Silly Season 2015 – Tudor United SportsCar Championship, parte I

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RIO DE JANEIRO – Os telespectadores do Fox Sports puderam acompanhar quase em toda a sua extensão, com exceção de uma ou outra corrida, a temporada inaugural do Tudor United SportsCar Championship, em transmissões ao vivo, em delay ou na forma de melhores momentos, especialmente nas provas mais longas da temporada. E é por isso que o blog A Mil Por Hora traz agora um apanhado da perspectiva para o campeonato de 2015, que se inicia em janeiro com mais uma disputa das 24h de Daytona.

Passado o primeiro ano, o TUSC precisará viver uma fase de afirmação. E parece que não será fácil. Algumas equipes não estão mais dispostas a participar da categoria, outras ainda não têm planos concretos e pode ser que, até o fim deste ano, tenhamos novidades.

Então vamos ao que poderemos ter nas pistas estadunidenses em 2015, começando pela classe Prototype:

Action Express Racing

João Barbosa e Christian Fittipaldi, campeões de 2014, devem continuar juntos na próxima temporada e tentar o bicampeonato.  Um segundo carro será patrocinado pela Whelen e alinhado em parceria com a Marsh Racing. A equipe confirmou a contratação de Dane Cameron, campeão na classe GTD com a Turner Motorsport, ao lado de Eric Curran.

Wayne Taylor Racing

Os irmãos Jordan e Ricky Taylor seguem a bordo do Corvette DP do time em 2015. O patrocínio da Konica Minolta está mantido. Nada ainda confirmado acerca do terceiro piloto nas provas do NAEC, mas pode ser que tudo continue na mesma e Max Angelelli participe das corridas mais longas do campeonato.

Spirit of Daytona Racing

O #90 da equipe de Troy Flis deve continuar com os mesmos pilotos, o britânico Richard Westbrook e o canadense Michael Valiante. O Corvette DP, ao que tudo indica, seguirá com o mesmo patrocínio também.

Chip Ganassi Racing

A Ganassi deve permanecer com o mesmo esquema deste ano: um Ford EcoBoost Riley DP para Scott Pruett e Memo Rojas e outro, em eventos pré-selecionados, correndo talvez em Daytona e Sebring somente.

Speedsource

Única equipe oficial de fábrica da classe Prototype, a Speedsource deve seguir o desenvolvimento do motor Skyactiv-D, movido a diesel e biturbo. O chassi será o mesmo, o Lola B12/80. No campo dos pilotos, a novidade é o regresso de Jonathan Bomarito, que vai colaborar – e muito – no desenvolvimento do conjunto. Tom Long, Sylvain Tremblay, Tristan Nunez e Joel Miller seguem no programa. Ben Devlin foi confirmado apenas para os eventos de longa duração.

DeltaWing

O estranho protótipo que ganhou versão com capota – e foi muito bem em provas como a Petit Le Mans e a etapa de Elkhart Lake – deve reaparecer em 2015, mas a possibilidade de uma temporada completa está longe de se concretizar. Um dos pilotos do programa, o britânico Andy Meyrick, tem contrato com a Bentley e deverá ser bastante requisitado pelos britânicos na próxima temporada.

Michael Shank Racing

A incerteza ronda o time de Michael Shank para 2015. O programa do próximo ano ainda não foi confirmado porque a escuderia estuda a mudança para um protótipo P2, usando o motor Ford EcoBoost biturbo, com cilindrada reduzida para 3,2 litros de acordo com o regulamento. A equipe pode tanto optar por um Ligier JS P2 idêntico ao usado pela OAK Racing no fim do campeonato deste ano, como também permanecer com o chassis Riley DP. Oswaldo Negri tem grandes chances de permanecer no time para mais uma temporada.

Extreme Speed Motorsports

A equipe de Scott Sharp deve abrir mesmo mão de disputar o campeonato do Tudor United SportsCar em 2015 por completo, participando apenas das provas do North American Endurance Challenge, em detrimento de uma inscrição parcial no Campeonato Mundial de Endurance (FIA WEC). Mas nada, todavia, foi confirmado ainda. Outra novidade será o novo protótipo HPD ARX-04b Coupé.

Starworks Motorsport

Peter Baron não esconde o desejo de voltar ao grupo principal do TUSC e para isso, iniciou negociações para ter um HPD ARX-04b Coupé na próxima temporada. Uma outra opção a ser levada em conta é o uso do chassis Riley DP, porém com motor BMW Dinan, porque a unidade desenvolvida pela Honda, com cilindrada de 3,5 litros, ainda não atingiu o potencial desejado.

8Star Motorsports

A equipe do venezuelano Enzo Potolicchio também pretende regressar à divisão principal do certame em 2015. Para isso, o sul-americano conta com o concurso do experiente Luis “Chapulín” Diaz e de mais um piloto que certamente pagará a conta. A principal opção de carro é o HPD ARX-04b, mas o Ligier JS P2 não está descartado.

OAK Racing

Os franceses da OAK Racing dependem de fechar o budget necessário para uma temporada completa do TUSC antes do fim do ano, com o Ligier JS P2 de motor HPD. Por enquanto, só Daytona e Sebring estão nos planos dos gauleses. O colombiano Gustavo Yacamán, que teve boas performances neste ano, agradou e deve ficar mais um ano a bordo.

Krohn Racing

O time do bilionário texano Tracy W. Krohn foi o primeiro dos EUA a comprar um Ligier JS P2 ao qual será montado um motor Judd HK. A equipe, que voltará ao FIA WEC em 2015 na classe LMP2, deve disputar em paralelo ao certame mundial as provas do North American Endurance Challenge e talvez mais um ou outro evento. O fiel Nic Jönsson estará a bordo junto com Krohn e mais um piloto.

Rahal Letterman Lanigan Racing

Diante da indefinição do programa BMW na GTLM, Bobby Rahal cogita participar da Prototype em 2015 nos eventos do North American Endurance Challenge, com pelo menos um BMW Dinan Riley DP. O filho Graham é cotado para fazer algumas provas pelo time, caso não haja coincidência de datas com a Fórmula Indy.

RG Racing

Nova equipe surgida em Ohio, a RG Racing adquiriu um antigo chassi Riley DP da Michael Shank Racing e vai se inscrever nas provas do NAEC com esse carro equipado com motor BMW Dinan. A equipe é de Robert Gewirtz, que foi visto este ano a bordo dos Porsches da Mühlner Motorsports America em algumas provas do TUSC. Mark Kvamme e o veterano Shane Lewis são cotados para a tripulação que estreará em Daytona.

RSR Racing

A escuderia de Paul e John Gentilozzi tem opções na manga e uma delas é subir com pelo menos um chassis Oreca 03 Nissan para a classe Prototype, com Chris Cumming e mais um piloto para a temporada completa. Porém, não está descartada a possibilidade de permanecer na Prototype Challenge ou mesmo ingressar no WEC e até no ELMS.

Classe Prototype Challenge:

CORE Autosport

Em time que está ganhando, não se mexe: Colin Braun e Jonathan Bennett devem permanecer juntos para mais uma temporada, após a conquista do título de 2014. Nada indica que a escuderia irá expandir seu programa para dois carros no próximo ano.

8Star Motorsports

Com duas vitórias nas últimas três provas do TUSC na divisão, a 8Star Motorsports pretende dar sequência ao seu esquema na PC, com até dois Oreca FLM09 Chevrolet, dependendo de um upgrade no orçamento.

Starworks Motorsport

Em paralelo aos planos de regresso à classe principal, a Starworks deve manter seu running na classe PC, com pelo menos um carro – podendo chegar a dois. O alemão Mirco Schultis, o estadunidense Adam Merzon e o mexicano Martín Fuentes devem trazer o combustível financeiro necessário para mais uma boa temporada do time.

BAR1 Motorsports

Após um ano bem complicado, Brian Alder pretende dar sequência à sua participação no TUSC com dois carros a tempo inteiro.

PR1/Mathiasen Motorsports

Outra equipe que teve um ano difícil, a organização de Bobby Oergel deve testar vários nomes e buscar fundos para fazer uma temporada completa e tentar resultados decentes em 2015.

Performance Tech Motorsports

A escuderia de Brent O’Neill já fechou com Jerome Mee, que estreou na Petit Le Mans, para as provas de Endurance. David Ostella e James French devem renovar.

JDC/Miller Motorsports

O time novato na categoria teve um ano de altos e baixos, mas quer evoluir para o próximo ano. O campeão da Cooper IMSA Prototype Lites, Mikhail Goikberg, está confirmado.

RSR Racing

Não está descartada a permanência da RSR na classe PC, caso entrem por água abaixo os planos de ascender à Prototype ou mesmo de mudar para o FIA WEC ou ELMS.

Comentários

  • Rodrigo, todos viram os anuncio da criação da Class 1 com regulamentação para DTM e Super GT e presença da IMSA.

    Vc acha que existe alguma chance dessa especificação ser adotada no Tudor, ou substituindo os DP ou até os P2 também?

  • Obrigado pelo resumo das novidades.

    Achei bom este primeiro ano de junção das principais categorias de endurance dos EUA. Esperançoso para acompanhar o desempenho dos protótipos HPD (Honda) e também por uma revisão do BOP para a classe Prototype; achei que os DP tinham certa vantagem sobre os LMP2 neste ano na maioria das pistas.

    No agurado para com as novidades das categorias dos GTs, com equipes de fábrica e semi-oficiais, bons pilotos e boas disputas.

  • Como disse anteriormente, em outro post, o resultado foi, no geral, bom. A principal missão será provar ser um certame interessante aos competidores com carros LMP2. Vamos conferir no ano que vem.