Porsche com turbo no WEC?

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RIO DE JANEIRO – O Porsche 991 RSR que vem sendo preparado para o regresso da equipe oficial do construtor de Weissach no FIA World Endurance Championship, na divisão LMGTE-PRO, foi testado em Monza. E os últimos flagrantes de fotos e imagens deixam dúvidas sobre o conceito mecânico da versão 2017 do lendário carro alemão. Afinal, o carro terá motor aspirado ou turbo no próximo ano?

É uma questão que começa a tomar forma porque, em imagens laterais, percebe-se que o carro tem entradas de ar laterais semelhantes às do modelo 911 Turbo S, sugerindo justamente que o ar seja sugado a uma unidade turbocompressora – provavelmente 3,8 turbo seis cilindros flat.

Também notou-se que o 991 RSR spec  2017 tem a asa traseira visivelmente reposicionada e com grandes suportes. É outra demonstração que o carro recebeu também o aval técnico do ACO e da FIA para mover motor e conjunto de câmbio e transmissão mais à frente, para deixar o Porsche com motor central-traseiro, tal como se vê na Ferrari 488 GTE e no Ford GT EcoBoost, que seguem essa tendência.

Monza foi a primeira pista – exceto Weissach – em que a Porsche testou. Cá pra nós: é bem difícil manter um carro em segredo, testando fora dos seus domínios. A Porsche confirmou em Le Mans que renovou o compromisso com o Team Manthey e também com a CORE Autosport para seguir seus programas no WEC e no IMSA Weather Tech SportsCar Championship. O carro estreia nas 24h de Daytona, em janeiro.

 

Comentários

  • Carro não precisa igual ao fabricado ?

    Isso não seria burlar as regras a favor de um conjunto melhor, que pelo visto deve ser importada do 718 Boxster e Cayman já que ambos tem motor central.
    Sou Porschista mas não gostei da alteração alteração do motor, faz o 911 perder sua essencia, agora fica a pergunta, Aston Martin e Corvette vão correr de Aspirado contra os motores Turbos, ou vão deixar a categoria PRO já que os carros em questão mesmo que Spec 2017 vão ser defasados em relação a F488, GT e 991 RSR.

    abraços Mattar

  • Caro Rodrigo gostaria de um esclarecimento seu a respeito da potência dos carros da GTE PRO. Nos Posts sobre Le Mans você colocou por exemplo que a Ferrari 488 tem 485 cv e 1275 Kg de peso, Ora o carro de rua tem 670 cv e 1475 Kg. Com relação ao peso é bem lógica a redução , mas o porque da redução substancial de potência em relação ao carro de rua ? O mesmo ocorre com os Porsche .Acho sem sentido. Se fosse para nivelar desempenho não seria mais interessante permitir um aumento de potência dos concorrentes e ou maior redução de peso?. Você não acha que isto ocasiona um desempenho muito inferior aos LMP1, com 1000cv e menos de 900 Kg e por conseguinte uma condição muito insegura visto que as categorias correm juntas? Já ocorreram batidas por causa desta diferença.

    • Os únicos que podem lhe responder são a FIA e o ACO. São eles que, com uma série de restrições mecânicas, reduzem a potência dos motores, especialmente ao nível da pressão do turbo.

    • Motivações da FIA e ACO a parte, uma das razões para a redução de potência é a preservação do conjunto mecânico, isso é de praxe em carros GT de competição que derivam de carros de produção. Os lendários Mclaren F1 GTR que venceram as 24 Horas de Le Mans em 1995 também eram menos potentes que seus equivalentes de rua.