Disparada

RIO DE JANEIRO – Na opinião deste blogueiro, uma das mais belas canções sertanejas já feitas na música brasileira. Obra-prima de Geraldo Vandré e Théo de Barros, “Disparada”, cantada por Jair Rodrigues, venceu o Festival de Música Popular Brasileira de 1966 em empate histórico com “A Banda”, de Chico Buarque de Hollanda.

“Disparada” é considerada por muitos a melhor de todas as músicas campeãs de festival. Páreo duríssimo com “Sabiá”, “Ponteio” e “Sinal Fechado”. No vídeo que posto hoje, a imagem da apresentação de Jair no dia da final, com o apoio do Trio Marayá nos vocais. A percussão ficou com Manini, que tocou a famosa queixada de burro usada por Airto Moreira nas eliminatórias. O Trio Novo, que tinha ainda Heraldo do Monte e Théo de Barros não pôde participar da final (estavam em Natal numa apresentação com Geraldo Vandré para um show da Rhodia, contratados que eram do ítalo-brasileiro Livio Rangan) e a viola caipira e o violão foram tocados por Edgard Gianullo e Ayres de Almeida.

“Disparada”, com Jair Rodrigues, é o clip da semana. Curtam.

Comentários

  • Grande momento da musica popular brasileira, quando ainda era digna deste titulo, os festivis de antigamente eram Nota 11, grande documento.

  • “A Banda”, “Disparada” e “Sinal Fechado” são agora clássicos da música brasileira; “Ponteio” é lembrada apenas por admiradores de Edu Lôbo mas “Sabiá”, com sua letra bela e melodia pouco inspirada e arrastada não está no rol de favoritas dos mais fanáticos fãs de Chico Buarque e Tom Jobin; é lembrada apenas e às vezes pelas constrangedoras vaias que recebeu e incluídas, com todo direito, em listas de melhores músicas vencedoras de festivais.Daí meu espanto… Grato pela atenção.

    • As vaias recebidas foram pelo fato de que a canção derrotou “Caminhando (Pra não dizer que falei de flores)”, a polêmica música de Geraldo Vandré vice-campeã do FIC de 1968. Foi por isso. Era uma época de intolerância e muito radicalismo. “Sabiá” foi atingida desmerecidamente por isso. Mas venceu a fase internacional e foi aplaudida. Abraços, Elisio.