Moco, 70

Formula One World Championship

RIO DE JANEIRO – Neste dia 6 de outubro, além de lembrarmos dos 40 anos do bicampeonato mundial de Emerson Fittipaldi, ocorrido nesta data, é impossível esquecer de José Carlos Pace. O querido Moco, se vivo fosse, teria completado 70 anos de idade.

Leitores do blog que acompanharam a trajetória do ídolo tragicamente desaparecido em 1977 num desastre aéreo, compareçam nos comentários e digam quais as melhores lembranças que vocês têm deste que é considerado um dos maiores pilotos brasileiros de todos os tempos.

Comentários

  • Rodrigo, ano que vem, quarenta anos da inesquecível dobradinha PACE-RATO, 26 de Janeiro de 1975. O dia definitivo e mais mágico do Autódromo de INTERLAGOS, rebatizado para sempre AUTÓDROMO JOSÉ CARLOS PACE.. Espero que tenhamos um evento à altura, com Emerson, Bird, Jan Balder, Tite Catapani, você, o Dú Cardim, o Hélio Carreira, o Reginaldo Leme, Mestre Carsughi, a filha Patrícia Pace…. Fica a sugestão. Grande abraço.

    https://www.youtube.com/watch?v=qSHmyUBIfhA

  • As melhores lembranças que tenho do Moco são muitas. Vou listar apenas algumas:

    1 – O Moco andando com o KG-Porsche de lata, azul claro, no antigo traçado do autodromo do Rio. Ele andava no limite, os velhos Cinturatto não aguentavam, ele parava, trocava, e voltava a pista, num ritmo infernal. Era o mais rapido na pista, mas acabou chegando em quarto (acho), por conta das paradas nos boxes. Mas foi um grande show de pilotagem.

    2 – O Moco fazendo a curva do Sol, do antigo Interlagos, com o March 712M de F2,, vermelho, da equipe de Frank Williams: foi um dos maiores shows de velocidade e controle do carro que eu ja vi na vida !!!! No intervalo entre as baterias, eu tive a chance de trocar 5 palavras com o Moco, no paddock, na hora em que foi buscar algo no carro de passeio.

    3 – Interlagos 1975. Não preciso falar mais nada: eu estava lá. Treino e corrida. Foi o dia da redenção !!!! Muita gente, mas muita mesmo, usando camisetas com dizeres: “Torcida do Pace !!!!

    4 – O Moco andando com a Alfa P33/2 no autodromo do Rio, traçado velho. Nos treinos eu fiquei no S (é, a gente ficava no meio do mato mesmo, exposto a acidentes e com medo de jacaré….diziam que tinha muitos ali no lago), e babava de ver o Moco vir com a Alfa escorregando, totalmente dominada, sob absoluto controle. Era o carro mais rapido do Brasil na epoca, mas não era o mais veloz. Tinha GT 40, Lola T 70, e tal, mas o Moco fazia a diferença !!! Na corrida, a liderança e depois a batida num retardatario e saida da pista. Eu não vi o acidente, mas vi o carro nos boxes: Foi triste ver a Alfinha com a lateral destruida e a suspensão traseira arrebentada. O Moco tava uma arara de brabo !!!

    Vi muita coisa legal na TV, mas ai não vale: todo mundo viu…

    Antonio

    • Covardia esse seu comentário!
      Tava até pensando em postar alguma coisa, mas depois desse seu “royal street flash”, melhor ficar quieto!

  • Me lembro dele no ano em que morreu. Acampado na saída da 2 em Interlagos, era triste escutar o motor Alfa tossindo e espirrando sem conseguir fazer andar um dos mais belos F1 construidos.

  • Como esquecer ?
    Eu estava lá em 1975, no Bico de Pato, como “bandeirinha” que fui por muitos anos, na histórica dobradinha brasileira.
    Ali, na beira da pista, muito mais perto do que é permitido hoje, via-se e sentia-se cada movimento dos pilotos e seus carros.
    Moco era especial e não é à toa que dizem que teria sido campeão não fosse a trágica e prematura morte.
    Abrax, Tala.

  • III Horas da Guanabara, 1969. Vi a largada no meio do retão e depois fui lá para o final, ver os carros percorrerem a longa curva sul de 180 graus do velho traçado. O Moco vinha desembestado com a belíssima Alfa P33-2 da Jolly-Gancia, motor urrando alto, dava uma pequena aliviada, jogava o carro na curva e, antes mesmo do ponto de tangência, dava motor de novo. A Alfa escorregava um pouco de traseira, os pneus reclamavam, ele corrigia e ia em frente. Espetáculo!
    A “parada para reabastecimento” também foi inesquecível. Eu tinha voltado para a frente dos boxes, o Moco pára e um meca vem trazendo calmamente no ombro um pneu traseiro direito para trocar, já que o anterior, com a manobra que relatei, tinha ido pro brejo. O Moco salta do carro (!), toma uma garrafa de Crush, se refresca um pouco, volta para o volante e….. sai desembestado! Tudo de novo! A vantagem era grande, ganhou fácil….