Direto do túnel do tempo (350)

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RIO DE JANEIRO – A história da Audi no Endurance teve seu ponto final no último sábado. No dia 19 de novembro, os quatrargólicos despediram-se em grande estilo das pistas, com a vitória na última etapa do WEC – as 6h do Bahrein.

Mas é bom lembrar como e quando tudo começou.

No ano de 1999, a marca entrava de vez nas competições de longa duração. A Audi voltava ao cenário das grandes corridas praticamente seis décadas depois do período de dominação da Auto Union, de quem a casa de Ingolstadt herdou o símbolo dos quatro anéis entrelaçados.

O bólido à esquerda da foto estreou primeiro: era o Audi R8R, projeto de Tony Southgate, construído na Itália pela Dallara com motor V8 3,6 litros dotado de dupla turbina Garrett e alinhado pelo Audi Sport Team Joest. Começava aí uma simbiose poucas vezes vista na Endurance contemporânea, depois do término da parceria do time de Wald-Michelbach com a Porsche.

O carro da direita é o R8C, um protótipo coupé fechado, na época chamado de GTP. Tinha a mesma mecânica do protótipo Spyder e foi alinhado pelo Audi Sport UK na disputa das 24h de Le Mans. O carro foi concebido por Peter Elleray – o mesmo que desenharia o vitorioso Bentley EXP Speed 8 anos depois – e montado pela Racing Technology Norfolk (RTN), mas foi um fracasso.

Já o R8R, além de começar com um pódio nas 12h de Sebring graças a Michele Alboreto/Dindo Capello/Stefan Johansson – que terminaram a prova em 3º lugar, ainda repetiu o mesmo resultado em Sarthe, com Didier Theys/Frank Biela/Emanuele Pirro.

O resto, todo mundo sabe: a marca conquistou 107 vitórias em provas de longa duração e 13 titulos nas 24h de Le Mans a partir do ano seguinte.

Há 17 anos, direto do túnel do tempo.

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