OAK Racing é campeã invicta do Asian Le Mans Series

OAK-Racing-Sepang
David Cheng e Ho-Pin Tung venceram todas as provas do AsLMS e a OAK Racing é campeã de 2014

RIO DE JANEIRO – O campeonato deste ano foi muito do sem graça. Reduzida de cinco para quatro etapas com o cancelamento da corrida prevista para Buriram, na Tailândia, o Asian Le Mans Series completou sua segunda temporada no último domingo em Sepang, na Malásia, mantendo a baixíssima média de carros inscritos, inferior a uma dezena por prova.

E deu a lógica: David Cheng e Ho-Pin Tung, que tiveram a companhia de Bo Yuan no último evento do ano, levaram o título da temporada de forma invicta na divisão principal da série – a LMP2. Quatro corridas, quatro vitórias e três poles, somando 103 pontos contra 55 de John Hartshorne e Ju Jin Pu, que ficaram com o vice. O Morgan Judd fez jus ao numeral #1 que carregou ao longo do ano.

Na classe CN, que será substituída pela LMP3 em 2015, Kevin Tse foi o campeão com a vitória na etapa malaia, em que dividiu seu carro com Frank Yu e Jonathan Venter. A única classe que ainda tinha disputa direta era a GT. E deu Jun San Chen/Tatsuya Tanigawa, que venceram uma prova e somaram 77 pontos, contra 70 de Morris Chen/Marco Seefried. A Ferrari de Mok Weng Sun/Richard Wee/Matt Griffin, inscrita pela Clearwater Racing, foi a que mais ganhou corridas – duas – justamente as duas em que o #33 esteve inscrito. A GT-AM só teve um carro inscrito em Fuji e portanto não pode ser considerada como um campeonato dentro do AsLMS.

Para 2015, a coisa tem que melhorar. “A cultura do esporte a motor ainda é muito jovem no continente asiático”, comentou em coletiva de imprensa o presidente do ACO, Pierre Fillon. “Precisamos ter um certame de Endurance na Ásia. Para Le Mans, é importante”, disse. Tanto que o ACO confirmou que fincará mais pé na organização do campeonato no próximo ano, em parceria com a S2M de Mark Thomas.

Comentários

  • Nossa torcida para que o campeonato tome corpo para o ano que vem…a Asia realmente é um mercado muito importante e não pode ser deixado de lado, mesmo que em muitos países ainda não haja uma cultura. Pena que a América do Sul não desperte o mesmo interesse por parte da ACO, talvez pela falta de seriedade com que a coisa é tratada por aqui, ou por investimentos de origem duvidosa, como na Venezuela. Seria muito interessante um campeonato Le Mans neste continente, com pistas do Brasil, Argentina, Uruguai e Colombia, e no mesmo molde do ELMS, com LMP2, e LMGTE. É óbvio que estou sonhando.

  • Sinceramente, nunca vi o minimo futuro neste campeonato, e continuo não vendo. A Asia não tem tradição automobilística para sustentar um campeonato desse, ainda mais com a concorrência do Gt Asia e, principalmente, Japão.

    Japão, alias, deveria ser o centro de qualquer estratégia da ACO para o continente, mas lá o buraco é mais embaixo.

    Agora, a quanto tempo a região (China, Malásia e afins) tem corridas da F1? Qual cultura automobilística e interesse do público elas criaram? Realmente compensa para o esporte ter metade do calendário distante de seu público e em circuitos ridículos, ou só Tio Bernie saiu ganhando nisso tudo?

  • Correção: onde se lê “ainda mais com a concorrência do Gt Asia e, principalmente, Japão” leia se “…principalmente, Super Gt”.

      • Sim, exatamente o ponto que defendo. Não existe espaço para 3 categorias de endurance em um mercado tão imaturo como a Ásia. Principalmente onde os carros mais em conta estariam invariavelmente fadados a ter pouca atenção.

        Acho que no Japão até pode existir – dai a importância do pais em um série Le Mans por lá – mas a concorrência é fortíssima, vide Super Gt.