Os 50 melhores pilotos de 2014 – parte IV

RIO DE JANEIRO – Com o início do Rali Dakar, ficou complicado prosseguir com a lista dos 50 melhores pilotos de 2014, elencada pela revista britânica Autosport. Mas como faltam só os 20 primeiros, é obrigação do blog trazer a turma que mais se destacou no automobilismo ano passado, na opinião dos especialistas. Vamos lá, para a quarta parte do rol:

#20 HÉLIO CASTRONEVES (Brasil)

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O ano passado foi o ano do “quase” para Hélio Castroneves. Vice das 500 Milhas de Indianápolis por milésimos, perdeu a chance de se igualar a lendas feito AJ Foyt, Rick Mears e Al Unser. E acabou vice também da temporada da Fórmula Indy, em que os maus resultados em Sonoma e Mid-Ohio pagaram a conta. Perto de completar 40 anos, o brasileiro continua rápido e competitivo. Fez quatro pole positions, ganhou uma corrida e fez três voltas rápidas em prova. E permanecerá no Team Penske pelo 15º ano consecutivo!

#19 JARI-MATTI LATVALA (Finlândia)

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O finlandês evoluiu bastante no seu último ano dentro do Mundial de Rali, o WRC. Das 31 especiais ganhas em 2013, saltou para 85 em 2014, apenas nove a menos que o bicampeão Sébastien Ogier. Mas o nórdico continua com sua reputação maculada por acidentes, como o da Alemanha, que impediu que a Volkswagen vencesse todas as etapas. Mesmo assim, Latvala ganhou quatro Ralis e foi um grande adversário na luta pelo título. Levou o vice-campeonato, mas é bom ficar de olho no que ele poderá fazer em 2015.

#18 JOSÉ MARÍA LÓPEZ (Argentina)

Motor Racing - WTCC - Rounds 23 and 24 - Macau, China

Sabe aquela do “vim, vi e venci”? Pois é: o argentino J0sé María “Pechito” López foi um desses que veio, viu e venceu. Estrela do TC2000 na Argentina, o piloto de Rio Tercero chamou a atenção em sua estreia pelo WTCC com uma BMW não-oficial em Termas de Río Hondo. Não demorou para que recebesse uma oferta da Citroën, que montou um supertime para a estreia da marca no certame em 2014, com direito a Sébastien Loeb e Yvan Muller. Pois “Pechito” ignorou todos eles e também a todos os outros adversários. Foi o melhor piloto do ano, sem dar margem a dúvidas. Venceu em diversas pistas que não conhecia (eram oito num total de 12), fez sete pole positions, onze voltas rápidas em prova e ganhou 10 corridas de um total de 23 disputadas. Um campeão incontestável.

#17 JOLYON PALMER (Grã-Bretanha)

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Em sua quarta temporada na GP2 Series, Jolyon Palmer tinha em mente que este era o ano do “tudo ou nada” em sua carreira. Com o suporte da vitoriosa escuderia francesa Dams, o filho do ex-piloto de Fórmula 1 Jonathan Palmer foi o mais regular piloto da temporada 2014. Conquistou quatro vitórias, três poles e o título de campeão de forma justíssima. Mas a GP2 Series tem sido incapaz de revelar campeões para a categoria máxima como aconteceu em seus primeiros anos e Palmer deverá reforçar uma lista que conta com Davide Valsecchi e Fabio Leimer, os últimos a levar títulos e que jamais chegaram ao posto de titulares na F1. O piloto deve ir para o Japão em 2015.

#16 CARLOS SAINZ JR. (Espanha)

BUDAPEST-AUTOSPORT-WORLD SERIES RENAULT

O novo menino-prodígio do automobilismo espanhol tem pedigree: é filho de “El Matador”, o lendário piloto de Rali Carlos Sainz. Com o aporte da Red Bull, não foi difícil que conquistasse o título da World Series by Renault num ano praticamente impecável, de sete vitórias e igual número de pole positions, mostrando sua velocidade. O piloto de apenas 20 anos recebeu como “presente” pelo título uma temporada na Fórmula 1, junto ao holandês Max Verstappen, para formar na Toro Rosso uma das mais jovens duplas de sempre.

#15 JENSON BUTTON (Grã-Bretanha)

Motor Racing - Formula One World Championship - United States Grand Prix - Practice Day - Austin, USA

Parece meio absurdo que um piloto que terminou apenas em oitavo no Mundial de F1 de 2014 esteja entre os quinze melhores pilotos do ano. Não é tão absurdo quando sabemos que Button é tão inglês quanto a Autosport e do quanto os coleguinhas da terra da Rainha fizeram pressão para que Ron Dennis optasse ficar com ele em detrimento ao novato Kevin Magnussen, para compor a McLaren com Fernando Alonso. Mas Button, embora tenha sofrido com o carro da última temporada e também no confronto direto com K-Mag, ainda tem lenha para queimar. Num projeto novo e na parceria recriada com a Honda, o piloto que fará 35 anos em janeiro poderá ser muito importante.

#14 ANTHONY DAVIDSON (Grã-Bretanha)

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Aos 35 anos, com passagem pela Fórmula 1, Anthony Davidson foi um dos muitos que buscaram refúgio nas provas de Endurance e um dos poucos que se deu (muito) bem. O piloto britânico contribuiu bastante para que a Toyota quebrasse em 2014 a hegemonia da Audi, conquistando não só o título de construtores para os japoneses como também do WEC entre os pilotos, em parceria com o suíço Sébastien Buemi. Sem dúvida, um piloto que merece estar no lugar que conquistou.

#13 STOFFEL VANDOORNE (Bélgica)

Motor Racing - GP2 Series - Sunday - Budapest, Hungary

Aposta da McLaren para o futuro, o belga Stoffel Vandoorne mostrou de novo as qualidades que saltaram aos olhos em 2013, quando era o favorito ao título da World Series by Renault (e o perdeu para Kevin Magnussen), desta vez na GP2 Series. Impressionou ao vencer logo na prova de abertura a bordo de um dos carros da ART Grand Prix e emergiu com força na reta final do campeonato para roubar o vice do brasileiro Felipe Nasr. Deverá seguir na categoria em 2015 para, quem sabe, buscar seu primeiro título internacional.

#12 NEEL JANI (Suíça)

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Na primeira oportunidade real para mostrar o que vale de fato, o suíço Neel Jani não a desperdiçou: contratado pela Porsche para fazer parte do programa que marcou o retorno do construtor germânico aos Esporte-Protótipos, o piloto fez uma temporada excepcional no WEC. Foi o autor de três pole positions – e olha que ele dividia seu carro com o experiente Romain Dumas e com o veloz Marc Lieb – e ainda conquistou como fecho de ouro para um belo ano como piloto oficial de fábrica a vitória nas 6h de São Paulo. Um claro sinal que Jani pode sonhar com muito mais em 2015. Basta a Porsche lhe oferecer o que ele precisa…

#11 KEVIN HARVICK (EUA)

2014 NASCAR Homestead

O campeão da Sprint Cup na Nascar não poderia faltar entre os 50 melhores pilotos de 2014. De fato, na última temporada Harvick foi o melhor da Stock Car estadunidense. Foi o piloto que mais voltas liderou, um dos que mais venceu corridas (cinco) e o mais rápido nas qualificações, com oito pole positions. Tudo isso em seu ano de estreia pela equipe Stewart-Haas Racing. Na fase final do Chase, era disparadamente o piloto que mais merecia ser campeão. Com todo respeito a Logano, Hamlin e Newman, mas ninguém tinha mais capacidade do que Kevin Harvick para levar a taça.

Comentários

  • Caro Mattar,

    Nessa listinha da Autosport, foi meio estranho colocar o “Pechito” López numa 18ª posição, sendo que o cara ganhou o WTCC no melhor estilo do Império Romano… Birra inglesa ainda por conta das “Malvinas”??
    E pessoalmente trocaria o lugar do Helinho com o do Felipe Massa. Apesar de gostar do estilo do Castroneves e do que ele já conseguiu na Indy, 2014 Felipe Massa andou mais do que ele, pois para um cara “desacreditado” depois de quase uma década numa potência de equipe feito a Ferrari e apesar das lambanças e falta de sorte que teve na primeira metade da temporada, ele mostrou que tem lenha pra queimar e só não ganhou uma corrida (ou até mais de uma) por que a Mercedes estava alguns bons passos a frente do resto da trupe e a Willians “desaprendeu” a disputar vitórias e quando se viu na possibilidade de uma, se enrolou toda… Massa inverteu uma perspectiva negativa a respeito dele para a temporada de 2014 e o Helinho bateu na trave de novo, perdendo um título nos momentos finais e decisivos do campeonato, tal como em 2013.

  • Prezado Rodrigo,
    Somente para fazer uma correção: no texto que fala sobre o Helio Castro Neves, os maiores vencedores das 500 milhas de Indianápolis foram A.J. Foyt, Rick Mears e Al Unser Sr., com 4 triunfos cada. O Bobby Unser, assim como o Helio, possui 3 vitórias.
    Um abraço!