Direto do túnel do tempo (308)
RIO DE JANEIRO – Scott Pruett quer se tornar o maior vencedor da história das 24h de Daytona no próximo fim de semana. Aos 55 anos de idade, o californiano de Sacramento quer desempatar o total de triunfos que o coloca ao lado do lendário Hurley Haywood no panteão dos grandes nomes da primeira grande prova do calendário da Endurance nos EUA.
A primeira de suas cinco conquistas foi em 1994 com o carro da foto, clicado por Brian Cleary. A bordo do Nissan 300 ZX Turbo da equipe de Clayton Cunningham, ele dividiu a pilotagem com Paul Gentilozzi (que será patrão de Pruett no projeto da F Performance Racing neste ano, na classe GTD), Butch Leitzinger e o neozelandês Steve Millen.
O quarteto largou da 4ª posição do grid e conquistou um triunfo fácil – demais, eu diria – já que a diferença para o 2º colocado, o Porsche 911 Turbo S LM da escuderia francesa Larbre Competition, com Bob Wollek/Jürgen Barth/Jésus Pareja/Dominique Dupuy ficou a 24 voltas – em quilômetros, equivalentes a mais de 137 km.
Foi a segunda e última vitória da Nissan nas 24h de Daytona. Pruett, que estava numa fase de baixa produtividade na Fórmula Indy naquela época, jamais poderia imaginar que aquela conquista seria apenas o começo de uma bonita história ao longo de sua trajetória no esporte.
Há 22 anos, direto do túnel do tempo.
Seria uma bela maneira de coroar uma já brilhante trajetória.
Quem diria, há 22 anos a Nissan vencendo a 24 horas de Daytona e hoje vemos um carro Nissan jogado no lixo, literalmente.