Nissan ri por último e é campeã do Blancpain Endurance Series

unnamed (2)
O Nissan GT-R Nismo GT3 levou a trinca Katsumasa Chiyo/Wolfgang Reip/Alex Buncombe ao título da classe principal do Blancpain Endurance Series em Nürburgring (Foto: NISMO)

RIO DE JANEIRO – Godzilla “rules”! Pela primeira vez na história, a Nissan é campeã do Blancpain Endurance Series na principal divisão do certame, a Pro Cup. Com um 3º lugar, a trinca formada pelo britânico Alex Buncombe, pelo japonês Katsumasa Chiyo e pelo belga Wolfgang Reip conquistou o título da temporada 2015 na última etapa do campeonato, a iRacing.com GT500, disputada no circuito de Nürburgring – por sinal, na terra da Audi, favorita a levar mais uma taça através do Belgian Audi Club Team WRT.

Porém, os pilotos Frank Stippler e Stéphane Ortelli, que lideravam a pontuação, ficaram a ver navios e acabaram num distante 11º lugar. Zerados, terminaram a competição em terceiro, atrás da trinca campeã e dos vices Guy Smith/Andy Meyrick/Stephen Kane, que terminaram a corrida em segundo. A vitória na última etapa do ano foi da Von Ryan Racing, com uma pilotagem impecável do trio Kévin Estre/Shane Van Gisbergen/Rob Bell a bordo do McLaren 650S GT3, após um total de 88 voltas percorridas.

“Eu pensei que eu tinha que manter a Bentley atrás de mim, então eu não sabia que tinha ganho o título”, disse Alex Buncombe, que guiou no turno final de corrida. “É uma sensação inacreditável. Trabalhei muito duro ao longo dos anos com a Nissan e a RJN para chegar a este ponto e eu tenho que dizer que é provavelmente o melhor dia da minha vida (para além do dia que meu filho nasceu)!”

“Foi definitivamente a temporada mais difícil da minha vida”, continuou. “Era pressão total desde o início. Foi duro manter o Bentley atrás por tanto tempo e, em seguida, eu tive que fazer o mesmo com o Audi #1. Não poderia estar mais feliz com o resultado”, declarou o piloto. E certamente todos os integrantes da Nissan – Ricardo Divila, inclusive – estão muito felizes com o feito alcançado.

A corrida contou com a participação de 54 dos 58 carros anteriormente anunciados. E os brasileiros novamente não tiveram um bom resultado. A despedida da BMW Z4 GT3 para a AH Competições Team Brasil no BES não poderia ser mais melancólica: 21º lugar para Cacá Bueno/Felipe Fraga/Sérgio Jimenez e 25º para Valdeno Brito/Matheus Stumpf/Átila Abreu. Bruno Senna enfrentou problemas junto com seus companheiros Adrian Quaife-Hobbs e Álvaro Parente, para terminar num apagado 38º lugar. No campeonato, o sobrinho do tricampeão Ayrton Senna foi quem terminou melhor classificado – 20º colocado, com 10 pontos somados. Jimenez e Fraga fizeram oito, concluindo o certame em 22º. Cacá Bueno fechou o ano com seis pontos, em vigésimo-quarto. Os demais não pontuaram.

O foco do AH Competições Team Brasil é agora o Blancpain Sprint Series, que ainda tem duas corridas por cumprir em Misano, na Itália e em Zandvoort, na Holanda. Só aí teremos uma ideia qual será o novo carro do time brasileiro chefiado por Antonio Hermann e Washington Bezerra para o próximo ano.

Voltando à prova final do BES, com o título já definido na divisão Pro-Am, o vice foi conquistado pela trinca Michael Broniszewski/Michael Lyons/Alessandro Bonaccini, que concluiu a etapa final em 3º lugar na categoria e em 18º lugar na geral. A vitória foi do Emil Frey G3 Jaguar guiado por Lorenz Frey/Fredy Barth/Gabriele Gardel, todos pilotos suíços. Na Am Cup o final do campeonato foi o mais apertado da categoria em 2015: Ian Loggie/Julien Westwood chegaram na 5ª colocação com o carro do Team Parker e levaram a taça de campeões por um ponto à frente de Jürgen Haring/Dimitros Konstantinou/Frank Schimkler, que fecharam a competição da Alemanha em 3º com o Porsche da Attempto Racing.

A vitória na Am Cup na última etapa ficou mesmo com a Ferrari dos franceses Anthony Pons e Fabién Barthez (ele mesmo), completando a disputa em 35º lugar na geral.

A Stéphane Ratel Organisation apresentou também na Alemanha os seus planos para 2016, que incluem a criação da Intercontinental GT Challenge, com quatro eventos a saber: 12h de Bathurst, 24h de Spa e 12h de Sepang, além de uma corrida em Austin, no Texas. O calendário de provas do BES e do BSS terá algumas novidades para o próximo ano, principalmente os eventos Sprint, que serão em número de cinco e não vão começar em Nogaro, como vinha acontecendo nos últimos anos e sim na Itália, em pista a ser designada – provavelmente, Monza. As pistas de Nürburgring, Hungaroring e de Barcelona são as aquisições do calendário de provas do BSS. Já o BES segue com os mesmos eventos deste último campeonato.

Eis as datas:

8-10 de março – Teste oficial do Blancpain GT Series em Paul Ricard
8-10 de abril – Itália (BSS)
23-24 de abril – 3h de Monza (BES)
7-8 de maio – Brands Hatch (BSS)
14-15 de maio – 3h de Silverstone (BES)
24-25 de junho – 1000 km de Paul Ricard (BES)
1-3 de julho – Nürburgring (BSS)
5 de julho – Teste oficial das 24h de Spa
28-31 de julho – 24h de Spa (BES)
26-28 de agosto – Hungaroring (BSS)
17-18 de setembro – 3h de Nürburgring (BES)
1-2 de outubro – Barcelona (BSS)

Comentários

  • Assisti a corrida ontem pela tv, onde milagrosamente foi transmitida na íntegra, o que é louvável apesar de insistirem em chamar de “Mundial FIA GT”…a disputa foi muito intensa entre o GT-R e o Bentley no final.
    Quanto à equipe brasileira, as corridas do BES evidenciam a deficiência de equipamento com o modelo Z4, bem como a falta de suporte do fabricante…por isso acredito realmente que venham com outra marca para 2016. Se a Ford fizesse uma versão GT3 para o novo GT o Hermann teria a possibilidade de reeditar a combinação bicampeã no Brasil.
    Por fim, sobre o calendário, a retirada da chatíssima Nogaro foi um acerto. Pistas como Monza e Barcelona irão proporcionar corridas muito melhores.