24 Horas de Le Mans, treino livre: Toyota domina; Duval sofre acidente pavoroso
RIO DE JANEIRO – A 82ª edição das 24 Horas de Le Mans começou com clima pra lá de tenso nesta quarta-feira. Com 1h07min de treino livre, o horror se instaurou em Sarthe quando foi deflagrada uma bandeira vermelha. O Audi R18 e-tron quattro #1 com Loïc Duval a bordo batera nas Porsche Curves, um trecho de alta velocidade do circuito de 13,626 km de extensão.
De princípio, com as imagens mostrando a traseira do carro moída e a garagem do #1 cerrada, temeu-se pelo pior. Mas rapidamente as nuvens negras que pairavam no ar se esvaneceram com as primeiras notícias, dando conta que Duval estava “consciente e alerta”. E conversando com os médicos, com o engenheiro Wolfgang Ullrich e também com Allan McNish. Após a passagem pelo centro médico, o piloto foi transportado a um hospital para um check-up mais completo, porque o francês queixava-se de dores numa perna. Há suspeita de fratura de tíbia.
Aparentemente, a célula de sobrevivência do protótipo não foi tão afetada quanto se imaginava, porque a batida foi de traseira, após uma decolagem. Percebam pela foto que os cabos de aço e as grades de proteção não conseguiram absorver o fortíssimo impacto gerado pelo Audi de Duval. O camarada Marc Arnoldi – que está lá em Sarthe para fazer a narração junto a Bruno Vandestick – informou também o seguinte: a Audi pode alinhar um carro-reserva se houver condições técnicas a respeito e também substituir Duval a qualquer momento, pelo espanhol Marc Gené – inscrito no #38 do Team Jota. Aí o time de Simon Dolan fica sem pai nem mãe, com apenas dois pilotos e prejudicado totalmente em sua estratégia.
O treino foi reiniciado normalmente e até o fim da sessão, houve mais duas bandeiras vermelhas e mais dois acidentes. Bateram o Porsche #67 da classe LMGTE-AM com Erik Maris a bordo e também a Ferrari #90, também da divisão LMGTE-AM, quatro minutos após o reinício da sessão. A direção de prova comandada pelo português Eduardo Freitas deu o treino por encerrado antes do previsto.
Isto posto, o Toyota TS040 Hybrid número #8, com Sébastien Buemi a bordo, cravou a melhor volta da primeira sessão – 3’23″695, média de 240,869 km/h. O Audi #2 com Andre Lotterer ficou em segundo, apenas três décimos mais lento. O Toyota #7 ficou com a terceira posição – 3’24″291 e o #1 acidentado chegou a virar em 3’24″729 antes de bater.
Os dois Porsche 919 Hybrid ficaram em sexto e sétimo, na casa de 3’26” e entre os dois Rebellion R-One Toyota, o #12 conseguiu uma ótima volta – cerca de 3’31”, cinco segundos mais rápido que a turma do #13.
Na classe LMP2, o melhor tempo foi do novíssimo Ligier JS P2 Nissan #35 da G-Drive by OAK Racing, cravando 3’40″611 na melhor passagem durante a sessão, um décimo abaixo do #48 da Murphy Prototypes. O terceiro tempo da divisão foi do #37 da SMP Racing, seguido do Alpine A450 Nissan e do #47 da KCMG Racing.
O dinamarquês Nicki Thiim conseguiu o excepcional tempo de 3’57″015 no Aston Martin Vantage GTE #95 e foi o melhor dos pilotos dentre as duas divisões de Grã-Turismo, batendo todos os outros da LMGTE-PRO. Gianmaria Bruni foi superado por apenas 0″013 com a Ferrari F458 Italia da AF Corse e foi o mais rápido de sua divisão. O carro #97 do brasileiro Bruno Senna foi o terceiro em sua categoria e o#99 de Fernando Rees foi o sétimo.
O único carro que não conseguiu marcar tempo foi o Nissan ZEOD RC. O inovador protótipo do construtor japonês teve problemas técnicos logo no início do treino e os mecânicos logo trataram de trocar o trem mecânico para fazer o carro andar na primeira sessão de classificação, que acontece ainda hoje, mais tarde.
Rapaz que paulada ! Assustou a imagem do carro todo destruído mas ainda bem que como em 2011, o Duval saiu bem. Pena que não vai disputar a prova. Aí já muda tudo no carro #1. A Audi que já estava atrás vai ter que se valer da sua maior característica ao longo desses anos em Le Mans: resistência. Porque velocidade, está devendo.