo no final da corrida do Massa com o ritmo do Alonso e do Raikkonen. O Massa trocou seus pneus 5 ou 6 voltas depois do Raikkonen e mesmo assim não conseguiu superá-lo na pista. E se não me engano o Iceman estava com pneus médios no trecho final de prova. Na minha opinião era obrigação do Massa ultrapassá-lo. O Massa estava conseguindo diminuir a vantagem mas do nada o Raikkonen começou a andar mais rápido que ele nas últimas 4 voltas. Muito estranho para quem tinha pneu mais duro e mais novo. Felipe Massa precisa urgentemente aprimorar sua pilotagem senão vai sofrer com os pneus a temporada inteira! Abraços e parabéns pelo blog.

    • O Raikkonen estava com pneus duros igual ao Felipe no ultimo trecho de corrida, por isso o ritmo do forte do Massa durou apenas algumas voltas até ele começar a sair de traseira como ele mesmo disse no rádio faltando 5 voltas para o fim e desistiu da perseguição. Concordo com você amigo, o Felipe deve se adaptar o mais rápido possível aos novos pneus, mas acho que ele está melhorando. Pelo menos ele consegue acompanhar o pelotão da frente e trocar de pneus na mesma janela que os demais, coisa que ele não conseguia fazer ano passado e retrasado.

      Abraço!

  • Eu não consigo entender essa opção por pneus feitos para diminuir o rendimento, nos mais de 30 anos em que acompanho a F1, a melhor fase, a mais competitiva foi no fim dos anos 80, quando tudo era feito e pensado para que os pilotos tirassem o maximo desempenho dos carros e o que se sobressia era a capacidade de cada piloto em andar sempre no limite.

    Diminuir o desempenho para aumentar a competitividade, é um retrocesso.

  • Quem gerência a F1,está estragando as corridas.carro de corrida é para correr.Não adianta a Red Bull quê tem mais competência reclamar, os pneus tinham que ser do ano passado,os atuais tão abusando do recurso usado para tornar as corridas mais emocionantes,não estão conseguindo vencer na pista,vão fazer que nem fizeram com a Williams que tiraram a suspensão ativa, pois ninguém conseguia vencer seus carros.