Deus, 70

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RIO DE JANEIRO – Feliz Ano Novo! Hoje é o aniversário de Deus, ou melhor, Eric Clapton. O guitarrista britânico completa 70 anos de vida neste dia 30 de março. Não é fácil permanecer no mainstream por mais de meio século feito ele, fincando seu estilo no blues de raiz e passando por diferentes grupos e convivendo com os mais variados egos e músicos de todas as épocas. Poucos sobreviveram a passagens por Yardbirds, John Mayall’s Bluesbreakers, Cream, Delaney & Bonnie and Friends, Blind Faith, Derek and The Dominos – sem contar as colaborações com os Beatles e diversos outros artistas nesse período além, é claro, da profícua carreira solo.

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EC também mergulhou no submundo pesado das drogas, sobreviveu ao vício da heroína – inclusive fundou em 1997 um centro de reabilitação para viciados em Antígua, no Caribe, chamado Crossroads – e, tido como acabado, ressurgiu como Fênix das cinzas, muito embora nesse período de ressurgimento tenha sofrido um baque enorme com a morte prematura e trágica do filho Conor, que despencou da janela do apartamento do guitarrista em Nova York. A melancólica “Tears In Heaven”, em homenagem a Conor, foi o símbolo dessa descoberta que os fãs mais novos tiveram do músico, indo beber na fonte de seus trabalhos anteriores e se surprendendo com o virtuosismo e a classe de Clapton, que até reggae tocou, tornando sua versão de “I shot the sheriff”, gravada no sensacional 461 Ocean Boulevard, de 1974, um dos maiores sucessos daqueles tempos.

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Clapton foi também o homem de solos avassaladores e de múltiplas guitarras, desde as Les Paul fabricadas pela Gibson, passando pelas Fender, que hoje são o seu instrumento. Aliás, a fábrica que leva o nome de Leo Fender fez um modelo chamado Eric Clapton, que o próprio músico fez questão de testar e tocar.

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Palmas e mais palmas para este gênio da música, admirado por seus pares, de George Harrison a Jimi Hendrix, de BB King a JJ Cale, de Stevie Ray Vaughan a Stevie Winwood. E por isso, o clip da semana só poderia ser dele. Eric Clapton, em seu clássico eterno, “Layla”, celebrando a paixão avassaladora por Patti Boyd. Gravada em estúdio com o Derek And The Dominos em 1970, a música só teve clipes “oficiais” em versões ao vivo. Esta é de um show de 1999 no Madison Square Garden, com 56 milhões (!) de visualizações no YouTube.

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