WEC, Prólogo: Porsche, de novo, na sessão da tarde

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De novo: o Porsche #18, com Marc Lieb, foi o mais rápido da segunda sessão do Prólogo do WEC em Paul Ricard

RIO DE JANEIRO – O enredo é o mesmo do Prólogo de 2014: o Porsche 919 Hybrid domina o primeiro dia de treinos coletivos para o Mundial de Endurance (FIA WEC), em Paul Ricard. Após o melhor tempo cravado de manhã, o carro #18 – outra vez com Marc Lieb a bordo – mostrou mais velocidade e ficou no comando da folha de tempos, com a marca de 1’37″965. Os alemães optaram por fazer um long run com o outro bólido do time de Weissach, tanto que o #17 completou 91 voltas e fez o segundo tempo, 0″587 acima do outro 919 Hybrid. A Audi ficou em terceiro e quarto com seus dois renovados R-18 e-tron quattro, seguida pelos dois Toyota TS040 Hybrid.

Para nenhuma surpresa, o #4 da ByKolles Racing foi de novo o mais lento e de novo a onze segundos da melhor marca da sessão – agora pior que quatro carros da LMP2. O mais interessante é que os tempos baixaram e o protótipo da equipe de Colin Kolles continua acumulando quilometragem – foram mais 34 voltas percorridas na sessão da tarde.

A preocupação das equipes da LMP2 é com a durabilidade dos motores. Por regulamento, nenhuma equipe pode usar mais do que três motores por toda a temporada de oito corridas e os pilotos têm sido mais conservadores – em que pese a Signatech ter trabalhado também num long run com seu Alpine, completando quase 100 voltas ao fim das quatro horas de pista aberta. A melhor marca do treino foi do #39 do Team SARD-Morand, com 1’48″325, 0″362 mais veloz que o Ligier JS P2 da G-Drive guiado por Roman Rusinov/Sam Bird/Julien Canal. A KCMG contou com a colaboração da Oreca para voltar à pista e cravar o 3º melhor tempo. Já o carro do brasileiro Pipo Derani novamente ficou sem andar e sem tempo cronometrado. O #35 da OAK Racing tentou alguma coisa, mas só percorreu três voltas – em todas indo para os boxes, graças aos até aqui insolúveis problemas de motor que afligem o time chefiado por Philippe Dumas.

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Bom trabalho de Fernando Rees e Alex MacDowall a bordo do Aston Martin Vantage V8 GTE #99, da classe LMGTE-PRO

A Porsche não foi soberana apenas na LMP1: na LMGTE-PRO e LMGTE-AM, os bólidos do cavalo empinado se sobressaíram diante da concorrência. Na principal divisão de Grã-Turismo, o #91 inscrito para Richard Lietz/Michael Christensen/Jörg Bergmeister, que contou ainda com Sven Müller – piloto júnior da marca – completando suas primeiras voltas de aclimatação, foi o mais rápido da sessão com 1’58″372, apenas 0″021 mais veloz que o #92 de Patrick Pilet/Fred Makowiecki/Wolf Henzler. Houve muito equilíbrio entre os seis carros presentes ao Prólogo, com menos de meio segundo entre eles. O Aston Martin #99 de Fernando Rees e Alex MacDowall cumpriu o programa e deu 46 voltas, a melhor delas em 1’58″851.

O Porsche 991 RSR #77 da Dempsey Racing-Proton, conduzido por Patrick Long/Marco Seefried foi o mais veloz em sua categoria, com a marca de 1’58″402, mais de meio segundo à frente do #88 da Abu Dhabi Racing-Proton. O Aston de Francesco Castellacci/Roald Goethe/Stuart Hall completou o maior número de voltas no treino – 64 no total, mas desta vez, não passou da 3ª posição.

Comentários

  • Alguém sabe onde eu posso encontrar os tempos do prólogo e uma explicação sobre as diferenças entre 2, 4, 6 e 8 MJ?
    Obrigado,
    Claudio Mourão

    • No Site Le Mans Portugal você procura em regulamento LMP1 no histórico acho que a reportagem é do começo de 2014. Quanto maior a classe de MJ mais energia pode ser armazenado e menos combustível consumido assim funciona.

  • O que penso é que nunca pode-se menosprezar a capacidade da Porsche em fazer carros vencedores e isto só enriquece a categoria enchendo de atrativos , era só uma questão de tempo, o que é uma pena é o carro da Nissan (que foge do mesmice de todos os outros LM P1) não estar nesta apresentação,eu achei muito estranho ele não ter passado no Crash test da F I A,é muito anormal uma empresa do porte da Nissan ,acostumada a competições ter uma falha tão básica como esta,acho que pode ter alguma outra verdade neste fato,que talvez nunca venhamos a saber.
    Outra observação a respeito do piloto brasileiro Lucas di Grassi é que parece ser daqueles bons pilotos que nunca estão na equipe certa no momento certo,parece que chegou na AUDI quando ela já não é o “Bicho Papão” a ser batido. Mas eu não me engano ,ele só é mais um bom piloto e nada mais que isso e como ele existem centenas,só que com menos sorte ainda.
    Com respeito as coisa idiotas que a F I A e seus comissários pretendem fazer (caso se torne realidade) ,que é torna uma categoria quase monomarca (que no meu intender é uma idiotice) seria bom lembrar que o endurance sempre se notabilizou por ser uma competição “PRIORITARIAMENTE” entre MARCAS e não uma competição de pilotos e existe uma competição muito acirrada entre os departamentos de engenharia e competições das “equipes/fabricas” envolvidas, matar isso é matar o maior apelo público para este tipo de competição. Para ver “HOMEM” correndo , vou ver corrida de atletismo,bicicleta,até de cavalos(que aparentemente são todos iguais),mas carros tem que aparecer também a “GENIALIDADE” de quem os projetou e suas diferenças para que haja “evolução da espécie”. E se esta ideia de gerico vingar; para mim o automobilismo morreu ,terei de achar outro esporte que venha a ocupar meu tempo vago , o duro é que nunca tive qualquer outra paixão esportiva que não fosse automobilismo.
    Bom final de semana a todos