Oficial: Carl Edwards é da Gibbs a partir de 2015

carl-edwards.jpg.main

RIO DE JANEIRO – Em coletiva de imprensa que se realiza neste momento nos EUA, o piloto Carl Edwards, de 35 anos, acaba de ser anunciado como o quarto piloto da escuderia Joe Gibbs Racing para a temporada 2015 da Nascar Sprint Cup Series. Junto com a notícia de sua contratação, chega um novo patrocinador para a categoria: a Arris – mais uma empresa do poderoso grupo de Carlos Slim Helu, presente ao evento, aliás – vai estampar seu nome na carenagem do Toyota Camry de Edwards.

É o fim de uma ligação de mais de uma década com Jack Roush e, logicamente, com a Ford. Edwards debutou pelo time em 2003 e já no ano seguinte estreava numa temporada parcial da então Nextel Cup substituindo Jeff Burton no Ford Taurus #99. Sua primeira vitória na divisão principal foi no fim de semana do Atlanta Motor Speedway, que viu a chamada “varrida” de Edwards, ao vencer também a competição da Busch Series, que hoje conhecemos como Nationwide Series. O piloto comemorou com um backflip e desde então a cambalhota com salto mortal é a marca registrada de Carl Edwards, apelidado por este que vos escreve de “Acrobata” ou então de “Carlos Eduardo dos Santos” (por causa da Daiane dos Santos, claro), no tempo em que a Nascar era transmitida por outra emissora.

Desde então, até o último domingo com a disputa da Pure Michigan 400, foram mais de 600 corridas pelo time de Jack Roush em todas as principais divisões da Nascar, resultando em 23 vitórias na Sprint Cup, 38 na Nationwide Series e seis na Camping World Truck Series, bem como dois vice-campeonatos em 2008 e 2011 na divisão principal e um título da Nationwide em 2007.

Edwards irá correr com o número #19 em 2015 e terá como um de seus companheiros de time um velho conhecido de Roush: Matt Kenseth, que saiu do time da Ford e foi para lá em 2013. Kyle Busch permanecerá com o patrocínio dos confeitos M&M’s, pondo fim aos boatos de que o apoio mudaria de carro e Denny Hamlin segue com o apoio da FedEx em seu #11 no próximo ano.

Para o futuro ex-piloto da Roush, a mudança para a JGR pode ser uma boa. Kenseth chegou no time e foi logo vice-campeão, naquela que talvez tenha sido a melhor temporada de sua carreira. Resta saber se Joe Gibbs terá condições de estruturar sua escuderia de forma a não perder competitividade alinhando quatro carros ao invés de três.

Comentários

  • Acho que tanto Edwards quanto a J. Gibbs precisavam disso; ele de novos ares e a equipe duma sacudidela. Grande contratação. Tomara que lhe deem estrutura para brigar por títulos.

  • Que decepção. Esportivamente pode ser boa a troca. Mas é lamentavel que uma pessoa que antes devotava tanto’ amor’ à marca Ford (situações devidamente registradas em comunicados oficiais da empresa) ir correr por outra montadora. No primeiro semestre deste ano, à convite de Mr. Edsel Ford II (desnecessário registrar quem é…), Edwards dirigiu replica do Ford 999, carro com o qual o fundador da empresa angariou simpatia e fama, posto o fato deste ‘modelo’ ter vencido logo em sua primeira apresentação. Na ocasião, ‘Carlos Eduardo’ disse algo como ‘por estas e outras me sinto orgulhoso em representar a Ford nas pistas’. Lealdade? Um luxo para poucos… definitivamente.
    Vale citar que similar ‘veneno’ eu destilaria para pilotos de outras montadoras que, a exemplo do ‘traitor’ (CE) tambem vivem ‘elogiando’ as empresas que representam — caso de Dale Jr e Jeff Gordon, por exemplo. Mas não vejo eles agindo desta forma…

  • Pelo menos no papel a JGR vem ainda mais forte para 2015, Mesmo com a chegada do Edwards, ainda não vejo batendo de frente com Hendrick e Penske que parecem ter os melhores. Ainda coloco a JGR no segundo escalão junto com SHR e RCR.

    E a Roush hein, não sei não, mas acho que vão penar ainda mais em 2015 com Biffle, Stenhouse e Bayne.

    Rodrigo, e o Ryan Blaney na Wood Brothers, é uma boa aposta para Rookie 2015?

  • Assim como foi para Matt Kenseth, que considero um dos melhores pilotos da Nascar, creio que a mudança será excelente também para Carl Eswards…sem entrar neste mérito de fidelidade à esta ou aquela marca, Edwards precisa de uma motivação desta…uma mudança de ares..pois sempre se mostrou promissor. Um piloto com total capacidade de tornar-se campeão na Sprint Cup. Além do mais, irá para um time altamente competitivo. Não posso dizer o meso da Roush na atualidade…que esta busque sangue novo e também se reinvente.

  • Determinado trecho do comentário acima postado por Fernando Lima chamou-me atenção. No caso, a palavra ‘motivação’. Em termos esportivos, concordo. Vai que ele até conquiste o título pela JGR (#aguardaremos).
    Mas… vamos pensar juntos? Se o cidadão ganhava bem e ainda demonstrava um futuro garantido — além de destilar ‘paixão’ pela marca, será que ele precisava mesmo mudar? Considere que, em 2010 ou 2011, em entrevista ao Jornal NASCAR SCENE – materia sobre patrimonio de pilotos da categoria –, ao apresentar sua linda casa e sua fascinante coleção de carro, Edwards disse que o futuro dos filhos já estava garantido – apontando para a casa e para o lindo Ford GT na garagem! Por favor… a vida é dele e quem sou eu para ‘apontar soluções’. Mas a julgar pelo patrimonio (casa segura, carros na garagem) e até mesmo integrar um time de renome e historia junto ao Automobilismo Norte-Americano — sem falar nas ‘juras de fidelidade’ –, no MEU caso… JAMAIS iria deixar a Roush. Exceto se fosse correr pela Penske ou Wood Brothers.
    Para encerrar: não sou o único que critica CE: na pagina oficial da Ford Racing no facebook, ‘n’ pessoas criticam e xingam o autor dos saltos ‘flip’ – e alguns até exageram nas criticas ( = imagino similar situação se Kevin ‘Have-a-wreck’ , Jimmie Johnson ou Jeff ‘Gordo’ fizesse o mesmo… deixar a Chevrolet e correr por um time Ford. Alias, seria engraçado se isto acontecese… #imaginando. Imaginando este cenário… e torcendo para que isto acontecese…).