Direto do túnel do tempo (314)

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RIO DE JANEIRO – A foto acima mostra a comemoração de Niki Lauda em sua primeira vitória na Fórmula 1 pela Brabham. O austríaco, após quatro anos de contrato e dois títulos mundiais, deixou a Ferrari e migrou com o número #1 e tudo para o time de Bernie Ecclestone, que na época tinha motores Alfa Romeo 12 cilindros opostos e o gênio de Gordon Murray, que para o GP da Suécia, em Anderstorp, entrou em ação. Para aquela corrida, disputada em 17 de junho de 1978, Murray preparou um carro modificado, com a adoção de um ventilador que provocava um efeito aerodinâmico capaz de fazer o BT46 virar um foguete nas retas.

Como efeito, Lauda – que assumiu a ponta na 39ª volta ao superar a Lotus 79 asa de Mario Andretti – dominou como quis a corrida e venceu. “Foi a mais fácil vitória da minha carreira”, afirmou. Depois dessa vitória, que gerou dezenas de protestos, a CSI (Comissão Esportiva Internacional) da FIA declarou o Brabham “ventilador” irregular. O BT46 voltou à sua configuração normal no GP da França, e com esse carro Lauda venceria mais uma vez, no GP da Itália.

A curiosidade do registro fotográfico é que os dois pilotos retratados – o vencedor Niki Lauda e o 2º colocado Riccardo Patrese – tinham em seus macacões o logotipo dos laticínios Parmalat – que eram o principal patrocinador da Brabham. Outro detalhe é o nome Benetton no macacão do novato italiano da Arrows: a confecção, que só ganhou notoriedade nos anos 1980, já existia desde 1965. E acredito que essa foto seja um dos raros registros do envolvimento inicial da marca com o automobilismo – que culminaria com a compra de uma equipe, no caso a Toleman, que chegou a ser campeã mundial de Construtores.

E essa foto também homenageia, é claro, os 67 anos de Andreas Nikolaus Lauda, o grande Niki, comemorados ontem.

Há 38 anos, direto do túnel do tempo.

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