Brasil, um país de toscos

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Às vezes é melhor ser surdo ou cego para não ter que ler e ouvir tanta bobagem dita pelos moradores dos condomínios no entorno do Autódromo de Curitiba, que “comemoram” o fim do circuito. Toscos… (Foto: Albari Rosa/Reprodução Gazeta do Povo Online)

RIO DE JANEIRO – Como todo mundo das redes sociais me conhece graças ao meu envolvimento (até o pescoço) com o esporte a motor desde que me conheço por gente, foi uma chuva de compartilhamentos de uma matéria da versão online do jornal de Curitiba Gazeta do Povo. O link está aqui.

O Autódromo Internacional de Curitiba, cabe lembrar, existe desde os anos de 1970 – portanto, há mais de quarenta anos. Os condomínios lá existentes CRESCERAM em torno do empreendimento e não a pista foi criada num terreno no qual já havia uma área residencial pré-concebida. É mais ou menos o que aconteceu com o Autódromo de Jacarepaguá, só que pior. Eu conheci aquela região – e muito bem – nos anos 1980. Era mato para todos os lados e mais nada. A especulação imobiliária tornou aquilo lá um inferno.

Barulho de carro de corrida incomoda tanto assim? Engraçado… não vejo ninguém pedir fechamento de bar ou botequim que tem gente gritando e conversando após o início da chamada “Lei do Silêncio”, não vejo ninguém pedindo pra fechar boate que funciona até alta madrugada com música em altíssimo volume, não vejo uma pessoa sequer se queixar das feiras livres que começam sua atividade às três ou quatro da manhã, quando quase todo mundo está dormindo e o movimento em feira livre é frenético até dizer chega, por quase doze horas.

Ironicamente, um dos condomínios residenciais no entorno do AIC chama-se Ayrton Senna. Gostaria de saber o que o tricampeão de F1, se vivo fosse, acharia dessa manifestação tacanha de pessoas que se sentem ‘incomodadas’. Não conhecem aquele ditado “Os incomodados que se mudem”? Então saibam conviver com as diferenças e respeitem quem goste do esporte a motor – que sustenta dezenas de famílias e movimenta a rede hoteleira de Curitiba com os eventos que eram realizados lá e não mais o serão a partir do segundo semestre de 2016.

Querem um esporte sem barulho? Pratiquem xadrez, então.

Brasil, um país de toscos.

Comentários

  • No País onde custa mais de R$ 2.000,00 pra tirar carteira de habilitação, ou melhor, pra ganhar um papél depois de andar a 40 km/h na cidade, fazer baliza e nem saber como se troca um pneu, isso é pouco o que esperar..

    Num País onde esporte a motor ou carro de corrida é apologia a violência no trânsito, excesso de velocidade ( propagandas com slogan VELOCIDADE MATA ) ou andar a mais de 60 ou 80 por hora ( ridículo ) é ser um motorista agressivo e com intensão de matar, isso que acontece com os autódromos é pouco.

    Parabéns aos envolvidos que encheram o bolso de grana com esta especulação imobiliária. Parabéns mesmo pois vários empregos e empresas do ramo automotivo vão deixar pessoas desamparadas.

    E a Conta Continua:

    1 – Jacarepagua – MORTO
    2 – Curitiba – MORTO
    2 – Brasilia – na UTI, CTI, coma induzido e com câncer fulminante
    3 – Interlagos está caminhando para o fim…Ou alguém vai dizer que as provas das categorias em Mogiguaçu ou Velocitá acontecem lá devido a ser melhor que Interlagos????
    4 – Alguém aposta no próximo ?

    Eu digo que será Cascavél, Londrina….

    VENHAM PARA O RS!!!!!!!!!!!!!!!!!!

    1 – GUAPORÉ
    2 – TARUMÃ
    3 – SANTA CRUZ DO SUL
    4 – VELOPARK
    5 – RIVERA ( URUGUAI )

  • Esse caso desses toscos que estão reclamando do barulho do autódromo, é o mesmo caso das pessoas que reclamam do barulho dos aviões em Congonhas, por exemplo.
    Vocês chegaram depois que foi construido e sabiam que teriam que lidar com o barulho. Lidem com isso!

  • Li a matéria de “Gazeta do Povo”.
    Não entendi o comentário de uma pessoa no Gazeta do Povo que diz que ele é usado só dez vezes por ano.
    Autódromo não serve só para corrida de automóvel.
    Pode-se ter competição de motocicleta, bicileta, pedestrianismo. etc.
    Show de rock and roll.
    É só usar o cérebro.
    Em Interlagos (4309 metros) dá para fazer maratona e NÃO precisa fechar as ruas.
    E por aí vai.
    Estou delirando muito?

  • Toscos é o mínimo que se pode dizer.
    É como a linha de trem que cruza Curitiba. Quem chegou primeiro? Quando as pessoas se mudaram para esses lugares já sabiam que lá ia ter barulho, é fato.
    Agora escutar música em volume alto, quando não tem instrumento musical no “apertamento”, soltar fogos por tudo e por nada, discutir com o (a) companheiro (a) aos gritos e se xingando com palavrões, as crianças ficarem aos berros e outras coisas muito piores, pode.
    Desculpe-me os leitores mas estou de saco cheio de tanta ignorância!

  • Mas que camisa horrenda que o senhor tosco da foto está usando! Prefiro ficar surdo do que usar um troço desse.