Direto do túnel do tempo (228)

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RIO DE JANEIRO – Dentre os 62 pilotos na história que guiaram carros da McLaren em provas oficiais de Fórmula 1, nunca houve um argentino. Brasileiros foram três: Emerson Fittipaldi (74/75), Nelson Piquet (78) e Ayrton Senna (88/93).

Mas houve dois hermanos que guiaram carros da McLaren, quer em provas extra-campeonato ou em testes. O primeiro foi Carlos Reutemann, no GP da Argentina de 1971, a bordo de um carro da equipe de Jo Bonnier. E, em testes, este privilégio coube a Enrique Mansilla, rival de Senna nos tempos de Fórmula Ford.

Nascido em 1958, Mansilla foi o grande adversário de Ayrton nos tempos em que os dois chegaram juntos ao automobilismo internacional. Um autêntico clássico Brasil x Argentina das pistas, interrompido com a ascensão de “Quique” à Fórmula 3, através da West Surrey Racing de Dick Bennetts.

O piloto tinha grandes possibilidades de se consagrar campeão da temporada, mas por conta dos conflitos entre ingleses e argentinos pelas Ilhas Malvinas (Falklands, para os súditos da rainha), o combustível financeiro desapareceu. Após uma passagem opaca pela Fórmula 2, disputou a série estadunidense Can-Am e depois a CART em 1985. Ao abandonar as pistas, foi para a África – principalmente na Libéria – fazer fortuna garimpando ouro e diamantes.

Voltando a falar de automobilismo, mesmo com os problemas financeiros que lhe afligiram, Mansilla ainda foi chamado para um teste com a McLaren. Ele experimentou o MP4-1B de 1982 no circuito de Silverstone. No ano seguinte, Senna faria o mesmo teste, só que como campeão inglês de F-3 na mesma WSR de “Quique” Mansilla.

E o resto é história.

Há 32 anos, direto do túnel do tempo.

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