Jonathan Williams (1942-2014)

image167

RIO DE JANEIRO – Os compêndios mostram que ele disputou somente uma prova de Fórmula 1, em 1967. Mas não foi por uma equipe qualquer – e sim pela Ferrari. O britânico Jonathan Williams, nascido no Cairo em 1942, morreu hoje aos 71 anos, segundo o site Italiaracing.net.

Sua ascensão à equipe de Maranello oculta um cartel com passagens bem-sucedidas pela Fórmula Júnior, Fórmula 3 inglesa e italiana. Neste certame, venceu seis provas com um monoposto De Sanctis em 1966 e como prêmio, foi contratado pela Ferrari para o programa de F2 com o famoso modelo Dino.

Porém, a morte de Lorenzo Bandini em Mônaco e o grave acidente sofrido por Mike Parkes deixaram a equipe sem um segundo piloto na F1, em que o único titular que restara era Chris Amon. Em paralelo às provas de F2, Jonathan corria com os protótipos de Endurance e Can-Am, até que o Comendador Enzo Ferrari autorizou a estreia do britânico com o modelo 312 no GP do México, no circuito Magdalena Mixhuca.

Ao fim de 65 voltas, Williams fechou a disputa com um discreto 8º lugar, duas voltas atrasado. E depois disso, nunca mais voltou a sentar num F1 – embora tenha tido seu nome vinculado ao projeto Abarth, que nunca saiu do papel. Segundo Enzo Ferrari, em seu livro Piloti, che gente…, Jonathan encontrou dificuldades para se adaptar a carros muito potentes.

O piloto regressou às provas de F2 e com o fim do vínculo que o ligava aos italianos, competiu com carros Brabham. No ano de 1970, ele era um dos pilotos escalados para guiar o Porsche 908 da Solar Productions que, com uma câmera embarcada, faria algumas tomadas para o filme 24 Horas de Le Mans, estrelado por Steve McQueen – mas o carro foi impedido de competir.  A Targa Florio de 1971 foi a última prova da carreira de Jonathan Williams, aos 29 anos. A partir daí, dedicou-se à escrita e também à fotografia.

Comentários