Direto do túnel do tempo (363)

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RIO DE JANEIRO – No post abaixo, com mil reverências a Alfredo Guaraná Menezes, o blogueiro aqui esqueceu de um importante detalhe.

No ano de 1977, mais precisamente em 7 de agosto, o Rio de Janeiro voltava a ter um Autódromo. Após cinco anos desde a última corrida na antiga pista, era inaugurado o traçado de Jacarepaguá – no mesmo terreno, porém com características diferentes em relação ao antigo traçado. Projetado por Ayrton “Lolo” Cornelsen, o circuito tinha 5,031 km de extensão e, além de praticamente plano, oferecia visibilidade excepcional para o público.

A inaguração foi com uma prova do Campeonato Brasileiro de Fórmula VW 1600, a competição mais importante do país naquela época. E o vencedor foi justamente o Guaraná, a bordo do Polar #1 da equipe Gledson, em que o mago Giba dava as cartas na preparação – que ilustra a postagem aqui acima.

Nesse domingo de muita tristeza para quem ama automobilismo, o amigo Eduardo Homem de Mello fez questão de compartilhar uma das muitas histórias do “Palito”, com quem ele teve a oportunidade de conhecer por muito tempo, já que o Guaraná chefiou a equipe dele no DTM Pick-Up em São Paulo.

Edu também conhece muito bem o tricampeão mundial de F1 Nelson Piquet, rival do Guaraná por três anos na Fórmula Super Vê. E quando disse que estava correndo e Guaraná era o chefe, o Nelson deu um pulo da cadeira.

“Guaraná? Alfredo Guaraná?”, quis saber Piquet. “É ele mesmo”, confirmou o Edu.

“Olha, Edu… eu corri de Fórmula 1, corri de tudo o que podia correr na vida. Ganhei três campeonatos do mundo e eu nunca vi na minha carreira inteira um piloto tão rápido quanto o Guaraná”, decretou Nelson.

Para quem enfrentou principalmente Ayrton Senna, Alain Prost e Nigel Mansell, ser reconhecido por um cara como o Piquet é um privilégio. Coisa pra poucos.

Há 39 anos, direto do túnel do tempo.

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