Campeões desempregados… ou não

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RIO DE JANEIRO – O ano era 1992. A temporada de Fórmula 1 começaria em março com o GP da África do Sul e a pré-temporada foi sacudida por essa possibilidade que o Jornal do Brasil abriu numa de suas edições há 23 anos: Alain Prost na Benetton e Nelson Piquet na Ligier. Como se sabe, nada disso aconteceu. Prost tirou um ano sabático após a humilhante demissão impingida pela Ferrari – antes do fim do campeonato anterior, registre-se – e Piquet, já “de saco cheio” (palavras do próprio) após 13 anos, foi para Indianápolis e sofreu o grave acidente que representou uma guinada de 180º em sua vida.

Mas antes que vocês pensem que a história de Piquet na Ligier – ao contrário de Prost no time de Flavio Briatore, já que o segundo carro estava assegurado para o britãnico Martin Brundle – é descabida, longe disso: houve sim uma negociação, não só com o brasileiro como também com o próprio Prost, que efetivamente treinou com o JS37, o carro de 1992 da equipe francesa – e preferiu se escusar de guiá-lo numa temporada completa.

Um fator foi decisivo para o não definitivo de Piquet, precipitando a confirmação de Erik Comas por mais um ano: o diretor técnico do time era ninguém menos que Gérard Ducarouge. E embora por lá estivessem Frank Dernie e o promissor engenheiro Loïc Bigois, o tricampeão recusou o convite – e não foi o único: até outro Gérard, o Larrousse, teria conversado com Piquet, mas tudo não passou das sondagens iniciais.

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