Direto do túnel do tempo (171)

ff02luizvilmar2RIO DE JANEIRO – O ano é 1982. Torneio Rio-São Paulo de Fórmula Fiat no Autódromo de Interlagos. A categoria, que herdou os antigos equipamentos da Fórmula Vê e começara um ano antes, com Maurício Gugelmin campeão, disputava em 20 de junho sua 3ª etapa do certame regional.

A propósito, o antigo carro de Gugelmin está na foto. É o #11, que foi herdado pelo catarinense Renato Naspolini, que tinha o patrocínio da Carbonífera Metropolitana. Esse carro, construído por Edson Enricone, já fora de Oswaldo dos Santos e ainda seria guiado em 1983 por Átila Sipos. Mas em primeiro plano na imagem, está Luiz Carlos Vilmar Júnior (lembram dele?), que corria com o patrocínio da concessionária Galileo e era um dos remanescentes da Fórmula VW 1300. A velha guarda há de lembrar que o carro do Vilmar era um Kaimann, construído com licença austríaca aqui no Brasil por Alexandre Guimarães e que foi um dos primeiros carros da Super Vê em 1974. Quanta sobrevida teve este carrinho…

Após as duas baterias disputadas na oportunidade em Interlagos, Naspolini venceu, com Vilmar em 2º e Aderbal Grillo em terceiro. O falecido piloto carioca Nelson Balestieri chegou em quarto, seguido por Luiz Zornig, Oswaldo Scheer Fº, Luiz Scarpin, Mário Petrelli, Flávio Pulga e Élcio Prior.

Pena que a Fórmula Fiat tenha tido vida tão curta. A categoria acabou em 1984, mas por ela, além de Gugelmin, Naspolini e Átila Sipos, passaram pilotos como o Zé David, hoje instrutor em escola de pilotagem e chefe de equipe, e o Djalma Fogaça, o “Caipira Voador”.

Há 32 anos, direto do túnel do tempo.

Comentários

  • Beleza de foto, a categoria era muito boa, andava todo mundo juntinho. Aqui no Rio, na curva do final do retão, entravam uns dez carros grudados um no outro, era de arrepiar. Bons tempos!

  • Salvo engano, existe um desses Kaimann, talvez seja o último sobrevivente, preservado no Museu do Automobilismo Brasileiro, do Paulo Trevisan, em Passo Fundo/RS.
    Muito lindo foi ver esses carrinhos na F Super-Vê em 74 com botas como o Ingo, Chatô, irmãos Di Loreto e Guaraná. . .

  • Da serie ‘Brazil, país sem memória’: Em 1992, à convite do Marcus Zamponi, trabalhei na assessoria de imprensa do campeonato brasileiro ‘Fórmula Uno’. Em determinada etapa, pude conversar com um gerente de imprensa da Fiat. Indaguei à ele uma curiosidade da Formula Fiat. Infelizmente, além de não obter resposta, ainda me surpreendi com o fato de que a empresa, além de não ter nada em termos de resultados, sequer teria ‘uma mísera foto’ de qualquer uma das temporadas daquela categoria. Rapido avanço para 2010: em parceria com o jornalista gaúcho Celso Ferlauto, atuei na produção de livro com a historia do evento regional ‘Copa Fiat de Velocidade’. QUando o livro foi lançado, tive ‘nova rodada’ de conversa com a gerencia de imprensa da citada montadora. A pauta, desta vez, o brasileiro de Fiat Turismo (Formulas Uno e Palio). Preciso me estender sobre a segunda decepção que obtive?

  • Eu fiz parte da história do automobilismo carioca corri com um fusca branco numa prova de carros transformados para competição , preparado na oficina de balestieri que devo a ele tudo que sei só ver carros e como guiar .