Direto do túnel do tempo (265)

RIO DE JANEIRO – Dia 2 de junho de 1970. Há 45 anos, morria em testes com um McLaren Protótipo no circuito britânico de Goodwood, o neozelandês Bruce McLaren, fundador e piloto da escuderia que a partir de 1966 levou seu nome na Fórmula 1, nas 500 Milhas de Indianápolis e, logicamente, na série Can-Am de Protótipos.

Nascido Bruce Leslie McLaren em Auckland, no dia 30 de agosto de 1937, o piloto-construtor disputou 98 GPs de F1, ganhando quatro deles. Ele teve a suprema honra de, assim como Jack Brabham e Dan Gurney, entrar para o seleto clube de vencedores ao volante de suas próprias criações. Com o M7A de motor Ford Cosworth, um projeto de Robin Herd, Bruce venceu o GP da Bélgica em 1968 no circuito de Spa-Francorchamps.

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No entanto, aproveito o ensejo para lembrar também que o piloto, versátil como sempre demonstrou ser, tinha aptidão para as corridas de Protótipos e Endurance. Na Can-Am, deixou sua marca. E nas 24 Horas de Le Mans, também. Ele foi um dos escolhidos para o verdadeiro massacre que a Ford, entre 1966 e 1969, impingiu à Ferrari. No ano de estreia do projeto patrocinado pela marca do oval de Detroit para derrotar os italianos, lá estava Bruce a bordo do belo Ford MKII #2 ao lado de Chris Amon. Os dois rumaram para a vitória triunfante, completando 368 voltas na menor diferença aferida até aquela data – 20 metros apenas separaram o carro dos campeões do Ford de Ken Miles/Denny Hulme, que chegaram em segundo.

Há 49 anos, direto do túnel do tempo.

Comentários

  • Miles e Hulme deveriam ter vencido. A Ford “segurou” ambos para que Mc Laren Amon cruzassem a linha de chagada em primeiro, o que foi uma grande injustiça com Ken Miles, piloto-engenheiro que foi o grande desenvolvedor do carro. Miles perdeu a merecida honra de vencer em LM com o Ford GT, pois viria a morrer meses depois, testando o “J”.

    Antonio