ACO anuncia mudanças para os times não-oficiais na LMP1 em 2017

Car # 13 / REBELLION RACING / CHE / Rebellion R-One - AER / MathŽo Tuscher (CHE) / Dominik Kraihamer (AUT) / Alexandre Imperatori (CHE) - WEC 6 Hours of Spa - Circuit de Spa-Francorchamps - Spa - Belgium
A Rebellion Racing terá que adaptar seus carros ao novo regulamento técnico para 2017, com motores de cilindrada livre e peso 25 kg menor que neste ano

RIO DE JANEIRO – A tradicional coletiva de imprensa do Automobile Club de l’Ouest (ACO), que se realizou nesta quinta-feira, serviu para confirmar algumas nuances do regulamento esportivo da classe LMP1 em 2017 – principalmente no que diz respeito aos times não-oficiais. A entidade, parceira da FIA na elaboração do regulamento do World Endurance Championship, confirmou algumas mudanças para a próxima temporada, com o objetivo de fazer preparar melhor os times já comprometidos com o campeonato e trazer mais interessados. A Strakka esperava pela elaboração do regulamento para dar prosseguimento ao seu projeto de LMP1 não-oficial com base no chassi do Dome S103 e também dizem que a SMP Racing pode seguir o mesmo destino, já que seu chassis BR01 não é mais elegível para o regulamento técnico da LMP2 no próximo ano, com limitação de fabricantes (Oreca, Onroak Automotive, Riley e Dallara) e motor único.

Para o próximo ano, os LMP1 sem sistemas híbridos terão maior liberdade na escolha dos motores, que não serão mais limitados à capacidade de 5,5 litros. Podem ser instalados propulsores de qualquer marca e procedência, com cilindrada livre. Ademais, haverá a redução do peso mínimo: dos 855 kg atuais, os carros passarão a ser 25 kg mais leves. Na aerodinâmica, haverá asas mais largas e o possível uso (aí eu não gostei, não) do DRS para 2018. Os defletores dos bólidos serão 15mm maiores e o extrator traseiro terá sua largura reduzida em 50mm.

“Nós queremos aplicar as novas regras já no próximo ano para ajudar as marcas que estão aqui conosco agora, como Rebellion e ByKolles”, afirmou Vincent Beaumesnil, diretor esportivo do ACO. “Ao mesmo tempo, queremos dizer que aqueles que querem fazer um carro para 2017 dentro desse novo regulamento podem começar seus trabalhos. É possível que não tenhamos muitos, mas esperamos mais em 2018. Queremos fortalecer a disputa entre os privados em Le Mans e no WEC”, confirmou o dirigente.

Aco Press Conferrence Le Mans 24 Hour - Circuit des 24H du Mans  - Le Mans - France
Este é o novo motor padronizado da classe LMP2 para 2017: o Gibson GK428 terá arquitertura V8 com 4,2 litros de capacidade cúbica e potência maior que as unidades atuais da divisão

Na mesma coletiva de imprensa, foi exibido o novo motor para a classe LMP2, que já no próximo ano será introduzido em Le Mans e no FIA WEC. Desenvolvida pela Gibson Technologies na Inglaterra, com ECU (Electronic Control Unit) da Cosworth, a unidade recebeu a sigla GK428. É um motor de arquitetura V8 com 4,2 litros de capacidade cúbica, cuja potência líquida deverá debitar cerca de 600 HP – 150 HP a mais que os atuais motores da divisão, o que diminuirá o fosso entre as duas classes de protótipos no WEC e em Sarthe em termos de desempenho. Hoje, em Le Mans, um LMP1 é cerca de 20 segundos mais rápido que um LMP2.

Quatro unidades já estarão prontas a partir de agosto. Esses motores serão pouco a pouco instalados nos primeiros chassis construídos pelos fabricantes indicados pelo ACO e pela FIA para os testes dinâmicos de chassis e desenvolvimento.

Em tempo: o ACO parece que não vai permitir os motores dentro do regulamento DPi (Daytona Prototype International) que deve ser implantado no IMSA Weather Tech SportsCar Championship. O martelo ainda não foi batido, mas tudo indica que não haverá conversa entre ianques e europeus.

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