Há 31 anos…

piquet30dobi

RIO DE JANEIRO – Dia 15 de outubro. Nem um dia a menos, nem outro a mais: há exatos 31 anos, Nelson Piquet conquistava o bicampeonato mundial de Fórmula 1. Foi num sábado, o dia da decisão daquele campeonato, um dos mais disputados da história, com o GP da África do Sul em Kyalami.

É aquele campeonato que você, leitor do blog, conhece da série “30 anos do bi”, publicada ano passado. O mesmo em que Piquet alardeou, quando suas chances pareciam reduzidas a pó, que seria campeão mundial de novo e venceria a legião francesa formada por Alain Prost, René Arnoux e Patrick Tambay.

Ao fim de 15 etapas, foram os gauleses os reduzidos a pó. De 27 pontos possíveis nas últimas três provas, Piquet – que somava 37 pontos antes da 13ª etapa, fez 22. Ganhou duas provas e só não venceu todas porque não quis. No GP da África do Sul, foi terceiro, atrás do então companheiro de equipe Riccardo Patrese e do recém-falecido Andrea De Cesaris.

Reginaldo Leme, que nunca escondeu sua admiração por Piquet, acompanhou toda a emoção daquela conquista histórica. Veja a matéria do Globo Esporte naquele dia e as principais reportagens produzidas em alusão ao bicampeonato do mundo.

https://www.youtube.com/watch?v=OgS4QF4464A

https://www.youtube.com/watch?v=v7Obx_6IYRc

Comentários

  • Caro Rodrigo, não sei se vc viu um post postado na sua antiga plataforma. Se vc permitir vou colá-lo uma parte aqui, o post do FÁBIO SEIXAS “Piquet, direto e reto”. É Nelson Piquet em estado puro. ” A propósito disso, desencavei uma entrevista que estava havia meses na minha gaveta: Piquet, para a “Placar”, na edição de 25 de agosto de 1986.
    O trabalho do repórter Lemyr Martins é excepcional. E as respostas de Piquet são ótimas, todas elas. Tornam deprimentes os discursos insossos dos pilotos de hoje.
    O cenário era de guerra na Williams. Piquet x Mansell.
    Alguns trechos:
    Placar – Houve boicote contra você e a favor de Nigel Mansell?
    Piquet – Sim, muita sacanagem. Patrick Head, projetista e chefe da equipe, foi contra minha ida para a Williams. Ele queria provar que poderia ser campeão com seu protótipo e um piloto que ainda não tivesse um título. Provar o que todo mundo já sabia: que o carro é o melhor da F-1.
    Placar – E agora, como está o relacionamento?
    Piquet – Uma maravilha. Eu não falo com Mansell, traço minha própria tática de corrida e fico gozando os dois. São uns babacas. Não dou a mínima informação.
    Placar – Também se comenta que você não tem um bom relacionamento com Ayrton Senna. Por quê?
    Piquet – Eu não conhecia Ayrton Senna antes de vir para a Europa. Eu tenho minha vida, meus hobbies. Só porque somos brasileiros deveríamos ser amigos? Não tenho nada contra nem a favor.
    Placar – E Ayrton Senna piloto. Qual sua opinião?
    Piquet – É magnífico. Um ótimo piloto. Um cara que arrisca tudo, até demais. Se você perguntar a qualquer outro piloto, vão te dizer a mesma coisa. Muitos, porém, temem que ele seja ousado demais e esteja sujeito a dar uma cacetada a qualquer momento. Na F-1 a gente está sempre aprendendo. Nunca se sabe o suficiente. O perigo maior para um piloto é pensar que já sabe tudo.
    Placar – Porque você nunca teve muitos amigos na F-1?
    Piquet – Porque aqui cada um cuida da sua vida. Só nos vemos nas corridas. Existe um relacionamento meramente profissional e competitivo. É cada um por si, estamos sempre tentando levar a melhor sobre os outros. Claro que tive amigos. Lauda foi um. Gostava de Niki, um cara tricampeão mundial que sabia tudo, não esnobava ninguém. Como é que vou ser amigo dos franceses? Prost é cheio de frescura. Keke, muito confuso. Imagine anunciar no meio da temporada que vai deixar de correr. Isso é coisa de cantor. Pura bobagem. Agora gosto, por exemplo, de Stefan Johansson, um cara simpático. Mas como é que eu vou conversar com o René Arnoux? Um panacão. QI 12, eu acho.
    Dá para imaginar algum piloto sendo franco assim hoje?
    Ah, sim: no ano seguinte, nesta Williams em clima de guerra, Piquet sagrou-se tricampeão

  • A temporada de F-1 que mais me marcou.A temporada cujas corridas de abertura e encerramento,me proporcionaram as duas maiores alegrias que tive com o automobilismo.

  • Oi Rodrigo, GRANDE PIQUET !!! GRANDE MATÉRIA !!!
    Como você, sou fã incondicional do Nelson Piquet, lembro bem desse campeonato, foi na raça e inteligencia. A serie 30 anos do Bi foi muito boa e agora queria te pedir para você reeditar a serie Jubileu de Prata, do titulo de 1981, seria muito boa para relembrar e guardar, lembra dela, estava na sua antiga plataforma. Será possível…

  • Se for elogiar, vai ter que fazer paginas e paginas.
    Cara é simplismente, uma figura..Ele mesmo..sem frescura..Sem rotulo..
    Depois de tudo que passou, pancão e algumas coisitas, ele ainda é o Nersão de Bsb..
    Tem muito que ensinar. é um cara puramente GENTE..
    CAMPEÃO NELSON PIQUET….
    CAMPEÃO…..fera.. tarado, pelas baratinhas..rsssssssss
    Merece o respeito de todos…até aquela patetas como o Reginaldo Depre Lemos e o pseudomo piloto de carro velho que vive falando abobrinhas…

  • Era criança na década de 80, então, como todo garoto fã da F1 naquela época, o ídolo maior foi Senna. Comecei a prestar mais atenção em Piquet no início da década de 90, quando ele corria na Benetton e depois se mandou para a Indy, onde sofreu aquele terrível acidente. Obviamente não vi estas corridas ou estas temporadas, mas com o tempo fui entendendo as qualidades e defeitos de cada um, vendo vídeos, inclusive da famosa ultrapassagem – a maior de todos os tempos – dentre outras atuações épicas. Senna foi extremamente veloz e ousado, tinha um carisma único com o público, mas boa parcela da “imagem de herói” veio do bom relacionamento com o “plim-plim”, ou até mesmo da amizade que existia entre ele e o locutor oficial , ainda que ele nem precisasse disso para ser um herói para os brasileiros. Piquet, tinha um temperamento muito mais “ácido”, sem papas na língua, o que fez com que sua aceitação pelo grande público e pela referida emissora fosse até boa, mas nem metade do que era com Ayrton. No entanto, considero que Piquet aliou também velocidade, ousadia e agressividade, mas que estava à frente de Ayrton tecnicamente, era acertador de carros e sempre venceu grandes rivais dentro das equipes em que correu. Toda a nossa reverência ao primeiro – e grande – tricampeão!!!