Race To 24: o desafio vai começar

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RIO DE JANEIRO – A partir desta quinta-feira, começa o reality show mais veloz do planeta: o programa Race To 24, em doze episódios, vai selecionar um piloto para integrar o Team SARD-Morand na disputa das 24 Horas de Le Mans deste ano e no restante do FIA World Endurance Championship, com um protótipo Morgan-Judd SARD da classe LMP2.

O Brasil terá dois pilotos na disputa por essa vaga: Lukas Moraes, que disputou a Fórmula 3 brasileira ano passado e Gustavo Lima, agora no Campeonato Brasileiro de Turismo após uma passagem de duas temporadas na Fórmula 4 britânica.

Por e-mail, Lukas e Gustavo participaram de um bate-bola no qual os dois falaram da expectativa sobre o Race To 24 e o sonho de fazer parte da maior prova de Endurance do planeta. Acompanhem:

– Vocês estarão participando a partir dos próximos dias de um reality show inédito, que vai levar o vencedor às 24 Horas de Le Mans e ao restante do campeonato do WEC, no carro #43 da equipe SARD-Morand. Cada um terá 23 adversários, com diferentes experiências, vindos das mais diferentes categorias. Como é que é encarar um desafio destes?

Lukas Moraes – Encarar um desafio desse primeiro é uma honra, por fazer parte de um projeto muito ambicioso com uma premiação que todos querem ganhar. Acredito que cada um teve suas experiências durante a carreira, podendo ajudar em cada desafio. E também será bem interessante compartilhar da experiência de pilotos mais velhos e outros que correm em grandes categorias pela Europa.

Gustavo Lima – Antes de toda a competição envolvida, é gratificante poder dividir o espaço com todos esses outros pilotos do mundo inteiro, alguns com mais experiência. Então estou muito feliz em dividir esse espaço, em fazer parte deste projeto. Vamos fazer de tudo para ganhar!

– O quão será importante o intercâmbio internacional com pilotos de 17 nacionalidades diferentes, incluindo o Brasil?

LM – No meu caso, o fato de estar ao lado de pilotos bem mais experientes irá contribuir muito no meu desenvolvimento técnico. Esse intercâmbio será de extrema importância para a equipe, pois teremos pilotos das mais diversas categorias e idades, podendo passar cada um sua opinião à equipe, sobretudo no acerto do carro. Acredito que nós todos aprenderemos bastante uns com os outros.

GL – Será muito legal conhecer todos esses pilotos. Será uma grande oportunidade de ganhar experiência com todos eles, além de ter a chance de conhecer carros que nunca tive a oportunidade de ver e de guiar. Fico muito feliz com essa oportunidade, aproveitarei ao máximo e quero representar muito bem o Brasil junto com o Lukas.

– No Brasil, a cultura de Endurance praticamente inexiste, mas a presença de pilotos como Lucas Di Grassi e Bruno Senna, que passaram pela Fórmula 1, em diferentes categorias no WEC, indica que há um caminho a ser seguido. Vocês acreditam que a Endurance seja uma alternativa viável de sucesso e retorno de mídia para os jovens pilotos que podem seguir essa tendência?

LM – Acredito sim. O WEC vem em uma crescente muito grande, com apoio de grandes fábricas em suas divisões, seja na LMP1, com as equipes das próprias montadoras (Toyota, Porsche, Audi e agora a Nissan), quanto na LMP2 e no GT, que com grandes equipes e o apoio das montadoras por trás no desenvolvimento, vem atraindo cada vez mais os pilotos de todo mundo.

GL – Seguramente. Acredito que toda competição que ocorre na Europa já tem um grande retorno por ser no principal foco do automobilismo, o “berço”, por onde vários grandes pilotos já passaram ou ainda estão. E a Endurance, por ter um perfil diferente e interessante, chama ainda mais atenção, então acredito em um ótimo retorno e um bom caminho a seguir também.

– O que você sabem do carro que, caso vençam o Race To 24, poderão guiar a partir de junho?

LM – O Morgan LMP2 EVO 2015, é um protótipo que conta com um motor Toyota SARD de 500cv, pesa 900kg e conta com um cambio sequencial paddleshift de 6 marchas. É um protótipo que sempre andou na frente na classe LMP2 do European Le Mans Series, na qual a equipe terminou com o vice-campeonato. Acredito que com este conjunto a equipe conseguirá brigar por vitorias.

GL – Sei que é um carro bem rápido e forte, estou muito ansioso para ter a chance de guiá-lo e saber mais sobre suas características e seu comportamento na pista.

– E a chance de estar presente na principal corrida de Endurance do mundo, as 24 Horas de Le Mans? O que passa na cabeça de cada um de vocês?

LM – Correr as 24h de Le Mans é um grande sonho. É uma corrida histórica, que todos os pilotos sempre sonham em correr, e só de pensar nessa possibilidade já me proporciona todas as forças para lutar o máximo por essa vaga.

GL – Fico muito contente e, ao mesmo tempo, um pouco nervoso também. Le Mans é uma corrida tradicionalíssima do automobilismo mundial. Então, se tiver a chance de vencer o Race To 24, só de estar sentando no carro e poder dar uma volta que seja nas 24 Horas de Le Mans já será uma alegria imensa e uma experiência espetacular para toda a vida.

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