Little Stevie

RIO DE JANEIRO – Maio é mesmo um mês importante – não é porque eu nasci nesta época do ano – mas porque muita gente boa veio ao mundo no quinto mês do calendário. Como o gênio Stevie Wonder, que completou 65 anos quarta-feira.

O mestre do funk e da soul music foi descoberto em 1961, aos 11 anos e levado à gravadora Motown, do lendário Barry Gordy. Começou como Little Stevie e daí não parou mais. São 54 anos de carreira – todos na mesma gravadora e no mesmo selo, a Tamla Records.

Com grandes canções ao longo de meio século, não é surpresa que tenha ganho 25 prêmios Grammy, além de enfileirar dezenas de hits nas rádios mundo afora e emocionar até os corações mais empedernidos. Sua apresentação no Rock in Rio de 2011 é um tributo à boa música. Uma aula de como oferecer ao público um show repleto de músicas bem tocadas, uma empatia incrível e uma interatividade que só Bruce Springsteen igualou. Em tempos de Michel Teló, Stevie nos redimiu fazendo 80 mil vozes – e milhares de outras no Brasil inteiro, pela TV – cantarem em uníssono “Garota de Ipanema”, o clássico secular de Tom e Vinícius.

Querem prova maior do respeito de um artista pela música brasileira do que essa?

É por isso que Stevie deixou de ser Little pra ser grande, gigante, um dos maiores da história. Em sua homenagem, o blog traz três vídeos como clip da semana. Três grandes clássicos: “Yester me, Yester you, Yesterday”, de 1969; a sensacional “Superstition”, de 1972; e a linda “Ribbon in the Sky”, de 1982 – esta última um dos maiores sucessos comerciais do artista.

https://www.youtube.com/watch?v=QT7TqecZ00k

Comentários

  • Ele é o tipo de pessoa cuja genialidade chega a ser perturbadora. São muitas músicas inacreditáveis, fora da curva – além do talento como instrumentista, mesmo sendo cego.

    Vi ele mês passado em NY, no Barclays Center, na turnê em que ele toca o “Songs Of The Key Of Life” inteiro, na sequência das faixas. Tenho mais de 150 shows nas costas, e esse com certeza está nos 10 melhores que vi. Antológico.