Chuva na Hungria, vitórias de Bennani e López no WTCC

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O argentino José María López ganhou mais uma no WTCC, desta vez sob chuva e pista molhada, na Hungria

RIO DE JANEIRO – Pela primeira vez neste ano, choveu numa das provas do Mundial de Carros de Turismo (WTCC). Ao contrário do que aconteceu da última vez, quando uma tromba d’água atrapalhou tudo na Eslováquia, inclusive cancelando uma das baterias, desta vez não houve nada que atrapalhasse – nem o vento, que chegou a soprar no circuito magiar de Hungaroring, baixando a temperatura. Nem isso foi capaz de secar suficientemente o asfalto ao longo da 3ª rodada do campeonato.

Apesar do asfalto molhado, houve quem montasse pneus slicks, próprios para pista seca, apostando que o piso melhoraria com o transcurso da disputa prevista para 11 voltas. Só que como a disputa não foi declarada “Wet Race” (Corrida com Chuva), houve uma salada de opções e Rob Huff, inclusive, alinhou com pneus slicks na frente e de chuva nas rodas traseiras. A corrida foi um verdadeiro tormento para quem escolheu pneus para piso seco e quem montou os biscoito, mais apropriados para o molhado, se deu muito bem.

Foi o caso do marroquino Mehdi Bennani, que conquistou de forma incontestável sua primeira vitória no WTCC. O piloto de 32 anos liderou do começo ao fim e ainda viu Tom Chilton subir do 11º posto do grid para a segunda posição, numa grande performance do piloto britânico. Dobradinha da Sebastién Loeb Racing, algo no qual poucos apostariam para esta corrida. Nicky Catsburg completou a disputa em 3º, conquistando mais um pódio para a Lada. O veterano Frëdrik Ëkblom foi o grande destaque da Volvo, fechando em quarto, seguido por Gabriele Tarquini – que optou por largar de pneus biscoito à última hora, partindo assim dos boxes e Hugo Valente, com os outros dois Vesta.

A corrida foi tão pífia para os Honda Civic que o melhor piloto da marca na primeira prova foi o novato húngaro Ferenc Ficza, que conquistou seus primeiros dois pontinhos no campeonato, fechando na nona colocação. Rob Huff foi 11º colocado, seguido por Tiago Monteiro. O carro de Norbert Michelisz nem passou da primeira volta, com problemas de turbo. A Citroën oficial não passou da 13º posição com Yvan Muller e de um décimo-quarto posto com Pechito López.

Mas na prova #2, o argentino acertou na estratégia – e nem poderia errar, pois largava da pole position. A corrida foi atrapalhada por um forte acidente com o franco-belga Grégoire Demoustier, que provocou a entrada do Safety Car. Com o asfalto escorregadio graças à chuva e também ao novo piso, devido ao recapeamento da pista, López foi soberano ao longo das 17 voltas e venceu pela terceira vez no ano – resultado que devolveu ao atual bicampeão do WTCC a liderança do campeonato.

Yvan Muller fez uma grande corrida: largou em 8º e chegou em segundo com o outro Citroën C-Elysée oficial de fábrica. O veterano francês quase perdeu a posição para Rob Huff, mas o rival da Honda fez uma manobra desastrosa de ultrapassagem que culminou com um drive through, deixando o britânico para trás – mas não o suficiente para ficar fora da zona de pontos, já que o piloto ainda conseguiu o 6º lugar. Tiago Monteiro salvou um pódio para a montadora japonesa, mas viu a liderança do campeonato escapar de suas mãos ao completar em terceiro. A Volvo foi de novo muito bem e Thed Björk chegou em quarto, seguido por Tom Chilton e Huff.

Vencedor na prova #1, Mehdi Bennani não brilhou tanto quanto na primeira corrida e chegou apenas em oitavo. Mesmo assim, ele se mantém no comando da classificação paralela do troféu dos independentes. Norbert Michelisz bem que tentou alegrar seus torcedores, mas enfrentou problemas ao longo da disputa, culminando com um colapso na suspensão do seu carro que o relegou ao 10º lugar na quadriculada.

O resultado final da corrida #1:

1 – Mehdi Bennani (Citroen C-Elysée) – Loeb – 14 voltas em 30’49″813
2 – Max Chilton (Citroen C-Elysée) – Loeb – 3″313
3 – Nicky Catsburg (Lada Vesta) – Lada – 6″367
4 – Fredrik Ekblom (Volvo S60) – Polestar – 13″918
5 – Gabriele Tarquini (Lada Vesta) – Lada – 14″566
6 – Hugo Valente (Lada Vesta) – Lada – 29″575
7 – Gregoire Demoustier (Citroen C-Elysée) – Loeb – 34″530
8 – John Filippi (Chevrolet Cruze) – Campos – 47″418
9 – Ferenc Ficza (Honda Civic) – Zengo – 52″927
10 – René Munnich (Chevrolet Cruze) – Munnich – 1’48″021

O resultado da corrida #2:

1 – José María López (Citroen C-Elysée) – Citroen – 17 voltas em 38’37″180
2 – Yvan Muller (Citroen C-Elysée) – Citroen – 2″821
3 – Tiago Monteiro (Honda Civic) – Honda JAS – 14″981
4 – Thed Bjork (Volvo S60) – Polestar – 18″026
5 – Tom Chilton (Citroen C-Elysée) – Loeb – 19″834
6 – Rob Huff (Honda Civic) – Honda JAS – 24″535
7 – Tom Coronel (Chevrolet Cruze) – ROAL – 26″979
8 – Mehdi Bennani (Citroen C-Elysée) – Loeb – 27″898
9 – Hugo Valente (Lada Vesta) – Lada – 36″557
10 – Norbert Michelisz (Honda Civic) – Honda JAS – 36″867

Classificação do campeonato após 3 rodadas:

1. José María López – 106 pontos
2. Tiago Monteiro – 94
3. Mehdi Bennani – 77
4. Rob Huff – 60
5. Yvan Muller – 54
6. Norbert Michelisz – 53
7. Nicky Catsburg – 50
8. Tom Chilton – 40
9. Hugo Valente – 26
10. Gabriele Tarquini – 22
11. Frëdrik Ëkblom e Thed Björk – 19
13. Tom Coronel – 16
14. Grégoire Demoustier – 7
15. John Filippi – 5
16. Ferenc Ficza – 2
17. René Munnich – 1

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