Manor WEC vai para a LMP1 em 2018

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RIO DE JANEIRO – Enquanto a Manor de Fórmula 1 está à beira da insolvência, a Manor do Mundial de Endurance (FIA WEC) vai muito bem, obrigado. A equipe britânica, que estreou com nota positiva na temporada do ano passado com dois Oreca 05 Nissan na classe LMP2, anunciou hoje os planos para subir à divisão principal do certame em 2018.

Os britânicos do site Dailysportscar.com confirmam que a equipe vai também se engajar na temporada deste ano com o protótipo Oreca 07 Gibson V8 da classe LMP2, antes da passagem para a LMP1, com o pacote Ginetta-Mecachrome.

“É o nosso próximo passo”, diz Graeme Lowdon, um dos diretores da Manor WEC. “Procurávamos um projeto que mostrasse a força de nossa equipe, nossa capacidade de contribuir para o desenvolvimento de um carro de corrida, usar isso para desenvolver talentos dentro e fora da pista. Queremos um novo desafio”, completou.

“A classe LMP1 oferece maior flexibilidade de desenvolvimento e certamente nos vemos como parceiros, ao invés de simples clientes, num programa feito este”, afiança Lowdon. “Se este programa chegar ao objetivo que queremos, vamos abrir uma nova oportunidade para as equipes. Gostaríamos de ser vanguarda nisso, para nos estabelecermos mais no Endurance.”

O projeto do novo Ginetta LMP1 está a todo vapor, comandado pelo diretor técnico Ewan Baldry e contando com a participação direta de designers como Adrian Reynard, Paolo Catone e uma terceira personagem, de enorme relevância na engenharia automobilística – cujo nome não pode ser identificado por razões contratuais.

O carro está sendo concebido para receber um novo motor para a divisão principal do FIA WEC: o Mecachrome V6 Turbo.

Derivado do bloco da GP2 Series, esse novo propulsor começa com potência estimada em 750 HP, mas com o uso de uma nova injeção direta de combustível e a possibilidade de um reservatório maior para os protótipos LMP1 não-oficiais de acordo com o regulamento a partir de 2018, poderá haver um ganho de até 50 cavalos, fazendo o motor atingir respeitáveis 800 HP. A ideia é deixar este propulsor com um “gap” de 200 HP para as unidades LMP2 que substituem a partir desse ano os motores Nissan VK45DE, que dispunham de apenas 450 HP.

Para 2017, a Manor não definiu ainda quais serão seus pilotos. E a Ginetta já tem na fila potenciais clientes: a PRT Racing e a ARC Bratislava, equipes que participam do Asian Le Mans Series (AsLMS) com protótipos LMP3 da marca, têm planos de adquirir os novos LMP1 e participar do WEC futuramente.

Comentários

    • Esse não tem como resolver. O temor do pessoal era que o desempenho dos LMP2 ficasse ao mesmo nível dos LMP1 não-híbridos. E isso não acontecerá, pelo menos em 2018, com esse novo motor Mecachrome.

      Não sei se a ByKolles está pensando em motor novo para 2017 – no lugar da equipe eu pensaria, já que a unidade AER biturbo, além do mais, é pouco confiável.

  • Boa iniciativa, mas o problema é empregar tanto dinheiro num projeto para praticamente não ter a possibilidade de brigar pelas vitórias e o título da classe com os híbridos devido à ainda enorme diferença de performance.
    Foi isso que certamente motivou a Rebellion a fazer o caminho inverso e disputar a LMP2 a partir deste ano.