No limite

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O pit walk em Interlagos atraiu muito mais gente em 2014 do que nos últimos anos, mas há problemas de organização e promoção nas 6h de São Paulo que desagradam o CEO do WEC Gérard Neveu (Foto: Gabriel Pedreschi/Grande Prêmio)

SÃO PAULO – Gérard Neveu, CEO do WEC, está acompanhando bem de perto as 6h de São Paulo, última etapa do WEC. E em coletiva de imprensa nesta manhã, fez algumas considerações sobre a pista e o evento. O dirigente diz que Interlagos está “no limite” e cobra melhorias na organização e promoção da prova, para que ela retorne ao calendário em 2016.

“Na vida, às vezes, você tem que ver o que você recebe e não o que espera. Interlagos tem uma longa tradição no automobilismo. Eu tenho certeza que nenhum jornalista aqui vai dizer que esse é um lugar chato para uma corrida. O segundo ponto é: temos muitos fãs porque há uma tradição de verdade e você pode ver que hoje melhoramos muito o público em relação ao último ano. Também temos pilotos brasileiros famosos, como Lucas Di Grassi, e Felipe Massa veio nos visitar na sexta-feira. Então, há interesse. E há uma longa história envolvendo Endurance e Interlagos. O evento vai acontecer, acreditamos que teremos uma boa corrida nesta tarde, e era a meta. Mas, com certeza, Emerson é um piloto fantástico”.

Em suma: o passado de Fittipaldi como bicampeão é respeitado. Mas o trabalho dele como promotor e organizador, pelo visto, deixou a desejar. Poderemos ter mudanças para a próxima edição da corrida que, se tudo der certo com a questão da reforma do paddock e boxes, pode voltar como etapa de abertura do campeonato daqui a dois anos, em março.

Leia mais sobre o assunto na matéria do Renan do Couto no Grande Prêmio.

 

Comentários

  • Quando se trata de qualquer coisa envolvendo o automobilismo e que não seja na pista, o Emerson ainda é amador. Estive ontem nas 6 Horas de São Paulo e o que vi foi muita desorganização. A começar pela visitação aos boxes, que apesar de ter permitido a rápida entrada do público, pecou por terminar meia hora antes do previsto. E assim, todo mundo foi enxotado pela organização, com muita gente não tendo a chance de ver todos os carros e equipes.

    E os pilotos… quando é que esses caras vão passar a tratar o público com respeito, deixando de lado aquele ar blasé nessas horas e passando a distribuir autógrafos com alguma demonstração de que gostam do que fazem? A cara do Nick Heidfeld foi irritante, de dar nojo. Estava nitidamente claro de que ele estava odiando tudo aqui. Outros pilotos fizeram o mesmo ao distribuir suas fotos autografadas, mas sem sequer olhar para as pessoas a quem entregavam as mesmas. Ou seja, atitude meramente protocolar, apenas porque eram obrigados a fazê-lo. Ridículos!

    • Alexandre, o Emerson não deverá ser o promotor em 2016, se a prova voltar. E o Gérard Neveu disse textualmente que se Interlagos melhorar, ele volta com o WEC. Quanto aos pilotos, muitos ali querem voltar pra casa e os caras tão viajando há meses. Mas muitos com quem conversei gostam de correr aqui e adoraram a pista com o asfalto novo.

      • Eu já entendi que o Emerson não deverá ser o promotor. Já repetiu lá fora. Li uma reportagem, acho que no site da Racer, se não me engano. Já era tempo. Emerson como promotor é um excelente piloto. Na página das 6 Horas de SP no Facebook, vi muita gente reclamando, principalmente no que se refere à alimentação, estacionamento e falta de controle na entrada das arquibancadas (você pagava pelo ingresso mais caro e qualquer pessoa entrava ali).

        Quanto aos pilotos, gostar da pista e de correr aqui é uma coisa. Eu estava me referindo no tratamento deles para com o público.

        É claro que tem gente que curte e não se comporta da forma como relatei. Fernando Rees e Mark Webber, por exemplo. O Rees sempre interage muito com os fãs, curte muito tudo isso. Mark Webber idem, assim como vários outros. Mas presenciei vários ali demonstrando claramente que estavam detestando aquele momento feito para que houvesse interação entre eles e o público. O Heidfeld era um exemplo. O cara sequer olhava para as pessoas que estavam na frente dele.

        Viajam o ano inteiro e queriam voltar logo pra casa? OK, mas isso faz parte do jogo. E eles são pagos para isso, não somente para correr.

  • Acho que os problemas de acomodação se acentuaram porque deu um público nitidamente acima das expectativas…talvez justamente pelo fato de Emerson pilotar…eu mesmo desisti da visitação no domingo (fui no sábado..) devido a imensa fila…é impossível dar acesso a todos os torcedores num tempo de uma hora. Esta é uma questão que precisam rever com urgência. No mais, curti as exposições, inclusive a da PM , onde estavam o Opalão dos anos 80 e a clássica “barca” da Rota, Chevrolet Veraneio. Na relação custo x benefício ainda considero o saldo muito mais positivo que negativo.

    • O tempo previsto não era de uma hora, Fernando, e sim de 1h30, das 10h30 às 12h, conforme estava informado no próprio site da WEC. Aí resolveram enxotar todo mundo dali às 11h30. A fila imensa não foi o problema. Pensei que seria. Fui pro fim da fila, já imensa, por volta de 9h50, e meia hora depois já estava no pitlane.

      De certo modo, já fui tanto aos boxes de Interlagos e Jacarepaguá, em diversas categorias, que nada para mim é novidade. Mas para minha namorada era. E eu quis levá-la para que ela pudesse ver tudo de perto, mas com calma, sem nenhuma pressa, como deveria ser. Infelizmente não deu, por conta dessa desorganização. Por sorte, por ser baixinha, ela conseguiu se enfiar no meio da multidão e fazer várias fotos.