Goiânia de volta

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A largada da primeira corrida em Goiânia após 13 anos (Fernanda Freixosa/Vicar)

RIO DE JANEIRO – Foram anos de espera, mas felizmente o Autódromo de Goiânia sobreviveu. Com um intenso trabalho da Agência Goiana de Transportes e Obras (AGETOP), ligada ao governo do estado, o circuito de 3,835 km de extensão foi reinaugurado neste domingo com uma prova da Stock Car, que havia 13 anos não visitava aquela cidade do Centro-Oeste.

A volta de um circuito renovado e com instalações mais modernas é um bálsamo para um combalido automobilismo como o nosso – e graças a Deus que aquela história de pista em Senador Canedo jamais se concretizou e que – essa foi a melhor notícia – Hermann Tilke, o arquiteto alemão conhecido por matar autódromos, recomendou não mexer no traçado goiano.

Ótimo. Já perdemos Jacarepaguá, corremos o risco de ver Curitiba ir pro vinagre e Brasília fica no “reforma ou não reforma”, novela que se agrava com a história do Mundial de Motovelocidade. As pistas do Sul também foram melhoradas, especialmente Cascavel e Santa Cruz do Sul, o que é um avanço, mas precisamos e devemos evoluir. E, repito, o Rio de Janeiro jamais pode ficar sem um autódromo.

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O ótimo público que compareceu para a corrida de domingo (Duda Bairros/Vicar)

O público local, sedento por boas disputas, compareceu em excelente número às dependências do circuito. Falou-se em 25 mil pessoas. Há quem diga que houve problemas no acesso e com o estacionamento. Alguém realmente surpreso?

De todo modo, foi legal. A pista está bem rápida: a pole position de Átila Abreu foi em 1’22″699, média superior a 166 km/h. Neste fim de semana, quem vai acelerar lá é o Brasileiro de Marcas e a Mercedes-Benz Challenge, esta com um grid sensacional. A Fórmula 3 correrá em novembro e fatalmente cravará o melhor tempo da renovada pista de Goiânia.

Parabéns aos envolvidos. E nisto não está embutida nenhuma ironia.

Comentários

  • Chega a ser quase um milagre, assisti a prova de noite no VT, a pista está maravilhosa, com subidas e descidas, curvas de alta e aquela reta imensa onde os pilotos se esbaldaram em gastar os push to pass,
    Um autódromo à moda antiga, com grandes áreas gramadas, mesmo com os pilotos praticando pugilado motorizado praticamente ninguém se acidentou gravemente.

  • Vale lembrar que Goiânia sediará também a próxima etapa, em Agosto, que será o evento da “corrida do milhão”, então a pista deve ainda receber melhorias até lá.
    Mattar, apesar de você não fazer nenhuma menção a corrida em si, exceto nos tempos de volta, gostaria de fazer uma ressalva:
    Seria melhor se a Vicar adotasse os modelos de rodadas duplas praticados pelo Br de Marcas, com uma corrida as 10 da manhã e outra as 13h ou ainda o modelo do finado GT Brasil, com corrida 1 no sábado e a 2 no domingo…pois da forma em que está é impossível um piloto vencer a primeira e chegar bem ou vencer na segunda. Além do mais, se ocorrer algum problema em uma, algum tempo decente para reparo para a outra…a imagem do Cacá com meio-carro na segunda corrida foi grotesca, entre outras bizarrices. Apenas minha opinião.