WR Bio-Metano: eis o Garage 56 para 2017

RIO DE JANEIRO – As 24h de Le Mans já têm seu protótipo inovador – o Garage 56 – anunciado para a edição de 2017, a 85ª da história da prova francesa. Será a volta da Welter Racing, fundada por Gérard Welter, após a tentativa fracassada de retornar com o protótipo Green GT movido a hidrogênio. Agora, a tecnologia inovativa é o bio-metano.

A história da Welter Racing em Sarthe começou em 1979, com o protótipo WM P79 que tinha motor Peugeot 3,8 litros turbo. Na época, Welter era associado a Michel Meunier e a parceria durou uma década. Com um WM Secateva, Roger Dorchy entrou para a história ao quebrar o recorde de velocidade máxima no retão Les Hunaudières: 405 km/h, na edição da prova disputada em 1988.

Em 1990, a sigla mudou de WM para WR, pois a sociedade da Welter Racing foi dividida entre Gérard e Rachel Welter. Um de seus carros foi o pole position para a prova de 1995, suprema glória. Os protótipos WR conquistaram seis pódios em Sarthe, com uma vitória na classe LMP2 em 1993, quatro segundos lugares e um terceiro. A última aparição foi há seis anos, com um projeto mais moderno de motor Zytek V8 3,4 litros – acabaram em oitavo lugar na LMP2.

Agora, após testes de túnel de vento, o WR Garage 56 começou a tomar forma e deverá fazer parte do plantel de 60 carros confirmados para Le Mans no próximo ano. O projeto do WR Bio-Metano prevê o uso de um motor híbrido tricilíndrico de 1,2 litro de capacidade cúbica e será equipado com um tanque de combustível criogênico, para o armazenamento do gás líquido – no caso o metano. Uma experiência histórica e inédita, muito diferente da proposta do DeltaWing, do próprio Green GT que não foi adiante e também do Nissan ZEOD RC, que foi o primeiro bólido totalmente elétrico a competir numa prova de Endurance.