WEC: 31 carros para as 6h de Austin

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Largada da edição de 2015 das 6h de Austin: prova acontece no sábado, dia 17, com largada ao fim da tarde e grande parte da disputa no período noturno

RIO DE JANEIRO – Marcada para o fim de semana que vem, a quarta edição das 6h de Austin promete fazer o FIA WEC, o Campeonato Mundial de Endurance, pegar fogo – tanto quanto a recente prova inaugural das 6h do México. A caravana de equipes e pilotos chega à 6ª etapa, que será disputada na capital do Texas, no Circuito das Américas (COTA), num dos eventos mais peculiares de todo o campeonato.

É que a prova começa às 17h locais, 19h de Brasília, com sol e luz do dia e termina à noite, no breu da pista de pouco mais de 5,4 km de extensão. Desde já, adianto que infelizmente por falta de espaço na grade, essa prova não será transmitida pelos canais Fox Sports, com um highlight de 52 minutos programado para a semana posterior à corrida.

A lista de inscritos para a corrida do dia 17 apresenta um total de 31 carros, um a menos que o previsto: a Manor continua de fora com o protótipo #45 por conta de problemas relativos à peças de reposição nos freios dos seus Oreca 05 Nissan, impossibilitando a participação dos dois carros, o que poderá acontecer novamente nas 6h de Fuji, em outubro. Assim, com relação à prova do México, somente o Gibson 015S Nissan da Greaves Motorsport estará ausente – e na verdade, a equipe tentou a participação no COTA, mas perdeu o deadline de inscrição para substituir o #12 da Rebellion Racing, que não será mais visto na temporada.

Também outras equipes que se manifestaram como possíveis participantes – a Riley Motorsports, que tentaria fazer a última aparição do Dodge Viper GTS-R após o carro não ter sido aceito na lista de inscritos da LMGTE-AM das 24h de Le Mans e a Scuderia Corsa, campeã em Sarthe este ano na mesma divisão – foram igualmente excluídas, o que é uma pena.

Apesar das ausências, o plantel é competitivo – como sempre – trazendo oito protótipos LMP1 e dez LMP2, além dos sete LMGTE-PRO e seis LMGTE-AM que vêm participando de todo o certame. Nas equipes da classe principal, é aguardado o retorno de Anthony Davidson ao Toyota #5 e de Bénoit Tréluyer no Audi #7: ambos os pilotos foram alijados da última corrida por lesão. A ByKolles Racing não indicou ainda o substituto de Pierre Kaffer, que terá compromisso como piloto Audi nos 1000 km de Nürburgring, prova final do Blancpain Endurance Series, no mesmo fim de semana do evento do COTA.

Na LMP2, a SMP Racing confirma a ausência definitiva de David Markozov no WEC e a partir das 6h de Fuji, com o término da temporada da Fórmula Indy, Mikhail Aleshin assume o #27 junto a Nicolas Minassian e Maurizio Mediani. A Manor terá a volta de Roberto Mehri em Austin, já que no México quem correu no #44 junto a Richard Bradley e Matt Rao foi o mexicano Picho Toledano.

O brasileiro Fernando Rees, afastado do WEC desde as 24h de Le Mans, volta na próxima etapa porque Richie Stanaway assumiu um compromisso com o V8 Supercars e disputará as três corridas do Pirtek Enduro Cup, a começar do fim de semana da corrida de Austin. Assim, Fernando regressa para dividir o #97 com o britânico Darren Turner. E na LMGTE-AM, por conta de um compromisso já assumido no Pirelli World Challenge em Sonoma, Patrick Long deixa o #88 para Kévin Estre substitui-lo pela equipe Abu Dhabi Racing-Proton.

A trinca do Porsche #2 formada por Marc Lieb/Neel Jani/Romain Dumas chega a esta etapa ainda com vantagem no campeonato. Mesmo com dois quartos lugares nas últimas duas corridas, eles somam 118 pontos contra 77 de Kamui Kobayashi/Mike Conway/Stéphane Sarrazin, da Toyota. Lucas Di Grassi e seus parceiros Loïc Duval e Oliver Jarvis têm em mente vencer em Austin para continuar sonhando com título – a trinca da Audi está em 3º lugar no Mundial de Pilotos com 74,5 pontos. Entre os construtores, a Porsche lidera com 201 pontos, contra 158 da rival de Ingolstadt e 112 da Toyota.

Na classificação dos pilotos de LMP1 não-oficiais, Nicolas Prost e Nick Heidfeld, mesmo sem disputar a última corrida, ainda lideram com 104 pontos. Mas a trinca Dominik Kraihamer/Mathéo Tuscher/Alexandre Imperatori, que soma 100, deve mudar o panorama em Austin – a menos que aconteça um desastre, já que Oliver Webb e Simon Trummer têm apenas 48 pontos somados e não se constituem em ameaça. Entre eles, Nelsinho Piquet, que também não corre mais este ano no WEC e soma 86 pontos. A Rebellion Racing lidera com folga entre as escuderias.

Gustavo Menezes e seus parceiros Nicolas Lapierre e Stéphane Richelmi têm uma sólida liderança na LMP2: a trinca da Signatech Alpine tem 130 pontos contra 97 de Bruno Senna/Ricardo Gonzalez/Filipe Albuquerque e 74 de Pipo Derani/Ryan Dalziel/Chris Cumming, da Tequila Patrón ESM, que corre em casa – já que é a única equipe dos EUA inscrita no Mundial de Endurance. Entre os times, a vantagem da Signatech sobre a RGR Sport by Morand é de 30 pontos.

O campeonato de pilotos das classes de Grã-Turismo tem uma surpresa na liderança: Darren Turner, que correu em dois carros diferentes neste ano, lidera com 86 pontos, três de vantagem para Marco Sørensen/Nicki Thiim e quatro à frente de Davide Rigon/Sam Bird, numa disputa apertadíssima pelo título da temporada. Entre as fábricas, a Aston Martin supera a Ferrari por apenas três pontos (179 a 176), enquanto na classificação dos times, a Aston Martin Racing tem vantagem de apenas um pontinho para a AF Corse – 83 a 82.

Na pontuação da LMGTE-AM, liderança sólida da trinca François Perrodo/Emmanuel Collard/Rui Águas, somando 129 pontos contra 94 de David Heinemeier-Hänsson e Khaled Al Qubaisi. Patrick Long é o 3º colocado, com 83. Entre os times, a liderança é da AF Corse, com margem de 35 pontos para a Abu Dhabi Racing-Proton.

A lista de inscritos para as 6h de Austin está AQUI

Comentários

  • Seria legal também na LMGTE Pro se a Corvette Racing inscrevesse seus C7R para esta prova, assim como a Ganassi com seus 4 Ford GT EcoBoost, reeditando o plantel de marcas das 24h de Le Mans…

  • Realmente é incompreensível a ausência da Corvette Racing no COTA. Apesar da má apresentação em Le Mans, a GM deveria ter ao menos um carro de fábrica na Europa e não depender da participação da Callaway pra usar a marca apenas no ADAC GT Masters.