AE, 50

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RIO DE JANEIRO – Exatamente em setembro de 1964, quatro anos após o nascimento da Quatro Rodas e há meio século, portanto, nascia no Brasil mais uma revista para explorar o segmento automobilístico – com grande ênfase no esporte a motor. Nascia a Auto Esporte, também grafada Autoesporte em seus primeiros anos, como uma ilustre filha da lendária Mecânica Popular.

A publicação era da Efecê Editora, que tinha gráfica em Ramos, mais precisamente à rua Felisbelo Freire. Tive a oportunidade de, em várias tardes de ócio quando era apenas estudante de Comunicação Social na UFRJ, viajar no passado dentro da Biblioteca Nacional – onde ficava por horas – e conhecer os antigos exemplares da revista, da qual fui devotado leitor entre 1980 e meados dos anos 90, quando a penetração e a qualidade da AE já tinha sofrido uma queda considerável e já tínhamos, em tempos de pré-internet, muita informação com transmissões ao vivo ou em VT de diversas corridas nacionais e internacionais.

A AE teve vários craques assinando matérias: Fernando Calmon, Bob Sharp, Mauro Forjaz, Chico Júnior, Lito Cavalcanti, Cecílio Favoretto e o inesquecível Marcus Zamponi. Zampa, com textos deliciosos e históricos, foi parte de uma bonita história que, infelizmente, hoje faz parte de um passado remoto. Os direitos sobre o título foram vendidos para a Editora Globo em 1999 – e a AE nunca mais foi a mesma.

O exemplar #0, distribuído apenas de forma dirigida, teve a capa aqui reproduzida, com a lendária Berlinetta da equipe Willys chefiada pelo Luiz Antônio Greco. Esse exemplar é da coleção particular de Antônio Carlos Scavone, o homem que trouxe a F1 ao Brasil – de acordo com as informações do solerte tricolor Alessandro Neri.

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