Largada decide e Bottas acaba com a felicidade vermelha

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Valtteri Bottas na frente e Ferrari atrás: foi assim até o fim do GP da Rússia, neste domingo (Foto: Reprodução Grande Prêmio)

RIO DE JANEIRO – Bem que eu tinha imaginado que a largada poderia decidir tudo nesse chatíssimo GP da Rússia – que conseguiu ser ainda pior que o GP da Austrália, a prova de abertura do campeonato. E foi exatamente o que aconteceu: no único momento de real emoção de uma corrida modorrenta em 99% do seu total, Valtteri Bottas tirou do bolso do macacão um arranque sensacional pra cima de Sebastian Vettel e Kimi Räikkönen. Enquadrou os dois, acabou com a felicidade vermelha da véspera e se mandou para conquistar praticamente de ponta a ponta sua primeira vitória na Fórmula 1.

Aos 27 anos, o finlandês de Nastola completou exatos 80 GPs para se tornar o 107º piloto da história a ganhar pelo menos uma corrida na categoria máxima. Uma performance brilhante do nórdico, com um ótimo ritmo de corrida e mostrando que ele sabe suportar pressão: Sebastian Vettel vinha muito rápido no final e, embora tenha conseguido descontar a diferença, foi incapaz de incomodar o rival. Reclamou dos retardatários, mas não adiantou.

O alemão da Ferrari deveria ficar satisfeito. Porque com o 2º lugar, ele soma mais 18 pontos, chega a 86 na temporada e abre mais sete para um irreconhecível Lewis Hamilton, que nada conseguiu fazer para chegar sequer ao pódio. O britânico continua na vice-liderança, mas agora com 73 na classificação – uma diferença que já começa a dar um contorno bastante interessante à briga pelo título do Mundial de Pilotos.

Kimi Räikkönen chega enfim ao seu primeiro pódio no ano e o finlandês, desligado como sempre, foi o showman do domingo em Sochi com um diálogo absolutamente surreal com seu engenheiro.

– Estamos atrás de Bottas, Kimi. A diferença é de oito segundos.
– Como é que nós estamos atrás do Bottas? Por que não paramos mais cedo?
– Ele está liderando a corrida.
– Ah… ok!

Todo mundo que ouviu e entendeu, certamente achou graça. Esse é o Räikkönen, mostrando que ainda existe algo de humano na Fórmula 1.

De resto, numa corrida absolutamente monótona onde não houve uma única ultrapassagem pra valer e poucas tentativas de abertura da tal da asa móvel, houve espaço para uma cagada na largada – não sem antes termos que falar de mais um vexame da McLaren e da Honda.

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Mais um vexame: Alonso deve estar bem feliz com a Honda. Só que… não (Foto: Reprodução Sky Sport/Grande Prêmio)

Além de Vandoorne ter que largar da Sibéria, o carro de Fernando Alonso quebrou ANTES da largada. Algo impensável noutros tempos em que a equipe e os japoneses eram parceiros. Realmente a fase é brabíssima e o espanhol deve estar – com razão – puto dentro da roupa porque o motor não anda nada e quando ele vai alinhar, seu carro quebra dessa forma.

Depois não digam que não avisamos que se o Alonso tivesse andado em Le Mans e aceitado aquele convite da Porsche (que a própria Honda vetou, com o aval do Ron Dennis), a coisa teria sido diferente na vida e na carreira do asturiano. Mas ele é que sabe.

Quanto à cagada, Romain Grosjean forçou uma ultrapassagem vindo da última posição para cima do Jolyon Palmer, que não cedeu. Os dois tocaram, o britânico perdeu o controle e bateu no franco-suíço. Mais à frente, Lance Stroll rodou sozinho, sem ter algo a ver com o incidente entre os pilotos da Haas e da Renault. Achei a princípio que o Palmer tinha a culpa sozinho. Melhor dividir entre os dois. Um não cedeu e o outro escolheu um lugar pouco recomendável para ganhar uma posição.

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O resultado final de uma corrida absolutamente monótona, a pior de todo o campeonato

Daí, pouco aconteceu. Daniel Ricciardo foi à nocaute com um problema de freio traseiro, Max Verstappen ficou na pista e foi 5º, enquanto Felipe Massa – que poderia ficar com a sexta posição – acabou vítima de um furo de pneu para completar a prova em nono.

A dupla da Force India fez o de sempre com o confiável VJM10 e seus pilotos alcançaram o melhor resultado de ambos no ano: Sergio Pérez foi aos pontos pela décima-quarta vez em sequência e Esteban Ocon, 7º colocado, pontuou em todas as provas até agora. Nico Hülkenberg também teve hoje sua melhor performance pela Renault e Carlos Sainz salvou o último ponto do dia.

Agora, leitores, se me permitem a oportunidade, faço aqui um desabafo.

Fiquei com a televisão no mudo o tempo inteiro, ouvindo a transmissão do GP da Rússia pelo rádio e acompanhando a disputa também pelas redes sociais no meu smartphone.

Soube que o Galvão Bueno “indignou-se” porque o Autódromo de Jacarepaguá não continuou, já que se construiu no terreno da extinta pista carioca um parque olímpico hoje abandonado, sem serventia nenhuma, enquanto em Sochi, automobilismo e olimpismo convivem na mais perfeita harmonia.

Perto do narrador da Globo, em matéria de televisão, eu sou juvenil. Tenho só 13 anos – 14 em maio – como comentarista de automobilismo. Ele enche a boca pra falar que são 42 anos fazendo Fórmula 1 – e olha que, se a minha memória é boa, são 37 porque só lembro dele a partir de 1980, quando as transmissões foram da Bandeirantes e ele ainda estava lá. Sem contar que em 1992 ele foi para a Rede OM, lembram?

Pois é, Galvão. Não me venha com essa de se indignar agora em 2017, porque é tarde demais, não é mesmo?

Tarde demais porque você, com toda a sua “indignação”, deveria ter aberto a boca para falar alguma coisa na época e não fez PORRA NENHUMA por Jacarepaguá, depois que o Rio de Janeiro foi confirmado como a sede dos Jogos Olímpicos de 2016 – e isso foi alguns bons anos antes, se não me engano, lá por 2009.

Sua arma mais poderosa era e ainda é o microfone, Galvão. Mas não me lembro de ter lhe escutado falando nada a respeito. Nem de você, nem do Reginaldo Leme. Do outro aí que faz as transmissões com vocês não espero nada mesmo.

Mas esperar o que? Vocês ficam cheios de dedos pra falar do Alonso nas 500 Milhas de Indianápolis. Você metia o pau no Alessandro Zanardi quando este voltou à Fórmula 1 em 1999 porque ele era bicampeão na Indy e não se adaptou à categoria, que corria na época com pneus frisados. Vocês ignoram solenemente a história de Gil de Ferran, Tony Kanaan e Hélio Castroneves. Sem contar que na transmissão de hoje falaram que a Honda domina na Fórmula Indy. Só se for noutra dimensão, porque ontem em Phoenix, os carros com motor Chevrolet deitaram e rolaram.

E agora quer meter essa de indignação?

Não me venha com hipocrisia pro meu lado, que não cola.

Aliás, é bom que se diga. Em minha defesa, eu SEMPRE meti a boca nessa história de Jacarepaguá. Engraçado… fiz isso durante anos no SporTV, até antes de ser demitido em 2012. E continuo fazendo no Fox Sports, mostrando toda a minha indignação, sempre que tenho um gancho para isso. Por que eu podia e o Galvão não pôde, ou melhor, nunca pôde?

O peso das minhas palavras, Galvão, comparado à sua história em televisão, é menor que o seu. Mas eu lutei com todas as armas que eu tinha. E luto até hoje.

Depois da casa arrombada, falar é fácil.

E tenho dito.

Comentários

  • Começando pelo final…assino embaixo toda sua opinião com relação a Jacarepaguá e a forma como Galvão, Reginaldo e Globo em geral. Fim da picada isso.

    A corrida, nem tem muito o que falar, aconteceu tão pouco, me surpreendeu o Bottas, positivamente e o Hamilton, por outro lado, não me recordo de uma derrota tão acachapante para um companheiro de equipe durante corrida como essa que ele sofreu hoje.

  • RODRIGO, VC AINDA PERDE TEMPO COM ESTE SENHOR QUE PENSA QUE É DONO DO MUNDO E SÓ SABE BABAR PRA FALAR DO SENNA ??? Ele não sabe falar de mais nada. NÃO perca seu tempo não. Teu blog é superior a essa cambada da Globo.

  • Rodrigo, sobre Jacarepaguá sempre concordamos, ou seja estou bem acompanhado.
    A Globo nunca defendeu o Autódromo, sendo inclusive uma das responsáveis , junto com Marcelo Alencar,pela transferência dá F1 para SP.
    Abraço,
    Barba.

  • Caríssimo, faço minhas as suas palavras, uma pessoa como ele falar de Jacarepaguá, hoje, é pura hipocrisia.
    A Globo foi sócia-atleta da aventura da olimpíada desde o Pan de 2007, quando, contado pelo próprio ex-prefeito Cesar maia, entraram de braços dados no gabinete dele Roberto Marinho e Carlos Arthur Nuzmann, desde aquele momento estava decretada a morte do autódromo de Jacarepaguá.
    O resto é história, que nós vivemos e documentamos, o automobilismo brasileiro hoje não está a altura do legado que herdamos, virou um negócio pequeno, monopolizado por meia dúzia de pessoas e tutelado por uma imprensa interesseira e ignorante.
    Nós, que gostamos do automobilismo verdadeiro, resta apenas viver na saudade, apreciar o que se faz lá fora, até mesmo aqui do lado na Argentina, enfim, tínhamos tudo e perdemos tudo.
    Desde o primeiro ano que teve corrida em Sochi, cantamos a pedra de que se poderia fazer o mesmo aqui.
    Não querem, não vão fazer e vão impedir quem queira, e não é o Galvão do alto de sua empáfia que vai conseguir mudar isso, ele só quer jogar pra galera, afinal, ele é a “voz” do pseudo-automobilismo da platinada, não vai querer ser pego numa saia justa caso alguém pergunte algo sobre o assunto.
    Mas a ingerencia que ele tem sobre isso, nada? Como nós também não temos, poderíamos ter impedido se existisse justiça e respeito à coisa pública no Brasil, mas ela não existe, está provado pelo que vemos aí nas delações premiadas vomitadas diariamente nas nossas casas por essa imprensa vendida que durante anos negou tudo isso.
    Sou cada dia mais descrente que o automobilismo brasileiro possa ao menos voltar ao que era nos anos 80, quando tínhamos quantidade e qualidade de competidores nas pistas, o que veio depois só destruiu, estreitou e elitizou o esporte a níveis impensáveis para meros mortais.
    Um bom domingo meu amigo, grande abraço.

  • Não serei repetitivo, Rodrigo.
    Afinal de contas, a turma dos posts anteriores já deu o recado, certo?
    Fica apenas uma pergunta, se me permite:
    “Galvão who??”
    Amigo, seguinte:
    Melhor ler uma linha escrita por você, do que uma enciclopédia redigida pelo “gênio”. . .
    E tenho dito!
    Grande abraço, bom domingo e bom feriado, onde aliás, pela enésima vez, o malfadado personagem fará questão de nos lembrar de Imola/94.
    Zé Maria

  • A respeito da corrida ,só a largada mesmo é que teve alguma disputa ,e acho que o Vettel por fazer muito tempo que não ocupava a pole ,não soube se posicionar ou mais provavelmente ,tenha subestimado a capacidade do Bottas de largar bem ,preocupando-se mais com o Kimi(ainda não tenho uma opinião bem formada) ,
    Quanto a sua posição e opinião sobre o narrador da rede oficial brasileira para F 1 . Eu acho que ha uma enorme diferença entre você e a pessoa que cita ,que é : Isto é a minha opinião ,que pode diferir da de outros ; E eu penso que você é um JORNALISTA ESPECIALIZADO de boa formação , que tem opinião , e não a omite e o outro é um narrador que vive em função da opinião e interesses de seu patrão.

  • Rodrigo, perfeitas as suas palavras. A globo não presta sempre esteve a favor do Fim de Jacarepaguá, vai ver que iriam lucrar com o novo condomínio além do fato da transmissão ser horrível, fico nervoso demais ouvindo, parece que estão vendo outra coisa, além do narcisismo exacerbado. Na fox são apaixonados por esporte, isso é transmissão. O Galvão Bueno SEMPRE foi péssimo. A um tempo atrás fazia o mesmo tv no MUTE e rádio bandeirantes. Mas parece que não transmitem mais, você saberia me dizer que rádios transmitem?

  • Excelentes palavras Rodrigo, mas temos de entender que o Babão Bueno é uma pessoal com um complexo de inferioridade enorme e fica o tempo todo de endeusando para suprir este problema. Em resumo é um grande BOSTA.
    ´
    É m grande puxa saco da diretoria da Rede Esgoto de Televisão e só fala o que querem ouvir.

    E tal pai tal filho pois o Caca Bueno não fica atrás, pensa que um grande piloto, mas só corre no Brasil, porque fora não fez pora nenhuma.

  • Assino embaixo e faço minhas as suas palavras toda sua opinião com relação a Jacarepaguá e a forma como Galvão, Reginaldo, ficaram calados todos esses anos. O desmonte de Jacarepaguá, não começou em 2009 e quando começaram a construir o Velódromo, o Maria Lenk e Arena para o Pan de 2007. Ali que começou a acabar o autódromo Nelson Piquet.

  • sobre a corrida, tenho 3 comentarios:
    1- que bela figura o Ocon vem fazendo. 2- o Whelein, que quase foi imolado no início do ano (mea culpa: eu TAMBÉM tava achando ele meio amarelao), nas duas últimas provas meteu um binóculo no Ericsson, em todos os treinos e nas corridas. 3- não foi bem explicado esse problema de superaque cimento

    • continuando: superaquecimento do carro do Hamilton, e o quanto isso teria sido a causa da performance pífia dele hoje.

      Sobre o Galvão e o Reginaldo (com todo o respeito que eu tenho por esse ultimo), só tem um nome pra atitude deles em NUNCA terem levantado a voz contra a destruição de Jacarepagua: covardia. Se voce olhar todos os meus comentários nos teus inúmeros posts contra a destruição do nosso autódromo, verá que eu sempre cobrei isso deles !!!
      Não vi a corrida pela Globo, pois estou de ferias fora do país, assisti em.emissora americana. Mas, diante do que vocé contou aqui, também só existe uma palavra que defina a atitude dele de reclamar agora: hipocrisia.

      Você foi um verdadeiro Dom Quixote lutando com as armas que tinha contra a destruição da pista de tantos momentos históricos. E hoje é o único que pode bater no peito e bradar: eu fiz o maximo que pude !!!

      Abraço, amigo. Chego na quarta (03/05) e vou te ligar: estou trazendo um presente pra você, direto de Berthieville, (Canada)….kkk

  • Boa, Rodrigo! Falar depois do leite derramado é fácil, incluindo com a corja toda do governo sendo desmascarada pela Lava-Jato. Agora, só pra deixar o clima mais lúdico, só faltou um “Cala-Boca, Galvão!” no final do seu texto… heheheh

  • Rodrigo, embora o Vettel tenha aberto 13 pontos para o Hamilton, acho que é o inglês quem deve comemorar, pois poderia ser 20, caso o alemão vencesse.

    Sobre o Galvão e Jacarepaguá é aquilo, agora Inês é morta…

  • Onde assino Mattar? Esse Galvão sempre fez pouco da Indy. Ficou ridicularizando o Mansell quando voltou para a F1 depois da passagem pelos EUA. Mas em 1997 ele teve que engolir o Villeneuve campeão também da F1. Galvão Bueno já tá fazendo hora extra.

  • Sobre a corrida da F1?? Nem perdi meu tempo…e em relação ao comentário sobre a postura dos integrantes da transmissão do plim plim (tenho algum respeito pelo Reginaldo Leme, apenas…), só me resta perguntar: Onde assino??

  • – Caro Rodrigo Mattar. O que falta na alma das pessoas é ética. A todo momento sabemos da derrota moral desse país, do abandono da honestidade e dignidade.
    Como excusar o inexcusável? Como não ser transparente? Além do papelão promovido por ele com relação a Jacarépaguá, ainda me deixou com náuseas seus comentários descabidos e irresponsáveis sobre a Indy500.

    Como a corrida não tinha novidades, logo depois da bandeira amarela, eu aumentei o volume e fui fazer outas coisas. Reginaldo Leme sempre educado, sempre coeso com relação ao desafio que Alonso vai enfrentar daqui a umas semanas.
    Aí, nessa “transmissão” do GP russo, eu escuto “virar o volante para o mesmo lado”. Galvão, fala isso na cara do Piquet! Fala isso na cara do Emerson! Fala isso na cara da família Andretti! Fala isso para a família de Jim Clark! Duvido! Cara, eu choro quando ouço uma aberração dessas. Isso machuca. Isso entristece.

    Isso é indesculpável! Desdenhar do mérito alheio. Diminuir um trabalho em benefício de suas arrogantes convicções. Denegrir conquistas que são maiores que a ignorância e a falsidade desse locutor. Tentar minimizar um evento que já passou de sua centésima edição. Tentar induzir pessoas ao conluio da sua fala minúscula e repudiante a pensarem com a mesma mediocridade.
    Tem o voto de cabresto. Essa é narração de cabresto: a ideologia que essa rede de comunicação vem a tempos, desde quando apoiou a ditadura e o golpe militar, fazendo, infestando a programação, o jornalismo independente e a vida do curral atrelado à audiência.
    Eu pensei que a sua experiência inegável na cobertura de eventos esportivos, em especial, a F1, poderia redimir sua conduta anti-ética diante da memória esportiva, da história esportiva, do fato esportivo que move a paixão, o ímpeto da narração esportiva. Diante do perigo e das emoções diversas que cercam o automobilismo.
    Ainda vem, ao endeusar a (bela) conquista de Bottas, atacar ” os detratores de Felipe Massa na internet”. Que moral tem? O sujo falando do mal lavado, agindo da mesma forma como um “hater” ou um “nonsense”.
    Chega de falsidade. Chega de máscaras. Isso não é só na politica mas abrange a carreira de qualquer trabalhador desse país. Exigimos profissionalismo, ética, jornalismo, pudor e transparência na exposição de conteúdo e de idéias. Ser bom não custa nada.

    Muito obrigado pelo espaço. Boa semana. Parabéns pelo seu trabalho.

  • A impressão que tenho sobre Hamilton é que ele é quase imbatível – Rosberg que o diga – com o carro dominante nas mãos, agora quando existe disputa com outras equipes, o inglês não faz nenhum milagre e anda atrás do companheiro de equipe.

  • O Galvão e o Reginaldo não tem que provar mais nada pra ninguém, eu acho que (principalmente o Galvão) toda ferida que eles metessem o dedo, eles teriam o poder de curar. Não fazem porque não querem comprar briga, Devem achar que não precisam.

    • João, eu até concordo. Em parte.
      Eles não têm mais que provar nada. Fato.
      Porém, e o compromisso com o público? E o compromisso com ética e verdade?
      O Reginaldo é realmente muito político, muito “muro”. Mas o Galvão é bocudo. E me espantou ele não ter dito nada.
      Ou melhor, nem tanto: de repente a alta direção o aconselhou a não meter a boca sobre o assunto, porque a RGT era “parceira” no Pan e na Olimpíada.
      Por isso que eu acho hipócrita da parte dele vir reclamar agora, quase 10 anos depois que destruíram o Setor Norte do autódromo e começaram a assassiná-lo.

  • Mattar, dois pitacos:

    – não perdi meu tempo para ver o GP da Rússia. Confesso que essa temporada ainda não me pegou, mas visto que depois de quatro etapas, há duas vitórias para a Ferrari e duas para a Mercedes… Pode ser indício de um bom sinal, a confirmar quando eles começarem o tour na Europa… E sei não, se o Bottas ir beliscando uma vitória aqui e acolá e se postar com real disputante ao título, Vettel e, principalmente, Hamilton que se preparem…

    – onde assino suas colocações acerca de Jacarepaguá?? Desde que acompanho seu blog, vejo que coloca esta questão com muita propriedade. Era perfeitamente possível ter um autódromo dentro do Parque Olímpico, tal como em Sochi. É a velha falta de visão de quem dirige este país e da falta de combatividade e luta em prol do automobilismo brasileiro por parte da CBA e outros atores do esporte a motor brasileiro… E sinceramente, o bom e velho Galvão Bueno mesmo esganando a voz agora não ia adiantar grandes coisas… Se não falou nada na época (não duvido de censura prévia da alta cúpula do Jardim Botânico), agora que a vaca já fixou residência definitiva no brejo vai mudar alguma coisa??

  • Sobre Galvão e Jacarepaguá, lembro de, muito tempo atrás, num daqueles programas “Linha de Chegada”, o Cacá Bueno reclamando daquele última versão utilizada de Jacarepaguá, lembro inclusive dele dizer algo como “não precisa destruir um esporte para construir outro”. Se ele não ouve o que se fala dentro de casa, imagina fora…
    E ainda foi noticiado tempos atrás que um dos projetos propostos para o parque olímpico previa também um autódromo entre as instalações olímpicas. Mas para quem vai construir prédio ao lado realmente não interessa ronco de motor na janela…

  • Parabéns Mattar vc é um SENHOR JORNALISTA DE AUTOMOBILISMO!!! Fica meu Abraço….Obs : Olha que acompanho esse esporte faz 50 anos.