Direto do túnel do tempo (342)

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RIO DE JANEIRO – Saudades de uma época que não volta mais no automobilismo brasileiro. Prova disputada no Autódromo de Jacarepaguá, ainda no traçado antigo. No clique, três máquinas emblemáticas do nosso esporte: o Fusca #13 da equipe Auto Modelo de Brasília; a DKW Carretera do “Volante 13”, codinome do piloto Flodoaldo Arouca e um Fiat 850 Abarth.

Desconfio que essa prova que trouxe o Fusca do Von Negri e o DKW Carretera do “Volante 13” seja a primeira edição das 500 Milhas da Guanabara, disputada em 12 de junho de 1968. Sendo assim, essa corrida foi ganha por Jan Balder/Pedro Victor de Lamare com uma BMW 2000 Ti quase standard, sem nenhuma preparação específica, seguida por Ênio Garcia/Toninho Martins com um Fusca e por Karl Von Negri/Dirceu Bernardon, com o #13 da foto.

Ah… o Fitti-Porsche, com Wilsinho Fittipaldi e Marivaldo Fernandes, participou da disputa – mas (para variar) quebrou o câmbio.

Há 48 anos, direto do túnel do tempo.

 

Comentários

    • Sim, o padrão era carroceria do 850 Coupé basico, mas na versão Abarth OT o motor era 1300. Me lembro desse bem desse carro, nas mão do Carlos Souza.

  • Gostei demais desta foto.
    DKW Carreteira, que sensacional.
    As carreteiras deveriam voltar…
    Corsa com motor de Cruze (ou Corvette)
    Gol com motor de Jetta (ou Audi)
    Uno com motor Alfa.
    Fiesta com motor de Focus (ou Mustang).
    Mini com motor BMW M-Sport.
    Renault Clio com motor V6.
    Aceitamos mais sugestões.

    • Também acho. Foi assim que o nosso automobilismo viveu seu período mais profícuo em matéria de criatividade. Chega de “coxinhismo” no esporte a motor.

    • Eu, se me permitem, iria de Fusca mesmo equipado com motor boxer refrigerado a ar da Autocraft ou da Pauter.

      Trata-se motores que, nas versões aspiradas, começam nos 200cv.

      http://www.autocraftengines.com

      http://pauter.com/parts/super-pro/

      Mas se a grana estivesse curta, iria na carcaça de motor original do Fusca – ainda hoje produzida no Brasil pela Rima Industrial e pela Autolinea – equipada com os finos componentes internos da Scat.

      http://www.scatvw.com

      Brincadeiras a parte, tem um bocado de gente rodando hoje nas ruas do mundo com Fusquinhas cujos motores – boxer a ar – têm potências que variam de 100cv a 200cv (aspirados), e que deixam muito importado de queixo caído.

      Desempenho que há 30 ou 40 anos somente era imaginável em carros de competição.

      Saudações.

      • Gustavo, seriam esses os motores usados pela VW Fun Cup, que tem provas de longa duração em Zolder e Spa-Francorchamps?

      • Rodrigo,

        Infelizmente não.

        A VW Fun Cup, a exemplo da Fórmula Vee e da Speed 1600 no Brasil, também migrou dos motores a ar para os motores refrigerados a água.

        Argumenta-se, com alguma razão, especialmente observando-se a realidade brasileira (impostos de importação), que os custos dos motores refrigerados a ar são maiores que os dos refrigerados a água. Mas me parece haver, também, um pouco de má vontade em se estabelecer um regulamento mais racional que viabilizasse os refrigerados a ar.

        De toda forma, para os “iniciados”, o mundo dos boxer refrigerados a ar parece viver um dos mais profícuos momentos, especialmente nos EUA e Europa, com uma ampla gama de fornecedores de componentes de performance, que lhe permite de um simples “tapa” no desempenho do motor original, até a montagem de um monstro com mais de 1000cv (isso mesmo que você leu) para carros de arrancada.

        Apenas como exemplo, o Fusca que você vê dando canseira na BMW do vídeo a seguir é um 2300cc montado numa carcaça de motor original do Fusca.

        https://www.youtube.com/watch?v=LjC2OVI_DSA&t=8m43s

        Vai encarar?

        Forte abraço.

  • Sinto um frio na espinha ao ver essa foto. Foi exatamente onde, em 1971, saí da pista com um Fitti-Vê, num treino. Tinha ventado enquanto eu fazia ajustes no box, voltei acelerando e o S estava com areia na pista. Voei direto! Se esse fotógrafo estivesse ali, eu teria passado por cima dele.
    Entrei pelo mato e acertei em cheio uma pedra enterrada. A minha sorte é que a bateria ficava no bico e o chassis tubular vergou inteiro, absorvendo o choque. Saí meio tonto, mas inteiro. Do carro só se salvou o motor e o trem traseiro…

    • Vi muita coisa acontecer nessa curva (a gente ia a pé pra la, e ficva na beirada da pista !!!!): Show do Moco com a P33, Marivaldo rodando com a P33 e quase pegando um grupo de pessoas, inclusive eu…., vi um show do Paulão em inico de carreira, pilotando um fusca, vi a tocada classica do Bird de Mark I, e muito mais….boas memorias !!! O S era um dos melhores lugares para assistir os pegas.

      Saudade desse traçado antigo.

  • O Fitti-Porsche deve ter quebrado o câmbio nas mão do Wilsinho , pois na equipe Willys , o Greco mandava reforçar a alavanca e o trambulador do carro do Wilsinho . É só um “achismo” meu e nada mais . Mas era muito conhecido no meio ,enquanto o Emerson era muito suave e rápido para pilotar o Wilsinho já era mais na bruta ,mesmo .