WTCC: abertura da temporada tem vitórias de Monteiro e Guerrieri

AUTO - WTCC MARRAKECH 2017
“Pechito” López dominou os últimos três anos do WTCC e a categoria, que se imaginava livre dos argentinos, é surpreendida com a vitória de Estebán Guerrieri no Marrocos, durante a rodada inaugural do campeonato de 2017

RIO DE JANEIRO – Os europeus devem ter imaginado que a vida seria melhor no WTCC sem José María “Pechito” López, que conquistou três títulos na categoria e 29 vitórias em 71 corridas disputadas como piloto da Citroën, que abandonou a categoria como fabricante oficial no fim do ano passado.

O argentino se mudou de mala e cuia para a Fórmula E e para o FIA WEC, buscando novos caminhos. E eis que, na abertura da temporada neste fim de semana, no circuito Moulay El-Hassam, no Marrocos, quem ganha é justamente um compatriota do tricampeão López: Estebán Guerrieri, com um Chevrolet Cruze da equipe espanhola Campos Racing, surpreendeu todo mundo e venceu a prova #1 do campeonato, que tem o grid invertido entre os dez mais rápidos do Q2 no treino classificatório.

O triunfo de Guerrieri, de 32 anos de idade, tem que ser valorizado primeiro pela pouca intimidade dele com o equipamento e também por ser apenas a segunda aparição dele após a estreia em Termas de Río Hondo, onde já havia deixado excelente impressão. Mas ele também foi ajudado por um problema de freios no outro Cruze guiado pelo holandês Tom Coronel, que conquistou a pole position.

A corrida #1 da rodada dupla marroquina foi marcada por uma entrada de Safety Car, em razão de um imbroglio entre John Filippi e o estreante Yann Ehrlacher, com o único Lada inscrito. O ingresso do veículo de segurança fez com que a disputa – como de hábito – fosse acrescida de duas voltas, passando de 18 para 20.

Com o problema de Coronel, Guerrieri sustentou a ponta até o final, vencendo em sua terceira prova no WTCC por apenas 0″654 de margem para o sueco Thed Björk, da Volvo. O herói local Mehdi Bennani completou o pódio.

Na prova #2, a história foi bem diferente: Tiago Monteiro confirmou a pole position nos treinos oficiais e, dominante, levou os 25 pontos do primeiro lugar com seu Honda Civic oficial de fábrica, para assumir a liderança do campeonato. E em dobradinha, pois o húngaro Norbert Michelisz chegou em segundo com o outro carro preparado pela JAS Motorsport. Estebán Guerrieri (que fez a melhor volta na prova #2) acabou não sendo o único argentino no pódio em Marrakech, pois Néstor “Bebu” Girolami, em sua primeira rodada como piloto oficial da Volvo após a boa estreia pela equipe sueca em Twin Ring Motegi, emplacou a 3ª colocação.

A próxima rodada do WTCC será em Monza, na Itália, no dia 30 de abril.

Resultado da corrida #1:

1 – Esteban Guerrieri (Chevrolet Cruze) – Campos – 20 voltas em 31’30″426
2 – Thed Björk (Volvo S60) – Volvo – 0’’654
3 – Mehdi Bennani (Citroen C-Elysée) – Loeb – 1’’289
4 – Nick Catsburg (Volvo S60) – Volvo – 1’’921
5 – Norbert Michelisz (Honda Civic) – Honda JAS – 2’’201
6 – Tiago Monteiro (Honda Civic) – Honda JAS – 2’’803
7 – Tom Chilton (Citroen C-Elysée) – Loeb – 14’’032
8 – Tom Coronel (Chevrolet Cruze) – ROAL – 20’’390
9 – Nestor Girolami (Volvo S60) – Volvo – 20’’858
10 – Aurélien Panis (Honda Civic) – Zengo – 21’’950

Resultado da corrida #2:

1 – Tiago Monteiro (Honda Civic) – Honda JAS – 23 voltas em 34’00″997
2 – Norbert Michelisz (Honda Civic) – Honda JAS – 0’’751
3 – Nestor Girolami (Volvo S60) – Volvo – 2’’120
4 – Nick Catsburg (Volvo S60) – Volvo – 3’’702
5 – Tom Chilton (Citroen C-Elysée) – Loeb – 4’’519
6 – Mehdi Bennani (Citroen C-Elysée) – Loeb – 2’’847
7 – Thed Björk (Volvo S60) – Volvo – 5’’073
8 – Tom Coronel (Chevrolet Cruze) – ROAL – 6’’363
9 – Rob Huff (Cytroen C-Elysée) – Munnich – 7’’658
10 – Ryo Michigami (Honda Civic) – Honda JAS – 12’’197

Classificação do WTCC após uma rodada e duas corridas:

1. Tiago Monteiro – 43 pontos
2. Norbert Michelisz – 36
3. Nicky Catsburg – 28
4. Mehdi Bennani – 26
5. Estebán Guerrieri, Thed Björk e Néstor Girolami – 25
8. Tom Chilton – 19
9. Tom Coronel – 8
10. Rob Huff – 4
11. Ryo Michigami e Aurélien Panis – 1

Comentários