Um ano depois, Webber na pole
RIO DE JANEIRO – Num fim de semana triste para a Fórmula 1 com a notícia da morte da espanhola Maria de Villota, o GP do Japão tem pelo menos uma boa novidade. Pela primeira vez em um ano, Mark Webber – que se retira da categoria ao fim desta temporada – conseguiu uma pole position. É a 12ª do australiano em 210 GPs disputados. Um alento para uma corrida onde muita gente temia por mais uma pole de Vettel e um dominio acachapante do alemão.
A 43ª pole do líder do campeonato e atual tricampeão não veio porque simplesmente o carro #1 teve problemas com o KERS que minaram suas possibilidades de ampliar sua expressiva marca. Vettel bem que tentou, mas conformou-se com um lugar na primeira fila. A Red Bull também mostrou de novo que está pelo menos um nível acima das outras equipes.
A Mercedes-Benz tem vindo bem desde os treinos livres e talvez seja a única equipe que pode assustar um pouco na corrida. Lewis Hamilton foi de novo melhor que Nico Rosberg e pôs seu carro com o terceiro tempo no Q3. Na Lotus, Romain Grosjean continua muito rápido e de novo o franco-suíço foi melhor que Räikkönen em qualificação.
Na Ferrari, Fernando Alonso continua insatisfeito com o rendimento do carro. A princípio, com o 8º lugar no grid, o espanhol não tem muitas chances de ir mais à frente, mas em se tratando do bicampeão mundial, tudo é possível. Para manter suas possibilidades remotas de título ainda vivas, ele precisa terminar entre os oito primeiros neste domingo e, preferencialmente, torcer para que Vettel não amplie tanto a diferença entre os dois. Já Felipe Massa fez um bom papel, foi suficientemente veloz e conseguiu a 5ª posição no grid, superando não só Alonso como também Räikkönen e a Mercedes de Rosberg.
Nico Hülkenberg continua em alta: foi o 7º mais rápido no Q3, em mais uma excelente performance do piloto da Sauber. E Jenson Button, que ainda conseguiu levar sua McLaren para a última parte do treino, fez o que estava ao seu alcance. Sergio Pérez, com o outro carro do time britânico, foi o primeiro a ser alijado na zona de “nocaute” do Q2 para o Q3. Além dele, dançaram Paul Di Resta, Valtteri Bottas, Estebán Gutiérrez, Pastor Maldonado e Daniel Ricciardo.
Gutiérrez, aliás, quase virou churrasquinho no Q1: um vazamento de gasolina em sua Sauber, dentro dos boxes do time helvético, provocou algumas labaredas e assustou toda a equipe. Felizmente o fogo foi logo controlado. Outro carro que também sofreu problemas do gênero foi a Toro Rosso do francês Jean-Eric Vergne: os discos de freio se incendiaram, o carro soltou muita fumaça e os bombeiros rapidamente entraram em ação. A direção de prova chegou a acenar a bandeira vermelha, interrompendo o treino. Para nenhuma surpresa, Vergne figurou entre os seis eliminados na primeira parte da sessão, bem com o o alemão Adrian Sutil, da Force India – e os suspeitos de sempre: as duplas de Marussia e Caterham.
Sutil, penalizado em cinco posições, terá que largar em 20º e a última fila terá Pic e Bianchi, que perderam dez posições em punições retroativas ao GP da Coreia, quando ambos desrespeitaram zonas de bandeiras amarelas em Yeongnam.
Me fala uma coisa, depois da classificação, os carros ficam em regime de parque fechado e as equipes não podem modificar nada. Num caso como do Vettel, com problemas no KERS, pode fazer reparos?