The Thrill Is Gone
RIO DE JANEIRO – Quem gosta da verdadeira e da boa música está mais triste nesta sexta-feira. Morreu, aos 89 anos de idade, a lenda do blues B.B. King. A saúde do guitarrista vinha se deteriorando nos últimos anos e quando eu soube que ele tinha sido internado à revelia, achei que ele não voltaria mais. Foi justamente o que aconteceu.
Riley King morre fisicamente. O corpo vai, mas a alma permanece nas canções que ele deixou para a história, com seu carisma inigualável, as performances de palco em milhares de shows – de barzinhos a teatros, de parques a prisões – e canjas com grandes músicos. Eric Clapton, que dividiu com ele o disco Riding With The King, foi um dos que mais lamentou a perda colossal.
Se não houvesse B.B. King, talvez não tivéssemos tantos e tão bons caras no blues brasileiro, feito André Christovam e o saudoso Celso Blues Boy, sem contar o angolano Nuno Mindelis, todos craques. Afora nomes do presente e do passado que empunham suas guitarras com a mesma paixão que o Rei do Blues tocava sua Lucille e que hoje reverenciam seu legado.
Um dia a emoção ia acabar. E esse dia chegou. The Thrill Is Gone.
https://www.youtube.com/watch?v=KGs6c3mNZxk
Realmente, uma perda irreparável. O adjetivo de gênio é pouco para ele. Difícil achar palavras.
Que descanse em paz o grande B.B.King.
Que Lucille consiga superar a dor de não mais ser acariciada pelos talentosos dedos do Rei.
O homem se foi, mas sua obra será eterna.
Ninguém ocupará o lugar do Rei!
RIP Mr. B.B. King!
Triste demais, mais um monstro que se vai. Agora do blues revival só nos resta Buddy Guy… R.I.P King