Porsche-Martini, de novo? Difícil, viu…

601495_552342321509439_1370157377_nRIO DE JANEIRO – Circula na imprensa internacional uma imagem que mostra como seria o novo Porsche LMP1 que estreia no Campeonato Mundial de Endurance (WEC) em 2014, com as cores de um tradicional patrocinador do fabricante alemão: a fábrica de bebidas Martini & Rossi, que estampou suas cores nos protótipos e GTs da Porsche entre 1970 e 1978.

Não dá para negar que a icônica pintura ficaria linda no novo carro e ficaria para a história como um revival para os fãs mais extremados da Porsche. Mas há alguns bons empecilhos para que uma antiga e bem-sucedida parceria não possa se repetir como nos velhos tempos.

O maior de todos é a restrição à publicidade de bebida alcoólica em pelo menos dois países presentes no calendário: França e Bahrein.

Imaginem vocês: a Martini & Rossi fecha um vultoso contrato de patrocínio com a Porsche, mas é impedida pela chamada Lei Evin de expor sua marca na corrida mais importante do calendário – as 24 Horas de Le Mans, a que tem a maior exposição de mídia, a maior duração e, consequentemente, mais imagens – em todos os sentidos – para os patrocinadores. Para quem é do ramo de bebidas, não é o melhor dos mundos.

Sem contar que no Bahrein existem as tradicionais restrições ao álcool por conta da religião. Não se estoura champagne nas corridas realizadas em Sakhir e sim algo parecido com um espumante com odor de flores. Para Kimi Räikkönen, notório bebum, correr naquele sultanato do Oriente Médio é um completo desastre.

Enfim, com tantos empecilhos à vista, acho bem pouco provável que a parceria Porsche-Martini possa se repetir um dia. Em tempos de “politicamente correto” e “se beber não dirija” ou “se dirigir não beba”, associar um conhecido fabricante de bebidas a um novo projeto pode não ser a uma alternativa das mais viáveis para que os alemães consigam ganhar visibilidade na mídia em 2014.

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