Al Jarreau (1940-2017)

RIO DE JANEIRO – Em dia de Grammy (aliás, nem sei quem foi premiado, sincera e honestamente), a música se despediu de um dos seus maiores nomes. Único inclusive a ser premiado nas categorias de jazz, R&B e pop, Al Jarreau nos deixou ontem aos 76 anos de idade – a menos de um mês do que teria sido seu 77º aniversário.

A carreira do artista nascido em Milwaukee, no Wisconsin, foi longa – mas de início tardio: Jarreau lançou seu primeiro álbum, intitulado The Masquerade Is Over, no ano de 1973. Ou seja: ele tinha 33 anos de idade quando gravou seu primeiro álbum e não – não tinha nele a espetacular “Let’s Stay Together”, que anos mais tarde seria regravada – com enorme sucesso, inclusive – por Tina Turner e depois resgatada por Quentin Tarantino (quem mais?) em sua versão original para a trilha sonora de Pulp Fiction, que na verdade tem seu registro na voz de outro Al – Al Green, no ano de 1971. Peço perdão pelo erro, mas que Al Jarreau gravou “Let’s Stay Together”, sim, gravou.

Nos anos 1980, o artista veio para o Brasil como convidado da Artplan para se apresentar no Rock in Rio na chamada “Noite do Jazz”, em 12 de janeiro de 1985 junto a Ivan Lins, George Benson, James Taylor, Gilberto Gil e Elba Ramalho (ele se apresentaria também no dia 17) – e ainda voltaria diversas outras vezes, especialmente para o saudoso Free Jazz Festival. Deixou 21 álbuns gravados entre trabalhos de estúdio e ao vivo, ganhando cinco estatuetas do Grammy em quatro anos diferentes – 1978, 1979, 1982 (duas vezes) e 1993.

Em homenagem a Al Jarreau, o blog traz uma performance do cantor em 1978, na Alemanha, demonstrando todo seu talento em “Take Five”, do lendário Paul Desmond – integrante do não menos lendário Dave Brubeck Quartet, como o clip da semana.