Starworks arrisca e vence em Indianápolis de novo; Barrichello e Kanaan impressionam

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RIO DE JANEIRO – A corrida de Indianápolis da Rolex Sports Car Series foi sensacional – do começo ao fim. Muitas disputas, ultrapassagens, toques, rodadas, alternativas, estratégias diferenciadas e ao fim de 107 voltas e três horas de prova, prevaleceu a Starworks – que em oito dias apenas, montou motores novos da BMW com 4,5 litros de cilindrada cúbica e se deu bem: Ryan Dalziel/Alex Popow venceram a corrida (pela primeira vez no ano) e de quebra assumiram a liderança do campeonato entre os pilotos, com 229 pontos.

Tanto quanto os vencedores, impressionou positivamente a performance dos brasileiros que estrearam a bordo dos DPs em Indianápolis. Tony Kanaan foi muito agressivo e rápido, virando voltas muito boas, às vezes melhores que qualquer outro piloto na pista e outras no mesmo ritmo da turma. Pena que Joey Hand acabou punido mais tarde com um stop & hold de 60 segundos. Como consequência, terminaram em 9º lugar, com uma volta de atraso.

Rubens Barrichello, por sua vez, conseguiu liderar a corrida, graças às bandeiras amarelas e a uma estratégia diferenciada que deixou o Ford Dallara #77 da Doran Racing no comando. E tudo isso apesar de uma rodada de Doug Peterson, companheiro do brasileiro. Rubens reassumiu o volante após o turno do estadunidense e ponteou por 22 voltas, de forma tão surpreendente quanto espetacular.

Mas o combustível não foi suficiente para sustentar a ponta e o piloto precisou de um splash and dash para poder receber a bandeirada: terminou em 5º lugar, um grande resultado para quem não conhecia o carro e fez, além dos dois treinos livres e da qualificação, apenas um dia de treinos num circuito pequeno, próximo a Indianápolis.

Dos brasileiros regulares no certame, Oswaldo Negri saiu-se melhor. Mesmo com seu carro largando de último entre os DPs, o piloto da Mike Shank Racing obteve a sétima posição. Christian Fittipaldi é que não teve sorte: vinha em quarto quando algo se quebrou na suspensão traseira esquerda de seu carro. Ele e seu parceiro João Barbosa perderam sete voltas, conseguiram recuperar uma, mas acabaram apenas em 24º na geral e décimo-quarto na DP.

A corrida de Indianápolis encerrou também o North American Endurance Championship (NAEC), tríplice coroa das corridas longas da Rolex Sports Car Series – que tinha ainda Daytona e Watkins Glen. E o título simbólico, além de US$ 100.000 em dinheiro, ficou com a Chip Ganassi Racing e seus pilotos Scott Pruett/Memo Rojas, que terminaram em segundo na corrida desta sexta-feira, beneficiados pelos problemas dos dois Corvette DP da Action Express.

Na GT, após uma batalha campal entre as diversas marcas inscritas (Camaro, Corvette, Porsche, Audi e Ferrari), riu por último o cavalinho empinado de Maranello. O #61 de Max Papis/Jeff Segal levou a melhor ao fim da disputa, com John Edwards/Robin Liddell em segundo e Andy Lally/John Potter em 3º lugar. A dupla da Magnus Racing continua na liderança do campeonato.

Entre os lentos GX, venceu o carro que teve menos problemas, o #70 de Tom Long/Sylvain Tremblay, com quatro voltas de vantagem para Jim Norman/Spencer Pumpelly e Joel Miller/Tristan Nunez.

A próxima etapa será em Elkhart Lake, no Wisconsin, dia 10 de agosto.

Comentários

  • Estou assistindo a reprise…como já disse anteriormente, acho que a Rolex, futura USCR, é o destino ideal para Barrichello e Kanaan, uma vez que a vida nos monopostos vai ficando cada vez mais difícil…e o endurance é a melhor opção para os novos “quarentões”…espero realmente vê-los no grid em caráter definitivo no ano que vem…sérios candidatos ao título…ao pessoal da Stock Cacá, categoria atual do Barrichello e categoria da qual já gostei, não se sintam ofendidos…mas o Barrichello merece uma categoria superior.

  • Se o Rubens e o Kanaan quiserem, a carreira deles pode estar apenas começando. A vida em um protótipo desses ou até mesmo em carros GT é muito maior que em monopostos. Agora o cara tem que estar disposto e aceitar que certas fases da vida já passaram. Lógico que me refiro ao Barrichelo, porque o Tony já tem mais essa visão.

  • -Como é duro torcer sabendo que o seu piloto líder da prova teria que dar mais uma parada nos boxes para um reabastecimento final. Torci muito imaginando que o comentarista e o narrador estariam enganados e a estratégia da equipe estaria perfeita, ledo engano, o Rubinho foi para o boxe mas, não tem nada não, ficou a certeza de que o carro e a categoria caiu como uma luva para o nosso piloto veterano, bem como, para o Tony ( Guerreiro). Tomara mesmo que abracem esta categoria que é um Show! bonita mesmo de se assistir. Agora um sonho, quero ver estes dois pilotos juntos em mesma equipe, tocando o mesmo bólido. Nossa! vai virar covardia.

  • Rodrigo, é claro que o narrador e o comentarista estavam certíssimos, a paixão pelo esporte e pelo ídolo é que nos faz sonhar !