“A Fórmula 1 não deu certo”

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A Caterham – que já foi Lotus também – dificilmente continua na Fórmula 1 em 2015; Tony Fernandes deve vender a equipe e também se desfazer do time na GP2 Series

RIO DE JANEIRO – Com essa frase, quase um desabafo, o malaio Tony Fernandes fechou ontem sua conta no twitter e deu a entender o seguinte: a Caterham como equipe de competições será passada para a frente e provavelmente não a veremos no Mundial de Fórmula 1 em 2015 – pelo menos sob a atual administração e estrutura. Tampouco a equipe de GP2 Series continuará sob sua propriedade, a julgar pelos rumores que correm na imprensa internacional.

Ocorreu o seguinte: já desde antes do GP da Áustria no domingo passado, havia muito diz-que-diz sobre o futuro do time dos carros verdes na Fórmula 1. Até apostaram que a Caterham não compareceria ao Red Bull Ring, mas os dois carros disputaram normalmente aquela prova. Agora, o desabafo do mecenas do time vem de colher para começar um arsenal de especulações sobre o futuro do time e suas peças principais. O chefe de equipe Cyril Abiteboul, segundo dizem, já estaria de malas prontas para voltar à Renault e ocupar um cargo no departamento de automobilismo do construtor francês.

Os magros resultados da equipe, em comparação ao desempenho da Marussia, podem ter contribuído para o desinteresse de Tony Fernandes em manter o investimento numa equipe de Fórmula 1. Provavelmente a gota d’água veio no GP de Mônaco, com os pontos marcados por Jules Bianchi, que representaram um golpe mortal nas pretensões da Caterham.

Vamos ver o que o futuro nos apresentará…

Comentários

    • A Ferrari só quis botar pressão, visto ter contrato até 2020 com a F1. Já disseram que não dá pra investir pesado nas duas competições se for desenvolver um protótipo, e por isso vão continuar apenas nas GT’s. A ameaça, se for levar a sério, é pra 2021.

  • Eu acho estranho como em tantos anos de investimento não tenham conseguido, nenhuma das novas, um desempenho mais próximo das estabelecidas. Mesmo com a mudança de regras, nada efetivamente mudou, A distância continuou basicamente a mesma do ano passado.
    O pior pra Caterham, que parecia ser a mais estruturada desde o início, foi a Marussia ter passado a fazer testes em túneis de vento, e parar como a megalomania do John Booth de achar que produzir um carro inteiramente por CFD seria tão eficiente quanto. Principalmente com limitações de hardware impostas pela FIA.

    Como já receberam a carta branca, será que a tal Forza Rossa Racing (Stefan GP) entra aproveitando a estrutura?

    • Eu penso que um dos principais fatores (ou o principal) para que essas equipes não conseguissem se aproximar das já estabelecidas foi que, ao entrarem na categoria, receberam a promessa da implantação de um teto orçamentário, e desenvolveram seus projetos em cima dessa promessa. Só que ela nunca foi cumprida.

  • Eu acho o que agravou ainda mais a situação foi o rompimento na parceria com a Renault na montagem dos Alpines do inicio do ano , ele contava com o dinheiro para investir na Caterham. Acho que é uma ótima oportunidade para o Gene Haas adquirir a equipe, (já teria a estrutura pronta para sua base européia ainda mais com a fábrica) sairia mais barato do que montar uma estrutura do zero gastando muito mais.