Debandada

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A situação da Fórmula Truck beira o colapso

RIO DE JANEIRO – O momento da Fórmula Truck é sombrio. Recebi hoje um e-mail via Mastermídia do meu camarada Beto Otazu, explicando que nada menos que 20 caminhões não vão disputar a temporada 2017 da categoria.

Ou seja: debandada geral.

A julgar pelo teor do comunicado à imprensa, a Associação de Pilotos e Equipes (APE) está se mobilizando para fazer um novo campeonato.

E querem apostar? Capaz que consigam. Se não em 2017 ainda, fica para o próximo.

É preciso explicar o seguinte: a Confederação Brasileira de Automobilismo (CBA) é quem chancela as competições nacionais. Isso é óbvio. A egrégia entidade, além de supervisionar os eventos, entra em acordo com os promotores interessados na organização dos mesmos. Há contratos que precisam ser cumpridos. Sem querer usar de grosseria, mas já usando, quem mija fora da bacia está fora.

Na atual conjuntura, a Truck não se segura sob a organização atual. Sincera e honestamente: como vão convencer uma meia dúzia de gatos pingados a competir no Velopark – sendo que há um monte de pendências ainda não resolvidas – e depois fazer uma prova em Rivera, no Uruguai? Tem quem acredite que a categoria, do jeito como está, não chega sequer à segunda etapa.

Abaixo, a íntegra do comunicado.

O grupo formado por nove equipes e seus respectivos pilotos que participaram do Campeonato Brasileiro de Fórmula Truck em 2016, comunica que seus integrantes não participarão do certame de 2017, em virtude de conflito de ideais que vem norteando a categoria nas últimas temporadas, como falta de diálogo entre organização e equipes, incerteza de chancela do evento pelo órgão competente e falta de calendário prévio (anunciados apenas na segunda quinzena de fevereiro).

Com o intuito de manter a saúde financeira de dezenas de profissionais empregados nas equipes associadas, a credibilidade dos proprietários e pilotos dos referidos times junto aos seus parceiros comerciais e ao público, e buscando soluções viáveis nas áreas organizacional, logística, comercial, financeira, técnica e desportiva, visando a solidez dos eventos de competições de caminhões, brevemente a recém-formada Associação irá anunciar os seus planos para este ano.

Detentora de 20 caminhões de competição em seu quadro de equipes associadas, a Associação já está elaborando um comunicado onde explanará toda a sua atuação em 2017, onde a parceria, união, interação, comunicação e o diálogo estão norteando o rumo do grande evento que nascerá forte e saudável sob novos conceitos.

A Associação de equipes e pilotos é composta pelas equipes RM Competições, DF Motorsport, RVR Motorsports, Muffatão Racing, Dakar Motors, Fábio Fogaça Motorsports, Original Reis, Lucar Motorsports e Clay Truck Racing, que formam um grid de 20 caminhões com pilotos do quilate de Felipe Giaffone, Renato Martins, Roberval Andrade, Leandro Totti, Beto Monteiro, Djalma Fogaça, Adalberto Jardim, Pedro Muffato, David Muffato, Débora Rodrigues, André Marques, Fábio Fogaça, José Maria Reis, Leandro Reis, Diogo Pachenki, Régis Boéssio, Luis Lopes, Alex Fabiano e João Maistro.

Comentários

  • Parabéns aos pilotos e equipes que deram um lindo Pé na Bunda na D. Neusa Felix.
    Estava mais do que claro o descontentamento de todos sobre os rumos da categoria que agora deverá repetir o mesmo sucesso quando foi criada pelo brilhante Aurélio.

  • Sinceramente Mattar, quem sabe tudo isso pode causar efeito contrário? Será que realmente a Fórmula Truck pode morrer com a saída destas equipes? Nós vamos disputar a etapa de Velopark com um caminhão Mercedes-Benz Atron #13 e já estamos aguardando o segundo caminhão ficar pronto para mais um piloto no grid, a partir de Rivera. Eu acredito que será um ano muito difícil para a Fórmula Truck em 2017, mas posso afirmar com certeza, que tem tantas novidades vindo por aí, que quem apostou ou aposta no fim da Fórmula Truck terá que se conformar em ver uma categoria cada vez mais forte no próximo ano. A categoria é forte, precisa de reposicionamento e precisa de novidades. E elas acontecerão. Quem realmente tem interesse em fazer a Fórmula Truck crescer, sabe muito bem o potencial que a competição tem.

  • concordo com o doni pereira e vou alem,este comunicado cita equipes que estão desativadas, : original reis, esta desativada e não competiu em 2016, Muffatão racing também não faz parte da debandada, Pilotos, josé maria reis, leandro reis, não competiram em 2016, pedro muffato se aposentou, então. eu acho que este comunicado não diz a realidade, mas vamos esperar a primeira etapa, e ai sim saberemos quem e quantos debandaram,mas com certeza não são 20 pilotos,e 9 equipes, acredito num grid em torno de 12 caminhões inicialmente no velo park

  • Boa tarde,

    E viavel isso que estao fazendo? Sera uma categoria a altura dos pilotos que temos? e como ficara essa formula truck ridicula apenas com dois pilotos otimos o restante com o perdao da palavra amadores.

    grato pela atencao.