Direto do túnel do tempo (270)

Pagani-Zonda-GR_2

RIO DE JANEIRO – Hoje, o blog relembra um dos modelos de Grã-Turismo mais interessantes já construídos e que se revelou um dos maiores fracassos da história do automobilismo: o Pagani Zonda GR.

Concebido por Massimo del Prete e Horacio Pagani, o carro foi construído com monocoque misto de fibra de carbono e aço, no qual foi montado primeiro um motor Mercedes AMG de 6 litros de capacidade cúbica e depois outro, com 7 litros e 12 cilindros em V. Em apenas três meses, o primeiro bólido de corrida foi entregue ao time Carsport America, dos EUA, que disputou as 12h de Sebring e as 24h de Le Mans em 2003. O Pagani não completou ambas as provas, por quebras de motor e câmbio, respectivamente.

O segundo chassi, visto na foto acima, foi entregue à equipe francesa Force One Racing com vistas à participação nas 24h de Le Mans em 2004. Inscrito para Bruno Besson/Anthony Kumpen/David Hallyday, o carro foi apenas o 41º mais rápido no Journée Test, resultado decepcionante para um LMGT1. Durante uma sessão de treinos no circuito italiano de Vallelunga, o Pagani sofreu um forte acidente e foi danificado o bastante para ser retirado da lista de entradas da prova francesa.

Daí em diante, o Pagani Zonda GR02 mudou de mãos e foi para os tchecos da Rock Media Motors, que apareceram em vários testes de pré-temporada do FIA GT de 2006 a 2009. Os resultados foram sofríveis: o carro padecia de falta de aderência e de uma preparação adequada. Muito lento, acabou por não ser mais visto nas pistas. Virou sonho de consumo dos mais abastados – um Pagani Zonda Revolucion, modelo 2013, custa a bagatela de US$ 4,5 milhões.

Há 12 anos, direto do túnel do tempo.

Comentários

  • Os Pagani e Koenigsegg atuais não podem correr na categorias de GT, não se enquadram em nenhuma categoria ou nao existe interesse dos fabricantes em andar na pista?

    • Tanto Pagani quanto Koenigsegg já desenvolveram modelos para corridas, Marcos, a primeira com o Zonda GR que foi um fracasso e a outra preparou o CCGT em 2007, mas no ano seguinte as regras mudaram, exigindo um número de unidades fabricadas muito acima das que os suecos fazem por ano.

      Hoje, o problema é que a categoria em que tais carros seriam enquadrados não existe mais, a GT1, que, salvo engano, deixou de existir em 2011. É uma pena, pois atualmente temos vários carros que estariam aptos a competir nela, como LaFerrari, Porsche 918, McLaren P1, Lamborguini Aventador, Pagani Huayra, Koenigsegg Agera e Reggera e alguns mais desconhecidos, como o Vencer Sarthe e o Noble M600.