Direto do túnel do tempo (205)

10488005_10152743740639059_760226932236850295_n

RIO DE JANEIRO – Na última segunda-feira, o piloto do carro amarelo e patrocinado pela confecção Gledson completou mais um aniversário. Alfredo Guaraná Menezes, um dos principais nomes do nosso automobilismo nos anos 70 e 80, fez 62 anos de idade.

Neste instantâneo dos tempos de Fórmula VW 1600 ou Super Vê, como queiram, Guaraná vem a bordo de seu Polar, trazendo na cola outras três feras da categoria: Maurício Chulan no carro da Brahma, Marcos Troncon com as cores da Philips e Antônio Castro Prado, tragicamente falecido em 1981, com o patrocínio da Balbo. Tenho quase certeza que esta foto é de 1977, ano do primeiro título de Guaraná na categoria.

Oriundo da Divisão 3, em que correu com os Fuscas da lendária equipe Autozoom e também da escuderia de Amador Pedro, Guaraná tornou-se conhecido do público quando acelerou o Kaimann da Marcas Famosas. Foi patrocinado também pela Vodka Orloff antes de acelerar o Polar da Gledson com que se sagrou bicampeão em 77 e 78. Na Fórmula 2 Brasil, ganhou um polêmico título com as cores da Denim, em 1981. Correu ainda de Stock Car, no Brasileiro de Marcas e até na Fórmula Chevrolet, antes de encerrar definitivamente a carreira. Ah… e não tem como esquecer: Guaraná foi 7º colocado nas 24 Horas de Le Mans, correndo num Porsche 935/77 em parceria com Paulão Gomes e Marinho Amaral.

Ao craque Guaraná, todo o nosso carinho e apreço.

Há 37 anos, direto do túnel do tempo.

Comentários

  • O acidente do Castro Prado em Guaporé (salvo engano. . .) é daquelas coisas inacreditáveis, treino encerrado, pista fechada e do nada resolveu “dar só mais uma voltinha para verificar um ultimo acerto mandrake prá corrida”. . .e no lusco-fusco do entardecer, havia uma cancela, na verdade era um poste de madeira, fechando a saída de boxe. . .
    Zé Maria

    • Foi isso mesmo, Zé Maria. Era na Fórmula 2 Brasil. O Pradinho ia ganhar aquele campeonato fácil, fácil. Não tinha necessidade nenhuma daquilo.

    • Me lembro muito bem deste dia. Era para eu ir ao playcenter com meus país e chegou a notícia que ele morreu. Fiquei triste pois íamos muito a fazenda de em Valinhos. Tb trágica a história da familia dele aonde mulher e filha morreram depois por acidente (Dulce) e doença (Daysinha).

  • Grande época do nosso automobilismo, esses carrinhos eram sensacionais! Ótimos pilotos, bons patrocínios, grandes pegas, arquibancadas cheias… O Guaraná tinha uma tocada limpa, bonita, dava gosto de ver.

  • Foi o cara que deu muito trabalho para o Piquet, mesmo em uma equipe com menos recursos. (e olha que ali não tinha bobo, e sim muitos caras bons)
    Quando Piquet foi para a Europa, foi chamado pela Gledson e virou o rei da Super V.
    Eu o achava mais rápido que o Nelson, mas não era um inventor/acertador e sua tocada era muito mais agressiva, um espetáculo.

  • o Alfredo Guaraná Menezes sempre foi um cara guerreiro, bota, tocava muito e por isso eu achava que iria muito mais longe em sua carreira de piloto. Hoje, uma das grandes feras admiráveis do nosso automobilismo como preparador e chefe de equipe. Bacana rever esse brinquedo referencia nas corridas da década de 70.