Porsche: Das Prototyp!

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A 17ª conquista da Porsche nas 24h de Le Mans veio com o trio mais improvável da marca alemã: e NIco Hülkenberg estreia em Sarthe com uma vitória que ele nunca teve chance de conquistar na Fórmula 1

RIO DE JANEIRO – Quem apostou todas as suas fichas na Audi para arrebatar as 24 Horas de Le Mans pela 14ª vez na história entrou por um cano deslumbrante, como diria o grande Nelson Rodrigues. Aliando uma resistência insuspeita à sua natural velocidade, a rival Porsche arrebatou dos quatrargólicos o favoritismo e confirmou o resultado dos treinos classificatórios para manter sua hegemonia na maior prova de Endurance do planeta, ampliando seu total de vitórias para 17.

Além do gosto especial de bater a Audi na segunda aparição do construtor em seu retorno à classe LMP1, a Porsche venceu a prova com a mais improvável de suas trincas: o carro #19, inscrito somente para esta corrida e também para Spa-Francorchamps, acabou por faturar a longa e difícil disputa com o piloto de Fórmula 1 Nico Hülkenberg, partilhando o bólido com o britânico Nick Tandy e o neozelandês Earl Bamber. Uma trinca que mostrou ótimo entrosamento e muita rapidez dentro da pista, principalmente no período noturno, onde a liderança se consolidou até a quadriculada.

Hülkenberg entra para os compêndios como o primeiro piloto a disputar uma temporada completa da categoria máxima e vencer em Sarthe desde Didier Pironi em 1978. Registre-se que Johnny Herbert e Bertrand Gachot também estavam na F1 em 1991, mas não disputaram todo aquele campeonato e Yannick Dalmas, ganhador em Le Mans em 1994, só fez duas corridas pela Larrousse. A Porsche também quebrou a hegemonia dos motores turbodiesel que já vinha desde 2006. Havia uma década que um carro com motor turbocomprimido e movido a gasolina não ganhava em Le Mans.

Aliás, cabe registrar que o carro #19 vencedor neste domingo poderia ter tido no cockpit – além de Hülkenberg – outro piloto da Fórmula 1: o espanhol Fernando Alonso, bicampeão da categoria, recebeu uma proposta para guiar em Sarthe pelo construtor alemão e esteve por um triz para assinar o contrato. Só não o fez porque a Honda e a McLaren o impediram. Gostaria de saber, sinceramente, o que passa na cabeça do piloto asturiano ao ver exatamente esse carro recebendo a quadriculada em primeiro.

Um público recorde de 263,5 mil pessoas acompanhou a frenética disputa entre Porsche e Audi, na qual ambos os construtores lideraram. Os Audi #7 dos tricampeões da prova Marcel Fässler/Bénoit Tréluyer/Andre Lotterer e o #9 dos “patinhos feios” Filipe Albuquerque/René Rast/Marco Bonanomi foram sérias ameaças. Mas o #19, graças a uma performance excepcional de Nick Tandy no período noturno, veio para a dianteira após a volta 161 e de lá não saiu mais – com exceção de oito voltas apenas. Liderar 226 giros de um total de 395 evidenciou a brilhante performance do trio. É claro que Hülkenberg, por ser um piloto mais “em evidência”, leva os louros, mas desmerecer o que fizeram Tandy e Bamber seria ridículo.

A Porsche ainda comemorou seu histórico triunfo em dobradinha, pois o #17 muito bem conduzido por Timo Bernhard/Brendon Hartley/Mark Webber chegou logo atrás, em segundo. A Audi reconheceu a derrota e foi muito bonito ver o chefão Wolfgang Ulrich abraçando os compatriotas germânicos no boxe vizinho, encharcado de lágrimas. O vice-presidente do projeto LMP1 Fritz Enzinger, muito emocionado, não conteve o choro após a quadriculada. Para a marca de Ingolstadt, terminar com os três carros inteiros – ou quase – não foi tão ruim assim.

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Após o acidente de Loïc Duval no início da corrida, o 4º lugar não pode ser considerado tão ruim para ele, Oliver Jarvis e o brasileiro Lucas Di Grassi

Lucas Di Grassi e seus parceiros fizeram o que lhes foi possível e terminaram em 4º lugar. Para o brasileiro, um pequeno travo de azedume na boca por ficar fora do pódio e por ainda não alcançar a primeira vitória na geral. Mas é questão de tempo: outra vez ele fez um bom trabalho. O acidente sofrido por volta da 3ª hora de prova prejudicou de fato a trinca do #8 numa disputa tão equilibrada quanto esta que vimos no fim de semana. Já o #9 de Albuquerque/Rast/Bonanomi chegou só em sétimo porque o sistema Flywheel que oferece 272 HP extras às rodas dianteiras falhou e o carro perdeu potência. Chegaram a ser a trinca mais competitiva da marca na prova, junto aos “patinhos feios” de Weissach – que venceram.

A Toyota fez uma corrida apagada toda vida. Graças ao problema do terceiro Audi chegou com seu melhor carro em sexto, oito voltas atrasada. Do contrário, teria feito apenas sétimo e oitavo lugares. Os campeões mundiais do WEC Anthony Davidson e Sébastien Buemi nem de longe puderam repetir as boas performances do ano passado – pelo menos salvaram importantes pontos para a classificação do campeonato – ainda liderado pela trinca Fässler/Tréluyer/Lotterer, com 80 pontos. Mas ficou claro que os japoneses precisam de muito mais se quiserem vencer em Sarthe de forma inédita.

E por falar em japoneses, o que dizer da Nissan? Deu pena ver os GT-R LM Nismo se arrastando pela pista, alternando voltas razoáveis com paradas longuíssimas nos boxes. O carro #21 foi o primeiro a ir a nocaute: perdeu uma roda em meio à escuridão e não conseguiu voltar aos boxes. O #23 se entregou com problemas insolúveis de câmbio e o único que viu a bandeirada foi o #22 de Harry Tincknell/Alex Buncombe/Michael Krumm. Mas por não terem completado 75% da distância regulamentar – cumpriram apenas 242 voltas – acabaram não classificados. Pior papel fez o ByKolles, que se arrastou a corrida inteira e foi excluído na vistoria técnica. Os dois Rebellion R-One com motor AER Biturbo, mesmo com diversos problemas ao longo das 24 Horas, cumpriram a corrida com honra e receberam a quadriculada.

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Dominante: o lindo Oreca 05 NIssan da KCMG Racing, muito bem conduzido por Richard Bradley/Nicolas Lapierre/Matt Howson levou a vitória sem ser contestado na classe LMP2

Na LMP2, a KCMG foi absoluta de início ao fim, com uma performance extraordinária do trio formado por Nicolas Lapierre/Richard Bradley/Matt Howson, que receberam a quadriculada em nono na geral após 358 voltas cumpridas. Foi a maior vitória da história do time asiático, que festejou com pompa e circunstância a conquista da liderança no Mundial de Pilotos da categoria, com 78 pontos agora somados por Bradley e Howson. Em 2º na classe (sem marcar pontos para o WEC, registre-se) terminou a Jota Sport e seu bom e velho Gibson 015S Nissan, com Simon Dolan/Oliver Turvey/Mitch Evans. O pódio teve ainda a trinca do #26 da G-Drive Racing, formada por Julien Canal/Roman Rusinov/Sam Bird, que fizeram jus aos pontos do segundo lugar no Mundial de Endurance.

Para o brasileiro Pipo Derani, foi uma primeira experiência em Sarthe de enorme aprendizado: o piloto de apenas 21 anos chegou em 4º lugar na categoria e 12º na geral ao lado dos companheiros Ricardo González e Gustavo Yacamán. Se faltou ritmo para chegar ao pódio, já que terminaram quatro voltas atrás dos três primeiros colocados, o resultado foi importante para consolidar a trinca do #28 da G-Drive Racing na luta pelo título de 2015.

“Foi uma boa corrida, com alguns probleminhas no começo. A gente teve um problema no software do carro e, por isso, não funcionava o limitador de velocidade nos boxes. Tomamos uma punição de 1min50s, caímos para 11º e viemos recuperando”, contou Derani, que já tem dois pódios na temporada.

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A primeira experiência de Pipo Derani acabou com o 12º lugar na geral, quarto na LMP2: resultado importante na luta pelo título do WEC

“Eu e o Gustavo ficamos revezando a maior parte da noite, fazendo três saídas com o mesmo pneu, só abastecendo. Saía um e entrava o outro. Na minha penúltima saída, tivemos um problema na suspensão, quebrou o amortecedor e tive de andar metade do stint, 1h30, com a suspensão quebrada. Parei, fizemos a troca da suspensão e, no final das contas, o quarto lugar na estreia não foi ruim. Óbvio que em Le Mans para ganhar tem que dar tudo certo e nada pode dar errado. Então, contando com esses probleminhas, acho que foi muito bom”, ressaltou o brasileiro.

“Gostaria de agradecer muito a toda a equipe. Eles trabalharam duro e ficaram acordados as 24 horas. Quando tive de trocar a suspensão, passamos muito pouco tempo nos boxes. Fruto do trabalho de uma equipe bem estruturada e capaz, da qual tenho orgulho de fazer parte”, frisou Derani.

“Foi uma experiência única. Nunca achei que fosse ficar tão cansado em um dia de corrida, como hoje. Uma experiência que só vivendo realmente a gente sabe como é. Estou muito feliz, mas estou ‘quebrado’. Foram bons pontos para o campeonato, porque terminar essa corrida era extremamente importante, porque a pontuação era dobrada, e agora é focar na briga pelo título nas próximas etapas”, finalizou.

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Um acidente na madrugada tirou de Fernando Rees e dos parceiros Richie Stanaway e Alex MacDowall a chance de pódio na LMGTE-PRO

Na LMGTE-PRO, Corvette, Ferrari e Aston Martin foram as principais protagonistas e o construtor britânico teve muita chance de conquistar mais uma vitória no WEC neste ano. Contudo, o #97 com pintura “Art Car” deixou a disputa e o #99 de Fernando Rees/Richie Stanaway/Alex MacDowall, que largou na pole position, envolveu-se numa colisão com o Oreca 05 Coupé Nissan LMP2 guiado por Tristan Gommendy no fim da madrugada. O acidente afastou as possibilidades do brasileiro de estrear em Sarthe com vitória. O conserto do carro foi efetuado, mas Rees e seus parceiros tiveram que se contentar em chegar na 6ª colocação da divisão – 34ª na geral – com 320 voltas percorridas.

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Com os problemas dos rivais, a Corvette Racing conquistou a “Tríplice Coroa” das provas de Endurance em 2015: ganharam em Daytona, Sebring e em Le Mans

A vitória ficou com o Chevrolet Corvette C7-R do trio formado por Oliver Gavin/Tommy Milner/Jordan Taylor, que completaram a prova com cinco voltas à frente da Ferrari de James Calado/Davide Rigon/Olivier Beretta – carro que largou da última posição da divisão. A trinca do #51 formada por Gianmaria Bruni/Giancarlo Fisichella/Toni Vilander chegou a flertar com mais uma conquista nas 24 Horas de Le Mans, mas um imprevisto problema de transmissão a menos de duas horas do fim da disputa tirou do carro do time de Amato Ferrari a chance de mais uma vitória. Acabaram em 3º lugar na classificação geral da World Endurance GT Drivers, da qual Bruni e Vilander são líderes, com 61 pontos. Rees/MacDowall/Stanaway estão em 5º lugar com 39.

A Aston Martin também poderia ter ganho na LMGTE-AM, bisando o triunfo conquistado no ano passado: o carro #98 de Pedro Lamy/Mathias Lauda/Paul Dalla Lana fez uma corrida excepcional e liderou grande parte da disputa. Porém, com 23h08min de disputa, a vitória escapou por entre os dedos devido a um acidente sofrido por Dalla Lana nas chicanes Ford. O piloto canadense queixou-se de pneus frios – mas com a panca, não houve condições de recuperação. A trinca acabou sem classificação e sem pontos no campeonato, resultado cruel demais para quem trabalhou tanto para ganhar. Registre-se que Lamy correu debilitado em razão de uma varicela.

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Caiu no colo: a Ferrari da SMP Racing herdou a vitória na LMGTE-AM

Com o acidente, a equipe russa SMP Racing, que sempre se manteve distante do carro líder, herdou a vitória por estar no momento certo e na hora certa para levar os pontos da vitória. Mérito do trio formado por Aleksey Basov/Viktor Shaitar/Andrea Bertolini, que fechou a disputa com 332 voltas e em 20º na geral. O ator estadunidense Patrick Dempsey era outro que estava muito emocionado ao fim da disputa, pois seu Porsche 991 RSR conquistou um brilhante 2º lugar na categoria, num trabalho muito bom dos pilotos profissionais Patrick Long (em especial) e Marco Seefried. O pódio foi completado pela valente Scuderia Corsa e seus pilotos Townsend Bell/Bill Sweedler/Jeffrey Segal, que sobreviveram a quatro pneus furados, uma punição, uma rodada e alguns problemas mecânicos. Um grande resultado para o time que disputa o Tudor United SportsCar Championship.

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Valentia: a Scuderia Corsa superou vários problemas e chegou ao pódio da LMGTE-AM com o 3º lugar na prova de estreia da equipe do Tudor United SportsCar Championship

Para finalizar, gostaria de agradecer imensamente o carinho e o retorno dos fãs de automobilismo para a transmissão do Fox Sports neste fim de semana. Vocês em casa e nós – eu e o narrador Hamilton Rodrigues – fomos presenteados com a extensão do horário no sábado e a possibilidade de presenciar uma vitória histórica em todos os sentidos neste domingo. Tenho certeza que fizemos um trabalho muito bom e que agradou muito aos exigentes fãs da velocidade. Em quase 20 anos de profissão, foi o maior momento da minha carreira de jornalista e um evento que nunca escondi a vontade de trabalhar.

Missão cumprida. A todos, meu muito obrigado, sem exceção. Ao pessoal do Fox Sports, da chefia à programação, passando pela parte técnica e de engenharia da emissora em que trabalho e ao Grande Prêmio, principalmente ao Flavio Gomes, ao Victor Martins e ao Renan do Couto. O blog A Mil Por Hora cumpriu brilhantemente seu papel e tornou-se referência neste fim de semana quando o assunto foi Le Mans.

Que venha a próxima. Em 2016, estarei lá!

Comentários

  • Parabéns Rodrigo pelo profissionalismo e pelo conhecimento automobilístico nessa grande corrida.
    Ao assitir a disputa pela liderança na GT-PRO durante a transmissão da Fox, entre o Corvette e o Aston Martin guiado pelo Rees, veio na memória, aquela disputa de 2006, na antiga GT1, entre os mesmos fabricantes e em ambas as corridas, a vitória ficou com o Trovão americano, e diga se de passagem, merecidamente.

  • Rodrigo,

    Mais um excelente post, sobre as 24 horas de Sarthe.
    Maravilhoso o teu trabalho durante todo o FDS, e parabéns a FOX por ter alongado a transmissão no sábado, em função do sucesso que vocês estavam fazendo. Espero que sirva de incentivo pra que ano que vem, se não transmitirem a prova toda, pelo menos deem flashs de meia hora/uma hora durante a tarde e especialmente durante a madrugada.
    Só acrescento o fato de que, exceto nos periodos de neutralização (bandeira amarela), LM 2015 foi mais uma prova de velocidade do que uma prova de endurance. Tivemos um ritmo infernal em todas as categoriais, a notar pelos melhores temos registrados pelos 3 Audi durante a prova, cerca de 2 SEGUNDOS melhores do que os tempos deles nos treinos !
    Isso se repetiu em todas as categorias, pelos menos entre os 3-5 primeiros colocados em cada uma. Impressionante !!!

    Abraços

    Antonio

    • Bem observado, Antonio. O pessoal não aliviou nada. Nas categorias de GT, então, com grupos de quatro carros às vezes separados por menos de 2 segundos, foi um ritmo alucinante.

  • Parabéns pela excelente cobertura, quando soube que a Fox ia transmitir a largada sabia que você estaria lá com toda a sua bagagem e amor pelo automobilismo. Só mais uma coisa nesse ano um diretor da Honda disse que partiu do próprio Alonso a vontade de não participar de Le Mans, mentira, a cláusula e 125 milhões o forçaram de ficar de fora a contra gosto.

  • Rodrigo,
    Eu é quem agradeço a você, ao Hamilton e a toda a equipe do Fox Sports pela oportunidade de acompanhar uma prova com o tamanho e a tradição das 24h de Le Mans.
    Fico na torcida que este final de semana se repita no anos por vir.
    Sucesso, e muito obrigado.

  • Ótima corrida, deu a equipe que era a favorita, pena ver esse papelão da Nissan, não pelo carro em si, mas pela idéia absurdamente equivocada de correr com um carro que não está pronto, agora resta voltar ao desenvolvimento, quanto a Toyota, como pode um carro que era tão rápido não conseguir desenvolvimento nesta temporada, visto que quem está por trás é a Toyota e não uma equipe pequena, mas sigo acreditando nos japoneses, tanto na Toyota com toda sua grandeza, como na Nissan e esse carro que foi idealizado para correr estritamente em le mans, e se compreender todo o conceito existe muito potencial a ser explorado pela montadora.

    • Caro Junior , uma boa semana ; Mas se você observar só no W T C C é que não tem carro alemão dominando as corridas , e tenho minhas dúvidas de que as equipes com carros alemães não estejam tendo sucesso por a Citroen contar com um argentino super fora de série e um Sebastien Loeb que dispensa apresentações e méritos do carro também . E japoneses ainda estão um degrau abaixo dos germânicos quando se fala em grandes construtores de carro de competição é muito difícil ganhar deles ,já falava Enzo Ferrari !

  • Rodrigo,

    Parabéns pelo trabalho e acima de tudo pelo empenho. Cara, o trabalho no blog foi espetacular. Foi muito legal a corrida. Carros de VERDADE, com ultrapassagens a todo momento, independente da categoria.

    Só para se ter uma ideia, hoje na hora do café no trabalho, onde normalmente o papo é sobre futebol, eis que me deparo com o pessoal comentando sobre … Le Mans !!! Falavam sobre tecnologia dos carros, uns gostavam mais dos GT´s outros dos protótipos, mas todos foram unânimes em relação a puta corrida que é Le Mans !

    Se tudo der certo (e Espero que dê), ano que vem vou dar uma passadinha rápida de 24horas por lá!

    Abraços e Parabéns novamente !!

  • Ou a Porsche conseguiu resolveu os problemas de confiabilidade em 2 meses ou todo seu azar foi pra o velho tanque de guerra, o 911. A trinca do 19 ainda teve a sorte de ganhar em duas ocasiões cerca de um minuto só por causa do slow zone , que em contra partida acabou por tirar a chance de di Grassi na corrida.

  • Muito boa a tua participação na transmissão. Excelente esta matéria sobre as 24 Heures du Mans. Já disse antes, nada como alguém do ramo para transmitir e reproduzir o que acontece de melhor no automobilismo mundial.

  • Pra mim , decepção mesmo foram as Toyotas. Eu achei que estavam escondendo o jogo devido suas posições no grid. E pela pole, eu achava que se o Porsche #18 mantivesse o rítmo, ia quebrar rapidinho. Não considero o que a Nissan apresentou em Sarthe um papelão, só acho que erraram em não colocar o carro pra rodar antes nas outras corridas do WEC, pra ganhar milhagem e confiança, e amadurecer mais o carro.

    Parabéns Rodrigo pela ótima cobertura, obrigado pela Fox ter extendido a transmissão no sábado, e espero, quem sabe uma transmissão durante toda a corrida ano que vem!

    Obrigado e parabéns.

  • Que corrida, senhores! Espetacular ter acompanhado pela 1ª vez parte dessa prova, num ritmo alucinante e justamente nessa ocasião da volta da lendária Porsche ao lugar mais alto do pódio, me senti privilegiado em testemunhar esse feito, foi emocionante ver as disputas e os vencedores em êxtase, ainda mais com a cobertura desse canal, que com essa equipe, vem sendo um expoente na divulgação do automobilismo. Parabéns aos envolvidos (sem ironia!). Hamilton Rodrigues, Rodrigo Mattar (show de informações) e toda a equipe do Fox Sports, Renan do Couto, obrigado. Fica registrado meu pedido (e de muitos outros) de que haja a cobertura do restante do campeonato.

  • Pena que não pude acompanhar as transmissões pela tv. De qualquer maneira, parabéns pelo trabalho. Se automobilismo é algo difícil de se fazer na tv brasileira, no formato de 24hs é coisa de herói.

    Quanto a corrida em si, o que mais chamou a atenção para mim foi a falta de desempenhos melhores dos Porsche nas categorias menores.

    Mas Rodrigo, se me permite uma sugestão, seria interessante fazer um post sobre critérios de definição de uma time de pilotos para o carro. Sei que o tamanho deles interfere, mas não entendo as diferenças entre estilo de condução, velocidade, etc. Percebi nos treinos uma diferença bem grande entre desempenho de pilotos de um mesmo carro.

    Abraço e boa semana.

    • Meu caro Henrik ,para um carro que seu projeto base é de 1949 (Porsche 356) que vem sendo melhorado até se transformar em 911 em 1961 e sendo a cada ano incorporando mais melhorias que os brilhantes engenheiros da empresa conseguem produzir ,más estão lutando contra projetos muito mais novos nascidos no século XXI ,por este fato em si só ;os resultados do 997 são muito mais do que se poderia esperar de um carro “velho” de projeto . Mas acredito também que já esteja na hora de a Porsche começar pensar em substitui-lo por algo mais moderno ,se você dizer : ¬ Então o Cayman ; serei obriga a lhe dizer que este também não é um projeto totalmente novo ,descende dos 550/718 dos anos 50 ,mas eu apostaria neste carro se fosse chefe de equipe ,e parece estar havendo um movimento dentro da Porsche para incrementar sua potência ,quem sabe isto não venha a acontecer ,só o tempo dirá . Mas o 997 continua a ser um competidor razoável principalmente em provas muito longas (pois é quase inquebrável).
      Uma boa semana !

  • Parabéns Rodrigo!!!
    A transmissão foi perfeita e a cobertura do blog completíssima também.
    Le Mans é mágica.
    Além da Nascar que é sensacional, o Fox Sports poderia “abraçar” o WEC que é fantástico também.
    Obrigado!

  • Rodrigo, não sei se vc vai publicar esse comentário. Vc se irritou pq eu chamei sua atenção para o erro crasso que vc cometeu na trasmissão.

    O erro me decepcionou muito pq eu admiro muito vc e não esperava esse tipo de equivoco vindo de sua parte. Tipicamente, os comentaristas automobilisticos são “brasileirinhos” que só conhecem categorias onde “heróis” locais tiveram sucesso, ou seja, eles só conhecem Indy e F1.

    Vc sempre cobriu muito o endurance e sempre demonstrou sua paixão por IMLC, ELMS, ALMS, WEC, 24h de Daytona e Le Mans. Ainda acho dificil de entender como vc não sabia que os sets de pneus Michelin são usados por no mínino 3 stints, na média por 4, e as vezes até por 5(por exemplo, ontem o Fassler andou 5 stints e 3h 40m com um set de pneus).

    Essa mentalidade de F1 onde os Esfarelli tem de ser cuidados e preservados para, ainda sim, serem usados por não mais do que 20 ou 30 minutos é algo que eu jamais esperaria de alguém como vc.

    Faça as contas meu caro, cada stint dura 13 voltas, que são ao redor de 3 m e 20s, Portanto, são aproximadamente 44 minutos por stint. Fazendo 4 stints por set de pneu, dá 2h e 56m. Ou seja, com apenas 8 sets, dá pra fazer as 24h. Mesmo se fizessem 3 stints por set de pneu, com 11 sets vc faria as 24h. Ainda sempre tem SC e eventualmente chuva, então, os 12 sets são muito mais do que o necessário para o evento.

    Sua insistência na trasmissão do gerenciamento dos 12 sets de pneus disponiveis(16 para os P2 e GTs) foi totalmente sem próposito e impertinente. Essa limitação foi meramente uma formalidade introduzida nesse ano.

    Fora isso, gostei muito da cobertura do Fox Sports. Bem melhor do que se tem com a porcaria do Sportv.

    Rodrigo, vc poderia dizer algo sobre os indices de audiencia que vcs tiveram, por favor? Eu notei muitos anunciantes no sabado, o que achei ótimo já que a Tudor não tem nenhum, Centrum, Trivago, Peugeot, Casas Bahia e mais uns 3 que não me recordo agora. No Domingo, tive a impressão de apenas restarem a Peugeot e Trivago.

    Sei que o “Fox Sports Rádio” dá surra nos concorrentes e atingi até 0,31 pontos e 1 ponto corresponde à aprox 200 mil pessoas na grande SP. Eu espero que a cobertura de Le Mans que vcs fizeram tenha atingido pelo menos umas 50 mil pessoas, assim dá pra continuar vendendo uns bons espaços publicitários e manter as trasmissões de automobilismo saudaveis, do ponto de vista financeiro.

    Espero que vc não guarde ressentimentos. Sempre te admirei e continuarei a fazê-lo, embora tb sempre farei criticas nos raros momentos, em se tratando de vc, que entender necessario.

    Um abraço pra vc

    • Artur, eu sei tanto quanto você que os pneus duram dois a três stints, quase três horas. Sei que os pneus passam por um processo chamado “scuff”, em que os mecânicos passam espátulas para tirar o excesso de borracha e detritos. Sei de tudo isso. Mas a sua observação foi pouquíssimo sutil, para dizer o mínimo.

      Sabia que tem gente que nem tem ideia do que é Endurance? Sabia que tem gente que desconhece o regulamento? Então… não fazemos transmissão só para os “entendidos”, como também para “iniciados”. A sua crítica foi única no meio de 999 elogios que a transmissão recebeu. Então, meu caro, não diga que eu tenho “mentalidade de F1”, “insistência de gerenciamento” e “impertinência” na observação de um fato do regulamento de Le Mans, que é inédito. Ou você não sabia que foi a primeira vez que houve limitação de pneu, mesmo com os pilotos sabendo e podendo conservá-los tanto ou mais que o necessário?

      Bom dia e um abraço.

      • Ninguém usou por dois stints. Até mesmo a Porsche começou com stints triplos, mas depois igualou a Audi e passou a fazer stints quadruplos. Os 4 stints são o normal mesmo.

        Lamento que minha critica tenha te dado um tiquinho de dor de cabeça e chateação. Não faço criticas para atacar, somente para fomentar as discussões,

        Um adendo, o scuff é feito somente para quando os pneus forem reutilizados em algum outro evento. Os stints triplos ou quadruplos num mesmo set acontecem de forma ininterrupta.

        E sobre a audiencia, Rodrigo. Vc não tem nenhuma informação a respeito ou não pode nem comentar?

        Se não puder dizer os números, vc poderia, pelo menos, dizer se foram dezenas ou centenas de milhares de espectadores?

      • Não tenho acesso à audiência. Esses dados são confidenciais. Só se a chefia quiser liberar, o que não aconteceu por hora.

  • Rodrigo, excepcional trabalho do começo ao fim, parabéns! Seu blog é “A” referencia de Le Mans aqui no Brasil.

    Dava pra editar praticamente uma revista eletrônica inteira (tipo a WarmUp) só com a história e os dados desta corrida.

  • Como não vivo no Brasil não vi a transmissão da Fox, mas parabéns na mesma. E parabéns pelos posts no blog. Acho que a corrida começou a ser decidida na quali. A Porsche colocou uma pulga atrás da orelha da Audi com aqueles quase 4s de diferença e isso fez com que a Audi abrisse o gargalo. Nunca conseguiram fazer 4 stints sem que a perda de tempo os deixassem pouco competitivos, mas acho que o momento chave da corrida foi por volta da meia noite (hora francesa) quando a Audi antecipou a entrada do Loterer que era para entrar só lá para 2 da matina. A Porsche usou está hora de ar mais fresco e denso para aproveitar e decidir tudo. Mas o que fez diferença mesmo foi o fato de que a Porsche não teve medo de ser feliz com o seu 3° carro e o Sr Ulrich decidiu erradamente perseguir o 9 com o 7 de Loterer. Priorizou o carro errado, a meu ver. Também acho que a Audi se dividiu nesta corrida. Acho que a Leena atropelou a hierarquia da equipe e tomou decisões em choque com a liderança do Sr Ulrich. Posso estar enganado, mas acho que a Audi vive um início de luta pela chefia da equipe. Ainda não sei se o Sr Paul errou ou foi o Aston Martin que teve algum problema de direção.

    • O Paul Dalla Lana se justificou que os pneus estavam “frios”. Faltava aderência, pingava em alguns pontos do circuito. Mas acho que ele errou.

      • É muito fácil culpar o piloto estando de fora e não ao volante ,também poderia dizer que Fernando Rees errou feio uma frenagem com pastilhas novas ,más também não estava lá e muito menos ao volante no instante do ocorrido para saber se houve algum problema técnico ,mas uma coisa eu tenho certeza ,nenhum dos dois queria ter suas corridas prejudicadas por acidentes em um erro tão banal afinal são dois grandes pilotos que tem demonstrado muita competência em outras provas .

    • Sobre o Paul Dalla Lana, ele queixou-se de pneus “frios”. Havia pouca aderência na pista e chovia em alguns pontos. Não há uma informação oficial se foi um erro do canadense ou um problema técnico, até porque é difícil um carro sair reto naquele ponto. Enfim… uma vitória nas mãos que se perdeu por conta de um acidente.

  • Amigo Rodrigo por que estou a ver no resultado final da classe LMGTTE Pro como vitoria da AF Corse #71?? Houve algo de errado com a Corvette??? …

      • ah….ok…..obrigado pelo lembrete…e continue com essas informações preciosas sobre a esporte-prototipos e GTs….abraços.

      • Alguém na sede da Chevrolet precisa de um puxão de orelhas. Não vão capitalizar por inteiro esta vitória.

  • Caro Rodrigo.
    Em primeiro lugar quero lhe dar parabéns pela sua vitória pessoal.
    A transmissão e a cobertura da corrida feita pela Fox Sports, pelo Grande Premio e principalmente por seu blog A Mil Por Hora foi realmente sensacional.
    Contemplou desde os mais apaixonados e entendidos até aqueles que pela primeira vez acompanharam uma corrida de automóvel.
    Seus posts esmiuçaram “tudo” sobre as 24 horas de Le Mans:
    Prováveis inscritos e ausentes;
    Histórias e curiosidades das 24hs de Le Mans;
    Pequenas maravilhas;
    Treinos e Classificação;
    Fichas técnicas de todas as equipes, seu carros e pilotos;
    O Grid Ilustrado (ficou show).
    Enfim, um banho de cobertura.
    Sua dedicação é digna de aplausos em pé !!!!!!!!!

    PS. Antes da sua chegada no Grande Premio, para acompanhar o WEC, o ELMS, ALMS, WTCC, BTCC, DTM, TUSC, BES, BSS, PWC, IES e todas as outras categorias de carros de turismo, GTs, e protótipos só mesmo através de sites e revistas internacionais.
    O Flavio Gomes deve estar com um sorriso de orelha a orelha, pois tenho certeza que a audiência, cliks e pageviews aumentaram bastante no site.

    PS2: Automobilismo não é só F1.

    Um forte abraço.

  • Parabéns Rodrigo Mattar. Pela cobertura no blog e pela transmissão daquela que é, na minha opinião, A corrida. E por trazer as 24 Horas para essas páginas e para o Brasil, um país que só tem olhos para a F1. Espero e torço para que que no próximo ano continue trazendo Le Mans para nós.

    Abraços

  • Faltou o Alonso nessa corrida, uma pena.

    Alguém sabe se a McLaren Honda proibiu o Alonso de correr Le Mans somente esse ano ou durante os três anos de contrato?

  • Bela cobertura Rodrigo. Le Mans é sempre um show a parte, um dos últimos elos com as corridas do passado. Acho que a Moto Gp e o campeonato de endurance é que estão salvando o esporte a motor nesses tempos de corridas enfadonhas. A F1 já não é a mesma de outrora faz tempo… Abraços.

  • Em primeiro lugar parabéns por tudo!
    Acho que o chefe geral de projetos da Nissan (Divisão de corridas) deveria ser demitido.
    Depois de uma engenharia infantil apresentada ao mundo!
    Com certeza ele desconhece princípios básicos de física!