Chuva cria anticlímax e Thiriet by TDS Racing vence as 4h de Imola
RIO DE JANEIRO – A chuva que caiu no Autódromo Enzo e Dino Ferrari na hora final da 2ª etapa do European Le Mans Series (ELMS) foi responsável pelo anticlímax que se criou no fim das 4h de Imola – que a bem da verdade não foi uma corrida tão emocionante quanto fora a abertura da temporada, em Silverstone. Em alguns momentos até, houve monotonia. E quem prevaleceu, por conta da escalação dos pilotos para os stints certos, foi a Thiriet by TDS Racing – pelo segundo ano consecutivo. O #46 tripulado por Pierre Thiriet/Mathias Beche/Ryo Hirakawa estava à frente na hora certa e por lá ficou até o fim – porque a direção de prova pôs o Safety Car para liderar o pelotão devido ao acúmulo de água na pista. E assim foi até o fim: a corrida teve 121 voltas no total, dezoito a menos que na prova do ano passado.
Resultado final das 4h de Imola
Alguns pilotos não gostaram. Queriam que o Safety Car tivesse saído, porque na opinião deles, havia segurança bastante para a corrida chegar ao fim. Um deles, o britânico Matt Griffin, acredita que o português Eduardo Freitas manteve o procedimento de neutralização das posições porque os pilotos da classe LMP3, em sua maioria, não são bons o bastante para encarar uma prova sob chuva. E pergunto eu: quando uma corrida começar com pista molhada, o que farão?
Vencedores em Silverstone, Simon Dolan/Harry Tincknell/Giedo Van der Garde conseguiram um importante 2º lugar na prova de Imola. A estratégia funcionou, mesmo com Dolan guiando no stint inicial e perdendo várias posições para os pilotos mais, digamos, cascudos. Harry Tincknell teve ótimo desempenho e entregou o carro em boa posição para Van der Garde levar até o final. Pole position, o Oreca 05 Nissan da DragonSpeed liderou no início com Nicolas Lapierre, mas o desempenho decaiu com Ben Hanley e Henrik Hedman a bordo. Acabaram ainda premiados com um belo 3º lugar.
Ótima prova também do #32 da SMP Racing, que não começou bem e se recuperou do meio para o fim da disputa, chegando em quarto com Julián Leal/Andreas Wirth/Stefano Coletti, à frente do #33 da Eurasia guiado por Pu Jun Jin/Nico Pieter de Brujin/Tristan Gommendy, conseguindo um bom resultado após o insucesso em Silverstone. A Krohn Racing fechou os seis primeiros da classificação.
Na LMP3, a United Autosports emplacou a segunda vitória na temporada – segunda do trio formado por Alex Brundle/Mike Guasch/Christian England. A trinca fechou a prova com 115 voltas completadas, pouco menos de 10 segundos à frente do #11 da Eurointernational conduzido por Andrea Roda/Giorgio Mondini/Marco Jacoboni. A Panis-Barthez Competition conquistou o primeiro pódio na categoria, com o 3º lugar de Eric Debard/Simon Gachet/Valentin Moineault.
O outro carro do time de Richard Dean e Zak Brown, guiado por Wayne Boyd/Mark Patterson/Matt Bell, acabou apenas em 7º lugar, perdendo uma volta em relação aos companheiros de equipe. Uma das boas surpresas da prova foi a ótima recuperação do #18 da equipe do piloto do WTCC Yvan Muller: o carro guiado por seu sobrinho, Yann Ehrlacher e mais Alexandre Cougnaud e Thomas Laurent recuperou-se de um furo prematuro de pneu para terminar num belíssimo 5º lugar.
E entre os LMGTE, o destaque absoluto foi o Porsche 991 RSR da Proton Competition, guiado de forma excepcional por Robert Renauer/Wolf Henzler/Mike Hedlund. A trinca teve um sólido desempenho na pista, o carro se portou de forma impecável e o resultado não poderia ter sido outro: vitória na divisão e um surpreendente 13º lugar na geral, à frente de todos os LMP3. A trinca foi tão bem que colocou uma volta inteira de vantagem em cima da Ferrari de Robert Smith/Rory Butcher/Andrea Bertolini, da JMW Motorsport. A terceira posição foi revezada várias vezes ao longo da disputa e prevaleceu, no fim, a Ferrari da AT Racing, dos Talkanitsa e de Davide Rigon. Todos os sete carros da classe que largaram receberam a quadriculada, num índice técnico excelente. Pena o forfait do carro #60 da Formula Racing, por acidente no segundo treino livre. O carro não pôde ser recuperado e só voltará a ser visto nas 24h de Le Mans, em junho.
A próxima prova do ELMS é as 4h do Red Bull Ring, na Áustria.
Assisti a prova e agradeço a mais esse inestimável serviço do blog, mas lamentei profundamente novamente ,essa tendência moderna do automobilismo de quando chove não se corre. A verdade nua e crua é que as novas gerações de pilotos não tem um décimo do culhão que os pilotos das gerações passadas tinham. Fato.
Assino embaixo.