STJD também no automobilismo

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RIO DE JANEIRO – Bulha à vista no automobilismo nacional. Não é só no futebol em que o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) entra em pauta e toma conta dos noticiários. No esporte a motor, também há polêmica envolvendo a decisão do Campeonato Brasileiro de Turismo, a categoria criada para suceder a Copa Montana como trampolim para a Stock Car.

Recebi via e-mail nesta quinta-feira, a notícia de que o advogado Marcelo Aiquel entrou com um recurso para indeferir a homologação do título que seria de Felipe Fraga após as penalizações impostas durante a última corrida do campeonato, que teriam prejudicado o piloto Marco Cozzi. E esse recurso foi aceito pelo STJD.

Sendo assim, o resultado está sub judice e ninguém, até o fim do julgamento do recurso, poderá festejar conquista alguma, uma vez que os pontos e colocações da classificação final do Campeonato Brasileiro de Turismo estão suspensos.

O Conselho Técnico Desportivo Nacional (CTDN), órgão ligado à Confederação Brasileira de Automobilismo (CBA), deveria entrar em ação o mais rápido possível junto à Vicar, organizadora da competição, para que na cerimônia de premiação de 2013 – marcada para hoje, e que se realiza no exato momento em que esta postagem entra no ar – não seja entregue troféu algum de campeão brasileiro.

Não é a primeira vez que isso acontece no esporte a motor aqui no Brasil. E, pelo visto, não será a última também.

Foto: Duda Bairros/Vicar

Comentários

  • No Brasil, seja no futebol ou no automobilismo, a falta de regras objetivas e de gestão bem feita por parte dos órgãos “responsáveis” (CBF e CBA) geram esses infindáveis processos. Que só servem para manter estruturas jurídicas pesadas, ultrapassadas, ineficientes e…. caríssimas.
    Quem perde é o esporte e quem gosta dele. Como você costuma dizer, parabéns aos envolvidos…

  • Mattar, até havia comentado sobre esta corrida no seu post da decisão da Stock Car, no domingo…provavelmente o lance que originou esta disputa foi um toque intencional de um determinado piloto a fim de prejudicar o Casagrande, então líder da prova.
    Até hoje não consigo entender o que a VICAR quer fazer com esta categoria, que foi por muitos anos, Stock Car V8 Ligth, depois se dividiu entre Copa Vicar e Pick Up Racing, Copa Montana e agora esta “coisa” horrível.
    Por que não fazer algo semelhante à Nationwide ou à Truck Series, onde pilotos novos que se destacam e vencem ascendem naturalmente à divisão principal? Por que não elaborar um calendário com 2 ou 3 provas em praças diferentes daquelas programadas para a Stock principal? Neste ano, por exemplo, houveram ocasiões de termos num mesmo fim de semana, e numa mesma pista, corridas da Rolex no sábado e da Indy (categoria rival) no domingo e não há nenhum problema nisso. E será que é tão inviável financeiramente?
    Qual é o problema em vestir as mesmas bolhas da Stock principal, se em 2008 era exatamente assim? Garanto que é muito melhor que estas horrendas que vimos domingo.
    De quebra, podia tentar se livrar de certos pilotos, veteranos nas diversas fazes deste certame, que até tiveram passagem (sem nenhum sucesso…) pela Stock principal, e que vivem se batendo e brigando, tornando perceptível até para mim, torcedor de arquibancada, o quanto é deteriorado o ambiente desta categoria, e causando o desinteresse e debandada de alguns outros, bons pilotos, para respirar outros ares (Pachenki que o diga…). Desde os tempos de Pick Up Racing e depois Montana, foram raras as corridas sem enroscos feios e intencionais.
    Para finalizar, sei que me estendi, se durar mais duas temporadas, é muito!!

  • Creio que numa democracia com plenos procedimentos legais estando de forma clara e objetiva, é saudável que quando alguem se sinta prejudicado numa determinada competição por “artimanhas” que não são saudáveis, possa ingressar no TJD (criado exclusivamente para avaliar e decidir sobre os assuntos desportivos), para ver se suas intenções terão segurança jurídica e tem fundamento. Isso nós brasileiros precisamos entender como um passo para uma sociedade justa e igualitária e sempre preocupada em obstruir procedimentos não saudaveis.